#MISTÉRIOS ABERTOS NO VÁCUO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Contemplar cintilante, indagando as sortes remotas por cujas cintilâncias a vida posterga poemas de eloquências do ânimo necessitado, transcorrendo a lua de valdevinos fulgores, em cuja matriz da criação da arte o conhecimento do estético se delineia; sou a avidez de lágrimas lúdicas-diáfanas, cujas gotas pequenas, uma a uma, são exteriorizações de distintas avidezes, de diferentes anseios da faculdade do âmago – adorar, natura – outorgar-me, espírito-vida-distinto-do-distinto. cujos corpúsculos, espagíria a espagíria, são horizontes de primitivos delírios à luminosidade de trans-actos.


Sou esta conjuntura de nume, através de cujos simulacros, ópticas e perspectivas, aprecio, abrilhanto, entrevejo, ilumino e irradio o amor – resplendor - de – habitar a perfeição, arrefecida de míngua a experimentar as achas do susceptível a escaldarem-se na lapeira da genuína casualidade...


O sublime, a eternidade, o amor caem, são plumas. Nenhum fragor denuncia o momento entre o eterno e o efêmero, entre o fugaz e a eternidade, entre tudo e nada. Mistérios à feição de flores abertos no vácuo. Volto aos mitos pretéritos, quando só há inspirações, vale a pena re-colher as etéreas imagens, vale a pena re-sentir o re-sentido que re-sente, vale a pena re-fazer de perspectivas e luzes - onde a pena?, pena não há! Se de tudo fica um vestígio, por que não ficaria um vestígio do sensível? no silêncio de entre a intenção e a realização.


#RIODEJANEIRO#, 22 DE JANEIRO DE 2019#

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