#CONJUGAR VERBOS É PRECISO/POETIZAR NÃO É PRECISO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA





Quando voarem as esperanças
De amor profundo, na existência calma,
Por que verto tantas lágrimas e prantos,
Como um bando de andorinhas
No céu aberto de nuvens brancas e azuis,
Àguias
No céu fechado de nuvens cinzas e negras,
Só me restarem pálidas lembranças,
Do que fui, do que sonhei, do que desejei
Encherei os horizontes de minha primavera
Preencherei as lacunas do sonho e da noite,
Com letras e palavras
De sagrados e cristalinos esplendores,
Abençoarei minhas des-venturas
E completarei minha tristeza.
A minha alma não é pura,
Quiça não saber, o que de menos é-me dado,
Não saber de verbos,
Seria o antídoto para a pureza,
A sensibilidade pura,
O verbo habita as dimensões humanas,
Conjugá-los, gerenciá-los, regenciá-los,
Sine qua non às utopias,
Como eram puras na tenr-idade da infância,
Quando o verbo não era “ser”,
Era “brincar” à luz do sentir e sonhar a vida.
Eu sei:
Se sofro agora por sabê-lo não sei,
Finjo saber para sentir, represento saber para escrever;


Tive choradas agonias,
Lacrimosas angústias,
Lacrimejantes tristezas,
De que conservo algum nó górdio inaudito.


#RIODEJANEIRO#, 17 DE JANEIRO DE 2019#

Comentários