PINTORA ESCRITORA E CRÍTICA LITERÁRIA Graça Fontis POEMATIZA O AFORISMO #NA NEBLINA DA MADRUGADA#




Vácuo, silêncio... Sabor de nada!
Onde?...
Na pressa não afigurada que no circo se esparrama,
Espoja-se
E a um topar com as curvas ruidosas!
São vozes imponentes onde as palavras não zeram
Anelam-se em completo ímpeto
Ao sabor soturno
Para a manhã das renovações
No alumbre das luzes
Supra-realísticas sobre a alma contraída
À vida torpediada defendida da extinção
Alerquinalmente, ao arguto do bem
A regência do atrevimento que impele
Aí aporta
Sem o perigo do nefasto
Sem espécimes de visões tacanhas
A sobrepujarem o coração franqueado
Adjuntoriado às mãos alegres
Felizes na cozedura dos distintos entrelaçamentos
Em conformidade a sensibilidade luzidia
D´alma aberta
Cosmovisualizados na plenitude cíclica
Ao sabor umedecido do desabrochar
Das pétalas diletizantes
Para dar plena passagem à ternura!
Sobre olhos d´uma cinteleza irônica
Aos tantos suspiros enfastos
Enlaçados na febre da sublimação
Caídos no supérfluo exame interno
Que no repente cala-se
Contudo, significativos ao friúme
Adentro que abrasa
Ao enveredar-se por novos cânticos
Um novo tempo
Dentrando aos sonhos
Seu versejar anárquico, silente
Ao lançar-se como afresco vivificado, lançante...
Com pose vitrificada
E de posse
Da irreverência caramelizada
É que, só então, nos diz...
Venham, deslumbrem-se
Recubram-se deste silencioso mundo
Este que vai além, muito além
Do tempo de gozos e fantasias
Fincado no chão do canto das chamas
Em concordância
Desde os confins deste espírito
Aos astros que à terra atingenteiam
Seus inesgotáveis coriscares !


Graça Fontis
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Nesta profundidade de análise torna-se complexa sobremodo uma resposta à categoria, há inúmeras perspectivas a serem consideradas, o que não é possível fazê-lo. É escolher um ângulo e procurar alcançar o eidos do poema em resposta à homenagem escrita, realizada às críticas literárias.
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Em primeira instância, a questão das mãos entrelaçadas, o entrelaçamento da poesia e da crítica literária, de nós mesmos, de nossa obra, você, meu Amor querido, nossas amigas do coração, Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves. O interessante é que você neste poema-crítico consegue sintetizar com primor o entrelaçamento das obras nossas, mostrando nas entrelinhas a jornada poética, as sendas que cada um de nós escolheu para trilhar na Literatura, Poesia e na Crítica Literária.
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O mundo das Letras é silencioso, as suas verdades, mensagens, o eidos da Arte encontram-se no Interdito. Vai muito além do "... tempo de gozos e fantasias..."
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No que concerne a mim, as referências ao meu Acervo Literário-Filosófico, deixo em suspenso. Não tenho, efetivamente, palavras para dizer, mas tenho-as para agradecer de coração a todas vocês as críticas que enriqueceram sobremodo a minha vida e a obra, mormente você quem é minha Esposa, está ao meu lado a todo instante nesta labuta árdua das Artes.
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Com efeito, nossas mãos estarão sempre entrelaçadas, suas, de Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves e minhas. Per siempre, estaremos sempre unidos, o que para mim é um incólume orgulho e vaidade. A eternidade é nossa, com efeito.
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Parabéns, meu Amor, por este excelso poema-crítico. Vale dizer: a cada dia crescendo e amadurecendo mais e mais.
Beijos no coração, meu Amor querido.
Manoel Ferreira Neto
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NA NEBLINA DA MADRUGADA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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Às críticas literárias, Graça Fontis, Ana Júlia Machado e Sonia Gonçalves.
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Efem-éresis...
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Dúbios sentidos do eterno perpassando, circun-vagando, di-vagando, devaneando os liames da distância e a luz, as nuances do longínquo de perspectivas quebradas, de ângulos ceifados, conspurcando limites do nada, fronteiras do vazio; cancelas do vácuo, ambíguos signos do absoluto roçagando as bordas do absurdo e as sombras, do nonsense e o amanhecer nublado, cinzas do crepúsculo corroborando fronteiras do abismo onde as nonadas ou se refestelam serenas aos raios do sol ou se espreguiçam calmas na neblina da madrugada, na chuvinha tranquila que vai caindo, inspirações do belo, da beleza, de letras eivadas de sentimentos, emoções, que isto revelem, "os caminhos mudam com o tempo, só o tempo muda um coração"; controversos símbolos da morte e a esperança de alhures esplendendo miríades do sem-fim às arribas fosforescentes do per aos vômitos do pétuo, a náusea sublime arrotar metáforas do não-ser.
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Na petu-idade e petu-itude do desértico não-ser da cochinchina borrifando o perfume metafísico do inferno nas meiguices insolentes de Mefistófeles que se performa para o banquete das hipocrisias re-vestidas das aparências dos dogmas cristãos, preceitos sociais, cláusulas políticas em nome insofismável do pecado do verbo fornicar os sonhos do paraíso, desejos de repouso na ilha de Safo; contraditórias metáforas do belo e os instintos templando os ossos e cinzas tumulares, concebendo efígies para o tabernáculo dos idílios, opúsculos das sorrelfas, em cujos frontispícios a sublime epígrafe: "Cogito ergo non sum", configurando e performando o ossuário do tempo, preceitos e dogmas da redenção, ressurreição, paradisíaco cócito do bem, vestido ao erudito da Moral, ao Lácio Linguístico da Ética, chapéu clássico do subjuntivo verbo do não-ser, numinosas miríades do supremo divino do nada, aos secos e molhados do armazém fechado amanhã para balanço.
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Quem me dera agora sensibilizar a "anima" de inspirações leves, suaves, tranquilas, serenas de versos e estrofes que inscrevem no tabernáculo do templo a vida do espírito, qual as mulheres quando acariciam o ventre onde trazem a vida a ser dada a luz, sentem o além, o infinito, o uni-verso, horizonte silesiado de muitos sonhos, alfim o artífice das letras é quem concebe, gera e dá a luz ao que há-de ser a semente da liberdade, das utopias do verbo ser que nadi-sonetiza a alma de cor-agem de se projectar a todos os espaços do além e do Infinito. Mulheres e artífices das letras em nome da Vida.
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Quem me dera agora estender os verbos que se foram a-nunciando, re-velando neste instante de vislumbrar o alvorecer, as primeiras luzes da manhã, a todos os cantos e re-cantos, com um bilhetinho, como se faz com os pombos, dizendo que o alvorecer não é uma promessa das paisagens no Infinito serem cintilações da verdade, mas a verdade de que o espírito da vida habita todas as dimensões do nada e do tempo.
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Quem me dera agora dizer às mulheres: "Somos uns sonhadores, não somos? Mas a vida está nas nossas mãos".
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Efem-éresis... Sintese anamnética da solidão desértica, silêncio marítimo, águas serenas, antítese mnética do silêncio abissal, tese amnestésica do vácuo-ser do cicio de ventos mergulhados na luz, sons e palavras do pleno.
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Adeus aos Verbos de Metáforas!... Au-revoir às Metáforas da Estesia!... aos versos da Poesia!...


#riodejaneiro#, 21 de novembro de 2019#ai
NA NEBLINA DA MADRUGADA#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
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Às críticas literárias, Graça Fontis, Ana Júlia Machado e Sonia Gonçalves.
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Efem-éresis...
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Dúbios sentidos do eterno perpassando, circun-vagando, di-vagando, devaneando os liames da distância e a luz, as nuances do longínquo de perspectivas quebradas, de ângulos ceifados, conspurcando limites do nada, fronteiras do vazio; cancelas do vácuo, ambíguos signos do absoluto roçagando as bordas do absurdo e as sombras, do nonsense e o amanhecer nublado, cinzas do crepúsculo corroborando fronteiras do abismo onde as nonadas ou se refestelam serenas aos raios do sol ou se espreguiçam calmas na neblina da madrugada, na chuvinha tranquila que vai caindo, inspirações do belo, da beleza, de letras eivadas de sentimentos, emoções, que isto revelem, "os caminhos mudam com o tempo, só o tempo muda um coração"; controversos símbolos da morte e a esperança de alhures esplendendo miríades do sem-fim às arribas fosforescentes do per aos vômitos do pétuo, a náusea sublime arrotar metáforas do não-ser.
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Na petu-idade e petu-itude do desértico não-ser da cochinchina borrifando o perfume metafísico do inferno nas meiguices insolentes de Mefistófeles que se performa para o banquete das hipocrisias re-vestidas das aparências dos dogmas cristãos, preceitos sociais, cláusulas políticas em nome insofismável do pecado do verbo fornicar os sonhos do paraíso, desejos de repouso na ilha de Safo; contraditórias metáforas do belo e os instintos templando os ossos e cinzas tumulares, concebendo efígies para o tabernáculo dos idílios, opúsculos das sorrelfas, em cujos frontispícios a sublime epígrafe: "Cogito ergo non sum", configurando e performando o ossuário do tempo, preceitos e dogmas da redenção, ressurreição, paradisíaco cócito do bem, vestido ao erudito da Moral, ao Lácio Linguístico da Ética, chapéu clássico do subjuntivo verbo do não-ser, numinosas miríades do supremo divino do nada, aos secos e molhados do armazém fechado amanhã para balanço.
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Quem me dera agora sensibilizar a "anima" de inspirações leves, suaves, tranquilas, serenas de versos e estrofes que inscrevem no tabernáculo do templo a vida do espírito, qual as mulheres quando acariciam o ventre onde trazem a vida a ser dada a luz, sentem o além, o infinito, o uni-verso, horizonte silesiado de muitos sonhos, alfim o artífice das letras é quem concebe, gera e dá a luz ao que há-de ser a semente da liberdade, das utopias do verbo ser que nadi-sonetiza a alma de cor-agem de se projectar a todos os espaços do além e do Infinito. Mulheres e artífices das letras em nome da Vida.
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Quem me dera agora estender os verbos que se foram a-nunciando, re-velando neste instante de vislumbrar o alvorecer, as primeiras luzes da manhã, a todos os cantos e re-cantos, com um bilhetinho, como se faz com os pombos, dizendo que o alvorecer não é uma promessa das paisagens no Infinito serem cintilações da verdade, mas a verdade de que o espírito da vida habita todas as dimensões do nada e do tempo.
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Quem me dera agora dizer às mulheres: "Somos uns sonhadores, não somos? Mas a vida está nas nossas mãos".
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Efem-éresis... Sintese anamnética da solidão desértica, silêncio marítimo, águas serenas, antítese mnética do silêncio abissal, tese amnestésica do vácuo-ser do cicio de ventos mergulhados na luz, sons e palavras do pleno.
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Adeus aos Verbos de Metáforas!... Au-revoir às Metáforas da Estesia!... aos versos da Poesia!...


#riodejaneiro#, 21 de novembro de 2019#

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