#NO TODO QUE NOS NORTEIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA



No todo que nos norteia
Iluminação da dialética
Dialética da iluminação,
Pagode do corpo,
Luz e Ondas nas areias da entrega,
Das Gerências da Liberdade e Utopias,
Dos óculos, confissões de Amor eterno,
E as risadas altissonantes,
Enquanto o automóvel segue o seu trajeto
Das Regências da Solidão e Silêncio,
A liberdade do Verbo, do Amor.
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Solidão do silêncio, silêncio da solidão
Do silêncio, a solidão; da solidão, o silêncio
Da solidão do silêncio, conjugados, entrelaçados,
Sentimentos suaves, ternos,
"Cuidado, benzinho, há uma poça de lama,
Pule-a"...
Nos interstícios entre a alma e o espírito
Dons e talentos pintando os instantes,
A caminhada à busca da imagem da
Sensibilidade e da Esperança da Luz.
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Do silêncio da solidão, as coisas efêmeras da existência.
Silenciados silêncios silenciando
Verbos de lembranças à revelia do inconsciente
Apocalíptico de genesis aquém do caos
O caos é a origem do cosmos
O cosmos é a origem do caos,
Aqui, lá, em qualquer lugar
Do inconsciente que regencia com primor,
Categorias à parte,
Regencia de pré-posições sensíveis e eruditas
Jogos da mente, Pôquer da Sabedoria e do Conhecimento,
No efêmero tempo das origens, o vazio precedia
As perspectivas de nonadas do eterno,
Princípio do nada, sêmen do não-ser...
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No eterno tempo do genesis, o nada precedia
Os ângulos de travessias partidas de universos,
Nestes tempos em que os olhos
Comem as coisas,
Degustam-lhes as imagens e telas da in-verdade,
Fim do absoluto, término das essências,
Derradeiros eternos da fé no além,
Início de sentimentos eivados de dimensões almáticas,
Preâmbulo de etern-idades nas trilhas do tempo...
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Silêncios silenciados, silenciando
No deserto de reflexões as angústias e tristezas,
Iluminando à beira-mar de meditações
Desejos e utopias do nada-vazio
Útero da concepção, criação do aquém-além,
Do além-aquém do ser não-ser, do não-ser ser
Vontades e ideais do vazio-nada,
Corpo da vida, volo de buscas, querências
Do além-eterno, eterno-além,
Os rapazes pagodeiam suas liberdades e músicas,
Casal de artistas, tranquilos e serenos bebericam a cervejinha, saboreando "torresmo gorduroso e crocante",
Aqui, nas terras lusitanas,
A beira-mar, a netinha deliciando-se com a praia,
Olhando, distante, longínqua,
Os horizontes além mar,
Uma viagem de nada e vazio, de silêncio e solidão,
Causos trocando com a carioquice do levar
A vida na flauta,
Aquele bate-papo de carioquéias e mineirices,
As gentes divertindo-se tagarelam quotidianos, prazeres,
Existir é lema, luz, projeto
Corpo de baile,
Amor, paixão, entrega, delírios, devaneios,
Nas estrelas e constelações, entrelinhas
Entre nonadas e vazios,
Inscritas as mãos dadas...
Destinos de mentes além-mares,
Visões sob dimensões outras de culturas, princípios,
Aderindo-se às utopias intelectuais
Do eterno e do silêncio,
Do Machado da Ana
E da lâmina manoelina
E o tronco da árvore das Verdades e suas contradições,
Destinos de mãos entrelaçadas,
Ósculos, toques, espíritos comungados,
Unidos pelos lácios do Amor,
Naquela viagem de férias pelas Artes,
Pintura, Poesia,
A vida na continuidade das coisas,
A NOSSA VIDA ETERNA, feita ao longo do tempo,
E lá nas terras da paulicéia desvairada,
O Si-Mesmo da entrega à poesia,
Tecendo a imagem re-fletida no espelho
Das contradições e nonsenses,
Son-ando a sua sensibilidade,
O verso múltiplo aderindo-se, sintetizando-se
Nas querenças da Arte e da Vida
A tese, a antítese, a síntese
São a luz dos sonhos do conhecimento, da sabedoria,
A cada uma destas dimensões a sua liberdade,
Desejos, vontades, aspirações, sonhos, utopias...
À Tese, a eterna gratidão pelo Amor, Dedicação,
Entrega, Carinho, Cuidado,
A Graça que transforma os Sonhos em Verdades,
Às antítese, síntese,
Aquele espanto, surpresa,
E como isto fora possível,
Todos nós... NINGUÉM...
Meditemos todos nós o que é - ISTO?
#riodejaneiro#, 12 de novembro de 2019#

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