MINAS GERAIS FICA PARA TRÁS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO



A nova vida que tão intimamente desejei, almejei - ah, quantos devaneios! - ou que me queria, assim é a expressão cônscia, desistiu de ser universal, ilegítima e fácil, sua propriedade é a originalidade, não o artificial-construtivo, mas o evidente da intuição total. Quero o Ser pela palavra.
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Místicos verbos, ad-juntos ad-nominais dos versos à lua do efêmero e eterno, brilhando de re-versos sonhos os ex-tases da plen-itude, regências nominais de semânticas e linguística às estrelas do nada e infinito.
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Por estradas e estradas, estradas e estradas,
Aquando o repouso, o descanso?
O tempo!...
Noite de clima ameno, céu de lua e estrelas,
A derradeira estrada,
Sem retorno, sem volta,
Lembranças ali,
Recordações acolá,
Da janela, as coisas passando
Ligeiras,
O mundo é a terra-natal,
A terra é o descanso,
O repouso,
Tenho pernas andantes,
Não tenho família,
Faço de mim o amigo,
O companheiro,
O íntimo,
Minas Gerais fica para trás,
Homem sem raízes,
Senão em papéis,
O que são linhas, margens?
O vale profundo
Começa na beira do mar...


Minas Gerais fica para trás...
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Míticas metáforas do vazio revelando de uni-versos imagens, efígies, espelho de luzes, imagens de raios, numinâncias, de nonadas a-nunciando de horizontes yalas, iríasis. Luzes, sons, palavras, vernáculo de beleza e esplendor. Inauditos versos de anti-poema, literalizando sonhos, utopias de pontes de rios límpidos de águas cristalinas, de pampas silvestres, em cujo pleno espaço o perfume das flores exala os in-fin-itivos da alma.. Ilusões, quimeras do absoluto, sorrelfas do perpétuo, fantasias do divino. Interditos mistérios de litteris-poema, meta-literalizando sentimentos, emoções, through the left, through the meanings, brotando plenos e sublimes...
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Sou nada!
Sou vazio
De pensamento,
Não desisto
Da capacidade
De pensar!
Sou nonada!
Sou náusea!
Sou silêncio!
Sou solidão!
Não tenho palavras para dizer!
Não sei dizer da vida, das coisas!
Olho as ondas do mar
Vindo à praia!
Espalhando-se na areia!
Sinto, penso,
Calado, mudo!
Alegre,
Feliz,
Satisfeito,
Contente!
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Minas Gerais ficou para trás,
É pretérito,
É passado!
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Meta-linguística de desejos da verdade, verdade do ser e não-ser, verdade do nada e efêmero, forclusion de letras palavreando manque-d´êtres, mauvaises-foi, neverclusion de fonemas ritmando melodias do amor que voa por chapadões, campos, florestas, pampas, asas são esperanças e sonhos do encontro da alegria, des-encontro do prazer, êxtase, a dança sem chuva, sem sombras, sem raios numinosos do sol, a luz da liberdade e do amor.
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Linguística de sentidos do que há-de vir da seiva do silêncio que rega de sorrelfas do volo as águas cristalinas do espírito sedento do ser, filosofia da solidão de pretéritos ad-nominais do complemento vida/morte, teologia do silêncio de particípios essenciais da compl-etude verbo/ser, princípio da Divina Comédia da Eternidade, sob a luz do pecado original e a ressurreição da carne, fonte do prazer do suplemento felicidade/desgraça, genesis d ´A Náusea do nada, sob o ocaso do inferno genético dos instintos e a redenção dos ossos, húmus do cinéreo vazio perdido nas moléculas da terra, berço pleno e contingenciário das nonadas e travessias da morte, das cinzas o pó metafísico, do efêmero sob a luz de sombras nos ocasos sob os ocasos de sombras no anoitecer ensimesmado, sob as sombras da luz de ocasos numinando de espectros as perspectivas dos inauditos versos do anti-nada do poema místico, à beira de um oceano, mar de águas límpidas, piquenique, amor, ternura, carinho e carícias, pre-núncio de uma vida à luz de uma busca da verdade e do amor, olhares ao longínquo universo onde os anjos do Senhor voam livres, entrelaçados sonetos e rimas, versos e estrofes à mercê do ritmo das palavras, da melodia dos in-terditos, confins e universos se comungam, arribas e horizontes se unem...


#riodejaneiro, 24 de novembro de 2019#

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