#FONTELUMINOSA# DO TEMPLO DE FESMONET# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



Sete sombras diáfanas - éritos subjuntivos pré-concebidos de nostalgias, melancolias, con-figurando, à soleira do In-finito as pectivas verbais, regenciadas de utopias do sublime e divino, solsticiadas de sorrelfas e idílios de ideais do solene, pureza de sentimentos e emoções, à espreita da re-velação do eterno diamante da luz que risca e corta o espelho de imagens efêmeras do afluir-a-ser, cujo espaço permite a visão cristalina do uni-verso longínquo onde faces da verdade são a-nunciadas ao compasso rítmico e melodioso das plen-itudes do Belo, Estesia do Uni-versal. O malvado, o infeliz, o ser humano da exceção, os indivíduos de visões outras e curtas, todos devem ter suas filosofias, seus direitos, seus raios de sol.


Sete vestígios de eríasis dos volos do genesis, promessas de cintilância dos verbos do espírito, que sarapalham de sensibilidade os recônditos da alma, inspirando-a aos versos e estrofes do porvir de alegrias, perdidas, enveladas, tornadas mistérios no de-curso e per-curso do tempo, mas que ora são sementes que, regadas com as águas da fonte das esperanças, re-colhe-se e a-colhe-se a singeleza do ser nos interstícios do além ser-de poiésis da espiritualidade, ser-de poiética das etern-itudes, ser-de poesia das magn-itudes das buscas e querências da vida "si-mesma".


Sete arco-íris de raios luminados de cores outras, plen-ificando o celeste espaço, por onde, perpassando os ventos, as uni-versalidades do tempo, pres-ent-ificam o verbo "Ser"do "thelos" e "nous" do divino, divino das con-ting-ências que trans-eleva as desejâncias do além-vida ao topo da colina das verdades, colina de neblinas, neves, garoas, orvalhos que libertam a alma de suas forclusions e fuligens e manque-d´êtres; o valor e o resultado da vida importantes para mim, estão em outro lugar, meu orgulho e também a minha miséria estão algures, nenhures, alhures..., a beira do abismo e bem próximos da decadência.


Sete linguísticas e semânticas do verbo-palavra, que, no interdito da sensibilidade, percepção, intuição, inspiração, trans-sin-estesiam significantes e significados, a poiésis do ser se re-vela plena do vir-a-ser horizonte da verdade sublime, sublimidade de interstícios in-fin-itivos ex-tases do in-audito. Oh, mística e mítica do templo recôndito da alma!... Oh, mistérios e enigmas, defecções do não-ser, das cavernas platônicas do Ser!... Oh, tragédias de valores, virtudes, interesses escusos, defectivas dimensões psíquicas, moléstias da alma!...


Sete ribaltas, sete luzes, sete são as cabalísticas do Além que a-nunciam o campesino da ec-sistência sempre à espreita da lírica plena da Verdade-Amor.


Sete cabalas da inspiração, versejando e vers-ificando as iríasis do In-finito, compondo,de ritmos e melodias, nas cordas da cítara do eterno, a sinfonia sin-cronizada, sin-tonizada, o in-fin-itivo-além da absoluta verdade, vida do Espírito da Alma, Vida da Alma do Espírito, Vida da Vida Vida. Uma ou outra coisa que não faça parte de uma vida dessas está sempre desprendendo-se de alguém que vive assim; sem ódio ou relutância hoje vê isso, amanhã, aquilo despedindo-se dele como folhas amareliçadas que caem da árvore com qualquer vento ou brisa.


Sete sonhos, sete esperanças, sete utopias litteris ipsis do Verbo de "Ser" o Amor eivado de entrega à plen-itude das buscas e querências, numinando de luzes e raios cintilantes o nada que é pedra de toque para o In-finito, paisagem neoclássica e parnasiana do sereno, há tempo de sobra para perquirições de futura estação, aquando quisermos ser aqueles que somos, os que criam a si próprios. Não estou a sentir-me tão soberanamente mal assim a ponto de ser obrigado a sentir-me mal num estilo mais estóico.


#RIODEJANEIRO#, 03 DE FEVEREIRO DE 2019#

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