JOGO DO VERBO E O EU-POÉTICO NA OBRA AFORÍSTICA #ASES VELAM O PÔQUER#, DE Manoel Ferreira Neto



GRAÇA FONTIS: ENSAIO E PINTURA

He He. .. que missão! ... O convívio sistemático com o escritor leva - me com prazer à tentativa despretensiosa de um tecimento crítico e analógico, (é o que me cabe)_ deste intrincado Pôquer em que as cartas são palavras estilisticamente dimensionalizadas nos tempos, abarcando infinitivos horizontes onde os sentimentos emergem das profundas e afloram nesse jogo abissal e enigmático de sedução entre o Ser conflitante e a explicitação coerente na verbalização do indizível Eu, daí apostando todas as cartas de que a vitória no último " Round", consumar-se -á num verdadeiro Espetáculo de cartas marcadas, objetivas aqui a existência velada metaforicamente entre teias e tramas contingenciais a transcenderem todas as quedas sobressaltado sobre mãos inquietas numa interação intelectiva à procura de prover existência de vida neste planeta do silêncio e do invisível sob a luz fosca da lanterna, refletia, projetando seu foco no amanhã com seus segredos, mistérios e vestígios a serem considerados, por quando as mãos acostumadas com a aridez desta superfície analítica e abandonando a lógica insubmissa, apalpa a sombra na modelação do inusitado e estridente contorno para descobrir raízes advindas da música, tornando - o livre e com gestos vertiginosos de seus membros... liberto também um grito de êxtase na conclusão eidetica... tido a mão ousada como cúmplice! Parabéns... belíssimo jogo, ainda bem que não fiquei de fora!

Graça Fontis

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