*PRELÚDIO DOS 63 ANOS: TEMPO DE GRAÇA NA FONTE DOS ÊXTASES** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA




Tempo de in-vest-igar os vestígios dos sonhos. Tempo de inventariar as iríasis dos volos. Tempo de re-novar as esperanças do sublime. Tempo de inovar os volos do eterno. Tempo de re-começar as ilusões, fantasias do além. Tempo de re-iniciar os ipsis do espírito. Tempo de re-fazer as utopias do verbo. Tempo de re-verbalizar as dimensões sensíveis do perpétuo. Tempo de re-poetizar os versos do amor. Tempo de re-pensar as sendas silvestres do campo. Tempo de re-visualizar as águas cristalinas do pleno. Tempo de re-fletir os ventos do tempo. Tempo de re-dimensionar os uni-versos da prosa da vida. Tempo de re-versar.


Tempo de IN-VERNAR as cerrações das quimeras, as neblinas dos êxtases, os foggys dos desejos. Tempo de agasalhar o frio das letras com as palavras que negam tudo o que antes significavam, cantavam de angústias e tristezas, recitavam de medos e hesitações, declamavam de verdades a serem encontradas no porvir. Tempo de re-fletir e meditar o sol ameno e delicioso da existência que passeia ao longo da orla marítima.


Tempo de in-versar. Tempo de ad-versar. Tempo de outras metafísicas do pó e das cinzas. Tempo de re-lembrar as nostalgias e melancolias da Verdade. Tempo de re-cordar as entregas ao sublime. Tempo de re-memorizar os idílios do prazer e da felicidade. Tempo de re-criar as pedras de toque que realizam as plen-itudes. Tempo de re-inventar as pedras angulares que espiritualizam o ser. Tempo de linguísticas e semânticas da beleza do belo. Tempo de filosofar o uni-verso lunar da alegria. Tempo de outras filosofias da jornada à busca do SER.


Tempo de Graça na Fonte dos êxtases. Tempo de outras entregas. Tempo de outra ternura. Tempo de outro afeto. Tempo de outra afeição. Tempo de SESS-ENT-AR-TRÊS a vida de contingências e trans-cendências.


#riodejaneiro#, 20 de junho de 2019#

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