#AFORISMO 465/RE-NASCÊNCIAS DA IMAGEM DO PLENO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMMO
Do belo
Da vida que imita a arte
Sabedoria
Da arte que imita a vida,
Estesia
Da criação e re-criação
Das dimensões da contingência,
Conhecimento
Do bem e da verdade,
Bem que enaltece e liberta
A alma de suas correntes e algemas,
Verdade que eleva o
Ser e o não-ser
Ao espírito da vida,
Consciência estética
Do espírito e transcendência
Visão ética e moral,
Além das situações
Do efêmero e perene,
Aquém das travessias
Das tristezas à felicidade!
Voz de entonações, sinfonias, harmonias na querência da
vida/ec-sistência que se faz, que se a-nuncia, que se re-vela na passagem sem
pressa dos ponteiros do relógio do tempo, contradições e contra-sensos da
história, vivências e experiências de re-nascentes luzes de novas posturas
éticas e morais, novas visões artísticas e filosóficas, nas re-nascências das
imagens do pleno e sublime, idílios e quimeras do sonho-verso do eterno, da
utopia-verbo da inocência, do in-fini-itivo-sorrelfa da ingenuidade, ser-tao do
amar-verbo de buscas trans-itivas, da cáritas-estrofes de querências
in-transitivas, onde as pers-pectivas da imagem nascem das esperanças,
florescem de conquistas e infortúnios, transformam-se de felicidades e prazeres
- os cânticos serenos, suaves do amor re-fletidos originam-se no espelho dos
sentimentos divinos, são concebidos no olhar perspicaz que os a-lumbram no
itinerário das intuições de suas perspectivas de encontros e alegrias.
Voz de liberdade, concebida no silêncio de sentir o que profundo habita
os interstícios da alma, de con-templar o que habita o sentimento do silêncio,
gerada na solidão de ser-me, dada a luz no ser-só de ser-me e estar-me, ouvindo
o ser em mim, buscando a verdade intrínseca ao estilo e linguagem do
estar-sendo, que se manifesta espontaneamente, deixando-me extasiado, não
pensava que fosse ouvi-la tão límpida, fosse vivê-la de modo tão presente, tão
forte, chegando quase a gritar.
Voz de músicas, cânticos e baladas, canções que elevam as idéias, ideais
ao cume do por-vir, aos auspícios do por-ser, por serem os liames que
id-ent-ificam o ser-tao da sabedoria, conhecimento. Descortina-se um horizonte
amplo, a abranger em um clima de tolerância uma grande di-versidade. Os sons
das línguas mais divulgadas mesclam-se em surdina, melodias e musicalidades das
palavras mais sonhadas, seus sentidos tornem-se realidades insofismáveis,
adiram-se em murmúrios e sussurros, para esquentarem a altissonância das
metáforas do perene, silepses do efêmero e mortal. O uni-versal traje de noite,
um uniforme de civilidade, reduz exteriormente a di-versidade humana a uma
unidade decorosa.
(**RIO DE JANEIRO**, 13 DE DEZEMBRO DE 2017)
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