#AFORISMO 498/SABOR DE PECADO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO


Calor, às bessas do lúdico seduzindo a carne dos êxtases,
Luxúria
Amor, às luzes de sonhos e esperanças seduzindo a alma
Prazeres
Lúdicas sensações do eterno, absoluto, não esquecendo
As pretéritas mazelas do pecado,
Os subjuntivos pitis libidinosos acalentando os instintos
Libertinagens.
Os particípios da nostalgia sorumbática primeva alentando
Ausências.
Passar a mão no toco Brejaúba.


Sabor, fruto pleno, viçoso, convida confins a participar,
Compartilhar, curtir arribas no universo além de todas as perspectivas, além de todas as prospectivas
Aquém do infinito.
Tocar dedos no toco de Brejaúba.


In-verno de metafísicas, metafísicas do inverno
Na lareira, lenha de angico, dando a luz às chamas,
Lá fora, a brisa fria, gélida,
Desertas as ruas e avenidas, mendigos nas calçadas,
Solidão, silêncio, vazio
Chamas de melancolias, nostalgias,
Pretéritas sorrelfas, fantasias, ilusões
Síntese de desejos, prazeres, volúpias
Na calada da madrugada de idílios e dialéticas,
Devaneios poéticos de deixar a pena por alguns dias,
Sem quaisquer condições, não me pertenço
A plen-itude da sensibilidade não participa da efêmera eternidade,
In-verno de re-fazendas, inverno de re-verso calor
Sentimentos e emoções, solstícios do sabor do amor,
Do sonho, da esperança,
Do in-verno, as metafísicas,
Das metafísicas, o in-verno...


Sabor de pecado,
Sabor de mazela,
Sabor das angústias, ansiedades
Sabor do nada.
Na compota de cristal, sobre a mesa,
O efêmero néctar do orgulho e da vaidade,
Deserto o campo de brisas gélidas,
No alpendre, a luz acesa
Casebre de sonhos, utopias
Casebre de idéias, ideais.
Casebre de desejos e verdades,
Casebre de tristezas e misérias.
Passos lentos deixados no caminho.


(**RIO DE JANEIRO**, 27 DE DEZEMBRO DE 2017)


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