#AFORISMO 434/NA SOMBRA DE RAÍZES DA VIDA# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Luz do entardecer
Seja a-núncio de ideais primevos,
Seja pre-núncio de volos primeiros,
Seja clarividência de novos pensamentos,
Outras palavras em todo o esplendor,
Em linguagem comovida,
Em estilo nascido no recanto
Íntimo do coração,
Versos de felicidade verdadeira,
Sincera alegria
Dos verbos do vir-a-ser,
Descrevendo magicamente
As esperanças das estrelas,
Estrofes de reflexões verídicas
Contentamento
Das regências do afluir-a-ser,
Elencando
Sentimentos e emoções e
Lua estarem iluminando
As utopias temporais,
a-temporais,
desde a eternidade.
Arrematar
Pálpebras apalpadas
Em cínicos e irônicos sorrisos,
Sarcásticos e satíricos olhares,
Voando alto e divagando no espaço
- tramoias fingidas acenam
A qualquer estralar de dedos -,
Enviando mensagens superficiais,
Jamais quisera.
A vida é frágil, é fragilidade no decorrer do tempo, e nisso está
inscrita, registrada a dimensão de suas magias e belezas, nas estesias do sol
que nasce à soleira da aurora, das estrelas que re-nascem e re-id-ent-ificam na
solidão e silêncio da noite e madrugada o cristal da fé nos sonhos e ilusões do
futuro, que morre no embornal do crepúsculo, nasce, re-nasce na sombra de
raízes da vida que serão promessas de outras sorrelfas e magias, sempre em
busca do bem, dos versos da felicidade, alegria, dos verbos do amor e cáritas,
koinonia da contingência e transcendência, kairós das utopias da eternidade,
dos olhares aos infinitos, distâncias, longitudes.
O passado – eis o sentimento mais forte e presente – mexeu-me,
remexeu-me por dentro, mudou-me os pensamentos e idéias, transformou-me os
sentimentos e emoções, revolucionou-me a intuição e percepção das coisas do
mundo.
O que é in-verdade
Será verdade,
O que é mortal
Será imortal,
O que é verbo
Será verso,
O que é Verso
Será Uno,
O que é vazio
Será cheio,
O que é vida
Será morte,
O que é verdade
Será palavra
Nas estesias do sol
Que nasce
À soleira da aurora,
Que morre
Nos braços do crepúsculo,
Promessas de outras
Sorrelfas, magias;
Das utopias da eternidade
Raízes da vida
Que serão koinonia
Da contingência,
Transcendência,
Que serão kairós
Dos olhares aos infinitos,
Distâncias,
Longitudes.
(**RIO DE JANEIRO**, 03 DE DEZEMBRO DE 2017)
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