**VERBOS–LUZ DE AMAR E SONHAR** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA




Amar de ser sublime a luz que rega
De metáforas desejos e esperanças do ser
Quimeras e sorrelfas do eterno não-ser,
Angústia e liberdade da condição humana,
Moléstias psíquicas da natureza humana,
Fantasias e imaginações do não-ser eterno;
Amar de serem divinos os raios de sol que numinam
De linguísticas vontades e utopias da sabedoria,
De estéticos prazeres e gozos do intelecto;
Amar de ser mágica a cintilância das estrelas que
Velam as ondas do mar banhando a praia deserta;
Amar de ser ...


Sentir de desejar êxtase a emoção que semeia
De carícias, ternuras, carinhos, entregas,
Até mesmo os pitis de recusa por não ter coragem de dizer
Os interstícios da alma, útero de outros sonhos,
Interstícios de outras utopias, recônditos de outros projetos;
Sentir de aspirar volúpia o sentimento que rega
O novo amor que nasceu luz, som e palavras
O novo amor que re-nasceu inspirações, intuições, Percepções
De re-fazendas do verbo, do ser,
De re-gências verbais do sensível e transcendente,
Ger-ências de criações e criatividade das conjugações,
Pronúncias;
Sentir de ser o clímax do belo no conúbio com a
Estesia linguística da beleza,
Beleza da linguística estética;


Con-templar de sonhar plen-itudes a utopia que alimenta
De travessias, nonadas, vedas
Os abismos do amor que não reflete
Mistérios na superfície lisa do espelho,
Enigmas na imagem trans-diáfana do eterno,
In-auditos na perspectiva trans-cristalina do efêmero,
As grutas da sabedoria que não refletem
Sagas nas poeiras metafísicas das estradas desérticas.
Sinas nos campos de flores silvestres,
Destinos à soleira dos abismos da incoerência,
Destinos nos vales, cujos rios de águas cristalinas mostram
Nas profundezas as pedrinhas brilhando aos raios numinosos Do sol
Que mergulham solenes;


A-lumbrar de miríades do além outros verbos,
Re-fazenda de temas e temáticas do amor-para-o-ser,
Re-artíficios re-artificiando de intuições e inspirações
Dos pro-jectos a serem enviados, endereçados
Ao que haveria-de ser hoje o que jamais houvera de sê-lo,
Re-encontro ad-verso de re-versos toques
Na carne carente de sensações, arrepios,
À mercê do ego carente de quimeras trans-lúdicas...


O sublime verbaliza a luz das metáforas,
Concebendo a inocência pura do ser-para-o-amor;
Desejos e esperanças sublimam o ser de sensibilidade,
Subjetividade para o silvestre-de-plenas-entregas;
O sonhar extasia de ternuras, carícias
Os vedas de além-outros-verbos, de amar o amor que se doa;
A felicidade tem cheiro de orquídeas brancas,
A alegria exala o perfume do alvorecer no orvalho
Sobre as folhas verdes das árvores,
Cujas raízes são o húmus do uni-verso-ocaso-de-luzes-e-verbos;
A esperança embeleza os versos ipsis-litteris, poema do absoluto
Ser-amando ama o amor sob a luz do amar-verbo-para-as-estrelas
Que cintilam de raios do ser
O perpétuo de todas as essências...
O perene de todos os eidos...
O imortal de todos os núcleos...
A "casa-do-ser" o Eu e o Outro
Em uníssono, comungando todas as estrelas que nascem nos corações, conciliando todas as constelações que haverão de ilumiar o espaço em que a vida se constrói em construindo e artificiando o Ser, a Eternidade das Procuras e Buscas do Espírito da Vida, a definição do Ser que em mim habita recônditos que nada em mim é capaz de abarcar com percuciência...


O Amor é "leque de esperanças e sonhos".


#RIODEJANEIRO#, 07 DE DEZEMBRO DE 2018#


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