#A CARAVANA SEGUE A TRILHA, SONHOS CANCIONAM SENTIMENTOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA



DEDICATÓRIA:
À minha Esposa e Companheira das Artes,
Graça Fontis, com muito amor e carinho.
Quatro anos de nossas vidas.
(Manoel Ferreira Neto)
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Reversos in-versos re-vestidos de imagens dúbias plen-ificadas de pers-pectivas a trans-cenderem o efêmero e o eterno, vazio incidindo-se no espelho retros-pectivo do pretérito, intros-pectivo do amanhã, o vir-a-ser.
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Ad-versos re-versos re-performados de performances ambíguas, cristalidades de oportunidades a contingenciarem os projetos e o passageiro, com a náusea nas retinas faiscando as imagens do porvir, refletindo o futuro e suas dialéticas e nonsenses, suas contradições e travessias.
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In-versos re-vestidos de bordas do in-audito, limiar do desconhecido mostrando mister ser sentido o sonho e esperanças nos habitam, buscar o que neles residem de perspectivas e projetos a serem vivenciados nos ziguezagues das andanças, pensando e cogitando o verbo do espírito que se conjuga com o sujeito dos desejos e vontades de criar a existência, fazê-la, constituí-la.
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Sei lá não sei. Quiçá de imagens re-versas aos in-versos dúbios, re-vestindo pers-pectivas nad-ificadas do efêmero e do eterno, o vazio trans-elevasse o pretérito incidindo no espelho a intro-specção do vir-a-ser, o verbo nada-do-ser a-nunciasse o ab-soluto da esperança, o divino da fé.
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Conjuntura da vacuidade perpassando a alma, o seu eidos, sarapalhando sentimentos e emoções, sapateando os ritmos e melodias das utopias e sonhos, todas as dimensões sensíveis ao léu dos ventos, à mercê dispersa do genesis e apocalipse, às sara-palhas do longínquo que se torna próximo, presente, o próximo, presente tornando-se longínquo, esta dialéctica é eterna, o leitmotiv da vida, dos sonhos e utopias.
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Chorus:
Estou indo embora.
Indo embora de mãos entrelaçadas com você, coração, sem versos, sem estrofes, sem palavras e prosas, com a mala de nossas esperanças todas na felicidade plena. Uno-verso de nós. Verso-Uno de nós.
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Nada simplesmente. Sinuosas trilhas oferecem outras experiências, vivências, outros encontros, outras realizações, inter-ditos que des-velam segredos e mistérios, o olhar se estende livre pelo in-finito, a falta do ser se mostra nítida e o sonho da compl-etude se mostra aberto às dialécticas do tempo e do ser, contra-dicções do verbo e do tempo, nonsenses do nada e o vento.
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O melhor de todas as coisas é ter uma sensibilidade à flor da pele. Mais difícil atingir a intenção-verdade que habita o perpétuo na sua iríada eidética do sublime e estético, o que é nadifica o ser, o que não é efemeriza o tempo. Ventos assobiam no abismo, na in-audita avalanche de neve percorrem os declives dos morros uivantes. Presença incólume, insofismável de recursos e estratégias outras para o mergulho nos interstícios do absurdo que reside na alma.
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Chorus:
Estou indo embora.
Indo embora de mãos entrelaçadas com você, coração, sem versos, sem estrofes, sem palavras e prosas, com a mala de nossas esperanças todas na felicidade plena. Uno-verso de nós. Verso-Uno de nós. De nós, o Verso-Uno.
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Os prazeres do questionamento são ilimitados, o olhar de tudo o que trans-cende incidido na contingência do instante retina o há-de-vir na borda das luzes que iluminam os passos nas trevas enigmáticas até as travessias dos in-auditos às verdades do silêncio que identifica o ser-solidão, o ser-só, o resto é andar no meio, por entre os homens. O nós do ser: verdade e busca do amor...
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Ah, coração! Recomece a sentir os raios numinosos dos desejos no alvorecer das manhãs de inverno, o frio sempre aquece sentimentos e emoções, a força do amor liberta o verão de suas seguranças, tem poder de mover as montanhas - quê friozinho gostoso, a vida aquecida sem a presença da lareira. Solidão, silêncio são inspirações, são motivos para escrever os versos e estrofes do sublime. Pulse o orvalho do inverno no seu íntimo, sinta o calor de entregar-se ao frio das contingências, passeando nas alamedas de buscas, vontades.
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Letras in-versas, palavras re-versas são pedras de toque para mergulhos profundos nos interstícios das verdades inauditas, mesmo que dores inomináveis se presentifiquem, mas o arco-íris da vida se mostrará pleno, suas cores brilharão cintilantes.
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Trilhei, coração, sendas e veredas, estradas, nada me é agora das vivências, e este frio habitando-me os recônditos da alma aquece o que há-de vir, as esperanças que trouxe desde a eternidade em mim só agora sinto que é tempo de realizá-las com perfeição, apesar das imperfeições.
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Chorus:
Estou indo embora.
Indo embora de mãos entrelaçadas com você, coração, sem versos, sem estrofes, sem palavras e prosas, com a mala de nossas esperanças todas na felicidade plena. Uno-verso de nós. Verso-Uno de nós.
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Se me questiona enfim estou amando, sou-me amor no verbo de mim, agora vejo com transparência o horizonte além dos uni-versos, só posso res-ponder-lhe que sim, o meu coração feito de sublimes inspirações está aberto àquela eternidade das páginas brancas: "Vivi o para quê fui vocacionado".
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Mas amar apenas não significa coisa alguma, nada diz, se não contemplar o in-fin-itivo in-finito da entrega plena à busca da verdade do espírito, o eterno de ser.
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Ser e amor, almas gêmeas, um feito para o outro. Trilhei caminhos, fui revoltado, fui rebelde, fui carente, levantei a bandeira dos orgulhos, vaidades, poder, um calor sem precedentes, o ontem de amanhã não pode ser os pretéritos do porvir, hoje o frio, o friozinho delicioso de um amor que aquece o ser de meus verbos.
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Chorus:
Estou indo embora.
Indo embora de mãos entrelaçadas com você, coração, sem versos, sem estrofes, sem palavras e prosas, com a mala de nossas esperanças todas na felicidade plena. Uno-verso de nós. Verso-Uno de nós.
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O ontem de amanhã não pode ser os pretéritos do porvir.
#RIO DE JANEIRO(RJ), 30 DE JUNHO DE 2020, 22:43 p.m.#

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