#PELÍCULA EXTRAVAGANTE DA METAMORFOSE PERAMBULANTE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
A
ek-sistência cessa e o vento ainda me re-cruta para bem longínquo, para o
in-acessível... eterno da in-utilidade, ninharia de ser total, de ser completo,
tudo com-penetrado, vomita a mesmice desta imago, mesmidade desta pers-pectiva,
não mistura a non-sensidade destas ópticas do tudo sombrio, às voltas pelo
balanço in-cansável de corrigir, ab-solver os batimentos que cada termo
rumoreja, rumina, uiva nos in-terstícios do in-alcançável, que cada vivido e
jornada nas ansas do metafísico grunhem, exibição límpida e trans-parente,
película extra-vagante da meta-morfose perambulante.
Viajada
durável, curta cinematografia de enxergar um momento, um princípio imaginado,
um preâmbulo surrealista, de vis-à-vis-lumbrar um tempo, epígrafe desejada da
verdade.
Oh, ser
miserável, ainda des-conhece o significado humano, sentido da vida? Ordinária,
a vida in-screve a passagem do conflito do sonho e a paixão dos loucos,
devaneio dos varridos de pedra, os idílios dos marginalizados, as per-versões
dos dis-criminados e, ainda, an-alisa a pujança dramática da alegria, quando a
solidão se encontra com o sensualismo na real-ização do êxtase eterno do belo e
do sublime, escumalha as seduções fúteis e baratas, conúbios sinceros,
excepcionais.
Tempo.
Des-cobertas. Loucuras. Perdições. Delírios des-conhecidos. Divina dedicação da
vida com o místico, e do místico com o exótico, e do exótico com o erotismo
vis-lumbrado dos ensandecidos.
Oh, ser
desprezível, já des-cobriu o significado da loucura? Esquisito é o encontro do
extra-vagante e do sublime, quando a loucura inter-preta a vida, an-alisa os
mistérios e enigmas, o in-audito e o in-inteligível, a sina e o destino, a saga
e o ir-racional, o in-cognoscível da liberdade que não é o que é e é o que não
é!
Oh, ser
profano, ainda des-confia que na sua sepultura larga não cabem seus desvarios
da verdade, devaneios das aventuranças, o seu cadáver raquítico preenche o
espaço que a-colherá as cinzas poucas por apenas ínfimo tempo, depois se
misturará à terra?!
Ah, animal
de pouca fortuna, ainda não des-cobriu o significado da vida? A vida, ao
estilo, linguagem da feiúra e do sublime, é exótica e mística em qualquer
travessia da estação da loucura, quando está mais ancho que no mundo da
consciência, em qualquer desvario das tragicomédias das ablepsias, ainda que o
homem re-cupere a razão dos sonhos, sentido da paixão, o senso das esperanças.
A paixão é o
sentido oculto que traduz a loucura e a vida sem conflito com o amor, sem
polêmicas com os dogmas da carne, sem quiproquós com os preceitos dos ossos e
cinzas, sem picuinhas com os princípios do nada e da morte.
Por acaso,
já embaralhou a paixão e o orgasmo no significado de sua vida, o instinto e o
clímax na náusea de sua con-tingência, animal do abandono?!
#RIODEJANEIRO#,
17 DE MAIO DE 2019#
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