#MIM E A ESTRELA VERDE# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Nada e ser.
Mordiscam de
luz as miríades do sublime. Espectros de imagens projetadas nos horizontes das
contingências efêmeras e eternas, dialéticas do bem e do mal solsticiam o pleno
de sombras, penumbras e brumas, contradições dos dogmas e verdades, e nos
interstícios inconscientes dos desejos latentes taos de a-nunciações das
verdades sublimam medos do inaudito, krishnas de re-velações do espírito são
katharsis, katharsiam dúvidas e inseguranças da morte além solstícios da
etern-idade, mesmo que isenta da redenção e ressurreição. O que importa isto de
"redenção", "ressurreição"? A magia da vida é a
contingência, embora todos os sofrimentos e dores.
Oásis ao
longe pre-figuram o deserto da solidão, e olho ensimesmado nas fendas de
uni-versos distantes as dores que projetei, dores por sentir o que penso, dores
por pensar o que sinto, dizendo-as solene e pomposo - não fora Deus quem disse
as verdades devem representar a dignidade do caráter, a honra do desejo da
ressurreição? Não proseio circunspecto ou retrospectivo a vida quem sou, da
coragem à ousadia faço do verbo a cintilância da estrela que guia na floresta
da noite a vereda que leva ao panorama do vale aberto às visões das amplitudes
do que sacia a sede da sabedoria e conhecimento.
Por vezes
con-templo de soslaio alguma imagem que se me revela pretérita, imperfeita de
esguelha, perfeita à intuição do que me fui, do que me re-presentei, do que
nonsensiei.
Não versejo
iluminado ou inspirado nas contingências serenas projetadas no espelho das
superfícies de angústias, melancolias, nostalgias, saudades, desesperos, o ser
de mim que me é a vida, da esperança ao absoluto do espírito componho do verso
e estrofes, poesia livre ou soneto, rimas, acordes, melodias e ritmos, a
re-presentação do belo, sonho do divino ao pálido crepúsculo de luzes dispersas
no diáfano do silêncio que alumia a solidão do verbo, e na travessia de nonadas
às sorrelfas do sentir-me quem in-vestiga no ser o tempo da consciência, no
tempo a sensibilidade do ser, trans-elevo o olhar de linces da simplicidade do
pensamento e idéias, do sentimento e ideais aos confins do oásis do deserto de
minha solidão, esta que busco a quaisquer instantes de meus passos ao longo e
extensão das sendas límpidas e nítidas do ego de meu “eu”.
A luz do
verbo de quem sou às cintilâncias numinosas da estrela verde do verbo de luz do
ser de mim, em cujos interstícios desejo solene o mergulho profundo, abismático
à busca da miríade do infinitivo do tempo, onde o silêncio solsticia a solidão,
onde a solidão perscruta o deserto de todas as contingências, que gerundie a
lareira de desejos e querências do sublime, do ingênuo, do inocente.
Em mim, a
angústia do vazio subjuntiva o tema do efêmero, introspectivo nas bordas das
nonadas de travessias do perpétuo ao obtuso em que me encontro neste
instante-limite de olvidar-me, des-memorizar-me das horas todas desde o
espectro da luz do gênesis às perspectivas e ângulos da sombra do apocalipse,
jamais-nunca da transcendência-contingente do verbo que desverbaliza o sujeito
da etern-itude, nunca-jamais da contingência do sujeito que descarnaliza os
dogmas dos ossos à sombra dos pecados da carne.
#RIODEJANEIRO#,
16 DE MAIO DE 2019#
Comentários
Postar um comentário