COXIA DE PRIMEVOS PRINCÍPIOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Por que
será?
Vendo-me
indagar assim, nada mais faço que estar indagando as razões e conseqüências me
trouxeram até ao primevo instante, o que estaria explicando as neuroses minhas
de cada momento em que me prolongo neste mundo, perseguindo os sonhos e
utopias, de que não me afasto mesmo que me mostrem as Palavras de Cristo são
mais importantes, ainda continuaria defendendo e lutando por eles; aliás, assim
daria um jeito de Jesus Cristo confiar estar a dizer a verdade mais profunda em
mim trago dentro, dar-me-ia Ele sentido e compaixão...
O que
explicaria de modo e estilo simples qualquer imbecil ou demente, se encontrasse
nalgum tablóide jogado fora, serem as letras de sua compreensão, e embora os
preconceitos, devido ao fato da corja da sarjeta soube entender e compreender,
nada mais dizem senão dizerem coisa alguma?
Não. Aliás,
o que mesmo estive a indagar, e ansioso, buscando persuadir os imbecis,
convencer os gênios, não o sei mais, e todo o esforço e verborréia serão o de
tentar me aproximar da idéia e das intuições me surgiram enquanto se
anunciavam.
Suponhamos que,
a partir de agora, não me interesse por responder o que antes era indagação que
trazia dentro de mim, necessitando responder até para continuar a respirar.
Nada diz qualquer conivência, respeito, acerca de encontrar o que venho
buscando até se revelar no espírito necessitava responder os questionamentos
desde o intróito era vital; no entanto, esqueceram-me as idéias e utopias, e
mesmo em que termos e estilo estivera a indagar?
Por que
será? Por que me esqueceu da essência ou núcleo, isto depende do ponto de vista
ou interesse a ser admitido e digerido com prazer e deleite, vez por todas digo
me haver esquecido das palavras? Saberia responder? Não creio porque aqui nada
me interessa responder, estar à procura de alguma coxia, em que possa me
alimentar de primevos princípios, o que, com certeza, é difícil visualizar ao
nível da imaginação ou do imaginário, imagine nalguma coxia à beira de uma
estrada de terra cercada de árvores, sugerindo-me um bosque. Impossível.
Nada estarei
ou estive buscando fundamentar com estas palavras, mesmo o eu nada está
entendendo, um momento de completa falta de senso, de sensibilidade, erudição,
intelecto, cultura, um instante livre e vazio. Deveria encontrar uma imagem
para comparar com este instante, deixo o caminho livre para interpretações as
mais esquisitas e estranhas a qualquer asno que já caminha tropeçando os pés no
chão de pedras, cabeça baixa, rogando a Deus que morra, nada mais lhe sobre dos
ossos, o dejeto seja alimento do mais faminto dos abutres?
Nada há a dizer,
apenas que a imagem sugere o encontro com o capim que era para me alimentar,
restituindo-me a essência deste mundo... Que mundo é este em que me encontro?
Nada consegue mostrar-me algo de substancioso, merecedor de gastar o tempo à
procura de sua realização, pois que se me revelara um sonho.
Nestas
palavras, até mesmo sem serem formadas por fonemas, sílabas, a união delas, é
que estou interessado em registrar isto que mais me sugere resposta ao in-verso
de invernos, primaveras, outonos, de acordo com as quimeras e fantasias os
homens trazem à superfície de seus corações que batem à mercê de fomes
milenares, sedes seculares. Não diria o verão, pois que fica eminentemente
difícil refletir com as luzes do sol incidindo na calvície, cozinhando os pensamentos.
Respondo a isto quanto a mim. Há quem consiga pensar com as chamas eternas do
inferno cobrindo-lhes o íntimo e subjetivo.
Há quem
pensará que estou interessado em responder a arbitrariedades e julgamentos,
destes que nada é capaz de ser conivente, cúmplice, álibi, dependendo do prisma
que está analisando, carece-lhe algo que só é encontrado no íntimo da alma
humana, e, necessitado, estar ar-rogando a Deus a sua parcela de merecimento.
Pensem o que desejarem, analisem ou interpretem de acordo com a sabedoria,
inteligência, nada tenho que me defender ou alertar para o cuidado com a
imaginação perniciosa, maléfica, viperina, isto pode causar sérios danos ao
senso de colina pequena, de pouca altura, que corre pelos campos, quebrando a
uniformidade das planícies.
Nossa... Não
esperava que fosse criar uma imagem tão nítida, referente aos interesses
“ásnicos” no peito trago a sete chaves: “senso de colina pequena, de pouca
altura, que corre pelos campos, quebrando a uniformidade das planícies”;
embora, se alguém estiver interessado em conhecer é muito simples, mais ainda
que possa com as quimeras fantasiar. Não me interessa indicar o mínimo estilo e
postura de o encontrar. Fica como uma imagem criada num minuto de inteira
sandice, desejando responder a algo que não fora perguntado, se o fora, antes,
esquecido fora, de imediato ao segundo em que as letras se aproximaram da
sublimidade ou plenitude...
O que é
indivíduo consciente do espaço que ocupa na estrebaria imaginária, que criara
para si, alimentando-a a cada instante, de alegria ou sofrimento, mas
acreditando só bem adiante em sua estrada iria encontrar a coxia de primevos
princípios! Às vezes, em átimos de segundos como este, fico a pensar nesta
arrogância, prepotência, trago nas letras e na vida, na união de ambas, pois
que não mais me é dado distinguir entre.
Se alguém
estivesse desejando entender o que estou querendo dizer com estas palavras que
tenho a ousadia de denominá-las “ásnicas”, se estiver pensando que respondo a
acusações estão na eminência de se tornarem realidades as mais atrozes,
difíceis, sabendo que será simples resolver, tenho lá a fé que me acoberta e
joga para diante na chuva que cai exasperada nas pedras dos becos e ruas, tenha
a certeza e absoluta convicção de que nada respondo a alguém, nada respondo a
qualquer humilhação e difamação anteriores a quaisquer outras.
Nada estou a
dizer senão que vou criando palavras que se unem e formam sentidos que
transcendem ao espírito, nada havendo que as pode fazer revelar, manifestar.
Estão para sempre trancafiadas num texto imbecil, nem mesmo o adágio popular
que professa que “quem dá bom-dia cavalo” morre de coice, embora a
transformação intencional que elaborei nas letras, isto para chamar mais a
atenção de quem está interessado em saber se respondo a acusações e ofensas, é
capaz de mostrar alguma coerência possível em nível de compreensão e
entendimento; e como nada há que imite o estilo e a musicalidade mesmo para
nada dizer ou insinuar a quem quer que seja, lego-me o direito e dever de estar
a registrar na folha branca de papel.
O que mais
teria a ser escrito senão estas palavras? A menos que comece a arte-plástica
nas letras, crie um quadro de alguém no instante de deleite em sua estrebaria,
olhando a chuva que cai sem parar, as águas descendo as ruas e becos rumo ao
rio mais próximo ou mais distante, ninguém o sabe.
#RIODEJANEIRO#
18 DE MAIO DE 2019#
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