O EU POÉTICO E O VERBO NAS OBRAS POÉTICAS DE Sonia Gonçalves E Ana Júlia Machado
Perquirindo as poetisas e escritoras Sonia Gonçalves e Ana Júlia Machado
o que é isto a Poética, tomando em comparação o Poema-Card daquela e o Poema
"VERBOS AFÁVEIS" de Ana Júlia Machado, intencionamos fundamental a
sin-cronia do eu-poético e a ad-versidade do ideal poético em ambas as
poetisas.
O "eu-poético" em Ana Júlia Machado, conforme os versos
"... Por diversas circunstâncias haveremos a/faculdade de exercer/em nós a
suavidade dos verbos...", significando o fazer-se movimento e
multiplicar-se em vários planos, é o esforço do Ser por abranger todas as suas
potencialidades por ser o verbo movimento e continuidade, o arquiteto, à luz do
pensamento de Sonia Gonçalves, seus ideais e o eu-poético, é também o verbo
pois que o poeta fazendo "a poética arquitetura e engenhosidade"
movimenta o próprio sujeito, "... n´alma a poesia mergulha", o sonho,
a esperança do "eu-outro", na querênça de "ir
passarinho.../levar o cântico é candido", "... e na lagoa da Pampulha
me abarco...", o espaço onde o "eu-poético" se revela no
"aqui-ali-acolá", a poetisa parece sugerir que nos deixemos
espacializar a Lagoa da Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais, "matizes e
pintura num arco", a presença de Portinari, a arte da poesia ilumina a
poetisa a este abarcar-se nos sentimentos. Assim, ambas as poetisas nesta
primeira instância de nossa consideração acerca destes poemas elas, a síntese
delas diz-nos que o verbo, a poesia e a alma, esta trilogia que em consideração
comparativa, a síntese destas imagens artísticas re-vela uma luz de reflexão
acerca deste "verbo" de sintese do pensar poético e o sentir poético,
em Verbos Afáveis, Ana Júlia Machado dispõe ".. em tudo que suscitarmos a
afabilidade/dos verbos e assim se contemplará o quão poderemos corrigir os
procedimentos..."
São ambas as poetisas "arquitetas do versar poético", e o
verbo poético que habita ambas, a síntese da harmonia e a linguística. Ambas as
poetisas procuram essencializar suas vidas nesta busca contínua do "eu
poético."
(#RIODEJANEIRO#, 27 DE JUNHO DE 2018)
VERSOS AFÁVEIS
Elegemos a afabilidade dos verbos
Se escutarmos caso mélico e pacífico
A nossa auscultação identifica a
melopeia amável da palavra e a
nossa alma alaga-se de harmonia e claridade
Por diversas circunstâncias
É-nos mais cômodo a severidade
dos verbos, do que a fineza
em nosso discurso. Percebam
que se decidimos nossas contrariedades
mensureando o que proferimos,
medidtando previamente a conversar,
havemos muito mais possibilidades de sermos
bem acontecidos do que meramente
manifestando em detonação
Dispunhamos em tudoque suscitarmos a afabilidade
dos verbos e assim se contemplará o quão
poderemos corrigir os procedimentos.
Ana Júlia Machado, in O EU LIVRE POESIA, EDIÇÃO DO AUTOR.
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