Sonia Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O AFORISMO 918 /**ESPELHO RETROS-PECTIVO DO AMANHÃ"/ - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL#
**ESPELHO RETROS-PECTIVO DO AMANHÃ**
Manoel Ferreira Neto.
Muito lindo Manu!! Parece que resolveu se entregar
ao amor, um novo amor ao reverso de ninguém, que seja sim uma união de versos
cálidos e apaixonantes....Acho que anda refletindo mais sobre tudo que fez né?
Talvez pela aproximação do teu niver, Me parece que fez um pouco de cada coisa
, e se foi fervoroso, afoito, trilhou o caminho da rebeldia do orgulho, e
passeou por tantos lábios Manu,mas ainda encontra-se com páginas em branco
sobre o amor, talvez não tenha ainda encontrado tua alma gêmea de fato, a plenitude
que nos toma quando isso acontece é algo mágico inenarrável...E a bagagem vai
recheada de nada mas com tudo de bom e melhor apenas como disse mãos
entrelaçadas e vez por outra um beijo que ninguém é de ferro né? kkkk Saudades
de você viu??Beijos querido...
Sonia Gonçalves
(29 DE JUNHO DE 2016)
Sobremodo interessante, isto de um novo amor ao
reverso. Havia escrito dois dias antes de vir viver com com Graça Fontis como
cônjuges e artistas, havia-me entregue era o que estava re-fletindo neste texto.
E de mãos entrelaçadas tanto na vida quanto nas artes vamos fazendo nossas
vidas juntos, a magia desta jornada é inenarrável, é um diálogo do verso-uno,
as nossas esperanças na mala.
A proximidade de meu aniversário fizera-me também
refletir sobre este destino que estava por assumir, descer mais baixo nele e
contemplá-lo. Seria o primeiro aniversário ao lado de Graça Fontis, e
viveríamos muitos outros, nossos traços e marcas no mundo, de mãos
entrelaçadas.
A intenção fundamental do texto fora sentir os
raios numinosos dos desejos no alvorecer das manhãs de inverno, o frio sempre
aquece sentimentos e emoções, a força do amor liberta o verão de suas
seguranças, tem poder de mover as montanhas e com a re-leitura de sua crítica,
caríssima amiga, pude "desfolhar o eidos" deste instante-limite da
decisão do destino, o que projectei realizar fora realizado. A união de versos
cálidos e apaixonantes.
Reler as críticas recebidas no passado é uma senda
para as lembranças dos momentos e da escritura, sentir a presença do vivido e
projectado, saber com percuciência os sonhos se tornaram verdadeiros.
Muchas gracias por seu testemunho, Soninha Son(Sonia
Gonçalves)
Beijos nossos!
Manoel Ferreira Neto
(29 DE JUNHO DE 2018)
#AFORISMO 918/
ESPELHO RETROS-PECTIVO DO AMANHÃ#
GRAÇA FONTIS:
PINTURA
Manoel Ferreira Neto
Reversos in-versos re-vestidos de imagens dúbias
plen-ificadas de pers-pectivas a trans-cenderem o efêmero e o eterno, vazio
incidindo no espelho retros-pectivo do pretérito, intros-pectivo do amanhã, o
vir-a-ser.
Sei lá não sei. Quiçá de imagens re-versas aos
in-versos dúbios, revestindo pers-pectivas nadificadas do efêmero e do eterno,
o vazio trans-elevasse o pretérito incidindo no espelho a intro-specção do
vir-a-ser, o verbo nada-do-ser a-nunciasse o ab-soluto da esperança, o divino
da fé. Conjuntura da vacuidade perpassando a alma o seu eidos, sarapalhando
sentimentos e emoções, todas as dimensões sensíveis ao léu dos ventos,à mercê
dispersa do genesis e apocalipse.
Reler as críticas recebidas no passado é uma senda
para as lembranças dos momentos e da escritura, sentir a presença do vivido e
projectada, saber com percuciência os sonhos se tornaram verdadeiros.Cnito, a
falta do ser se mostra nítida e o sonho da compl-etude se mostra aberto às
dialécticas do tempo e do ser, o cajado e as ovelhas da ec-sistência. Não
poderia naquele tempo tecer que imagem seria refletida neste espelho,
ainda mais retrospectiva, e, contudo, sinto-me como
quem fez o dever de casa direitinho.
Mais difícil atingir a intenção verdade que habita
o ab-soluto na sua iríada eidética do sublime e estético, o que é nadifica o
ser, o que não é efemeriza o tempo. Ventos assobiam no abismo, na inaudita
avalanche de neve percorrem os declives dos morros uivantes. Presença incólume,
insofismável de recursos e estratégias outras para o mergulho nos interstícios
do absurdo que reside na alma.
Os prazeres do questionamento são ilimitados, o
olhar de tudo o que trans-cende incidido na contingência do instante retina o
há-de-vir na borda das luzes que iluminam os passos nas trevas enigmáticas até
as travessias dos inauditos às verdades do silêncio que identifica o
ser-solidão, o ser-so, o resto é andar no meio, por entre os homens. O nós do
ser: verdade e busca do amor...
Ah, coração! Recomece a sentir os raios numinosos
dos desejos no alvorecer das manhãs de inverno, o frio sempre aquece
sentimentos e emoções, a força do amor liberta o verão de suas seguranças, tem
poder de mover as montanhas - quê friozinho gostoso, a vida aquecida sem a
presença da lareira. Solidão, silêncio são inspirações, são motivos para
escrever os versos e estrofes do sublime. Pulse o orvalho do inverno no seu
íntimo, sinta o calor de entregar-se ao frio das contingências, passeando nas
alamedas de buscas, vontades.
Letras in-versas, palavras re-versas são pedras de
toque para mergulhos profundos nos interstícios das verdades inauditas, mesmo
que dores inomináveis se presentifiquem, mas o arco-íris da vida se mostra´ra
pleno, suas cores brilharão cintilantes.
Trilhei, coração, sendas e veredas, estradas, nada
me é agora das vivências, e este frio habitando-me os recônditos da alma aquece
o que há-de vir, as esperanças que trouxe desde a eternidade em mim só agora
sinto que é tempo de realizá-las com perfeição, apesar das imperfeições.
Se me questiona enfim estou amando, sou-me amor no
verbo de mim, agora vejo com transparência o horizonte além dos uni-versos, só
posso res-ponder-lhe que sim, o meu coração feito de sublimes inspirações está
aberto àquela eternidade das páginas brancas: "Vivi o para quê fui vocacionado".
Mas amar apenas não significa coisa alma, nada diz,
se não contemplar o in-fin-itivo in-finito da entrega plena à busca da verdade
do espírito, o eterno de ser.
Ser e amor, almas gêmeas, um feito para o outro.
Trilhei caminhos, fui revoltado, fui rebelde, fui carente, levantei a bandeira
dos orgulhos, vaidades, poder, um calor sem precedentes, o ontem de amanhã não
pode ser os pretéritos do porvir, hoje o frio, o friozinho delicioso de um amor
que aquece o ser de meus verbos.
Estou indo embora. Indo embora de mãos entrelaçadas
com você, coração, sem versos, sem estrofes, sem palavras e prosas, com a mala
de nossas esperanças todas na felicidade plena. Uno-verso de nós. Verso-Uno de
nós.
Manoel Ferreira Neto
(29 DE JUNHO DE 2016)
(#RIODEJANEIRO#, 29 DE JUNHO DE 2018)
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