#AFORISMO 880/ ANDAR SOZINHO NO MEIO DOS HOMENS, EIS A LIBERDADE...# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"Tenho-me movido para os terrenos baldios para estar longe dos
homens. Odeio a raça humana" (Manoel Ferreira Neto)
Friozinho suave, acariciando a carne, penetrando nela, aliciando os
ossos, a alma no seu instante de introspecção, prospecção, circunspecção,
re-fletindo tranquila a passagem do tempo, memórias, lembranças, flanam leves
as emoções no in-finito, imagens, perspectivas, melopéias de pretéritos
convexos esgarçando-se no vento, esvaecendo-se nas sinuosidades da estrada de
poeiras, na floresta de árvores frondosas, nas curvas do campo à soleira das
serras, à beira do abismo que sibila silêncios de suas mais íntimas
profundidades, às margens do rio ziguezagueando nas curvas... Liberdade sonhada
verdade nas linhas do eterno que se faz na continuidade do tempo sem
sarapalhas. Espírito mineiro, circunspecto talvez, mas afagando uma partícula
de fogo embriagador...
Liberdade idealizada felicidade nos templos da entrega e do verbo.
Liberdade à luz de quimeras do perene que se artificia a si mesma, no si-mesmo
de si na projeção às travessias do projeto e do espírito de ser a vida na sua
essência pura, ingênua, inocente.
Sensibilidade, espiritual-itude, trans-cendência das contingências das
dúvidas e incertezas aos in-fin-itivos do pleno revelado no ar frio do espaço,
cintilâncias, luzes diáfanas, brilhos fluorescentes,.. Recanto dos idílios,
cantinho quente das imaginações férteis, lareira de chamas ardentes.
Subjetivismos, lirismos, cânticos nascidos à luz do frio e do sentir o mais
longínquo presente nos interstícios dos sentimentos, das emoções, das
sensações, leveza, serenidade , o sono rogando o aconchego no édredon no leito
do vir-a-ser da madrugada, do amanhecer.
... do frio. ...do inverno!
(#RIODEJANEIRO#, 14 DE JUNHO DE 2018)
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