**IN-TEMPÉRIES DAS LENDAS DO ENCONTRO DE CENDÊNCIA DE "TRANS" E TINGÊNCIA DE "CON"** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Como os
primeiros motivos que fizeram o homem falar foram paixões des-enfreadas,
des-continuas, des-compassadas, beirando à sandice, nas margens do
des-equilíbrio, suas primevas expressões foram - como vou dizer, não sei,
difícil, complexo e hermético, as consequências não se sabem, mas ouso fazê-lo
- tropos. A primeira a nascer foi a linguagem figurada e o sentido próprio foi
encontrado por último.
Num sarau de
poesias, entre os poetas, cujas inspirações eram mais de nível metafóricos e
metafísicos sobre o encontro de cendência de trans e tingência de
"con", recordando ainda de quando se conheceram, o que era apenas
sedução tornou-se etern-idade inteira juntos - em noite de inverno rigoroso,
tomando banho de piscina, nus até na alma, con-templando as estrelas e a lua,
em noites de verão de cozinhar os miolos à beira da lareira, de casacos de lã,
luvas, tomando vinho e se agarrando, o suor delas se comungando, por
inter-médio das vestes, tal era a loucura e sandice deste amor - dissera
cendência de trans que uma pergunta faria, olhou os raios do sol, as nuvens
brancas, algumas azuis deslizando-se, como podia uma expressão ser figurada,
metafórica, antes de ter um sentido singular e particular, se a figura consiste
na trans-lação do sentido, se a metafóra consiste nas circuns-vagueações na
semântica e na linguística, para in-vers-ificar a verdade, o prazer, o encanto,
à busca do sublime, concluindo a sua inspiração e divagação que seria preciso
substituir a palavra que se trans-põe pela idéia que a paixão se oferece - só
se põem-trans as palavras porque se trans-põem também as idéias, pois de outro
modo, das sorrelfas ao nada, a linguagem figurada nada significaria.
Um
parêntesis nas lembranças, o que sentiram, sensações, sentimentos, emoções,
sentimentos, no primeiro encontro, lembrou-lhe tingência de "con" que
a imagem ilusória oferecida pela paixão, a linguagem que lhe corresponderia foi
também a primeira in-ventada; depois tornou-se metafórica quando o espírito
esclarecido converteu-se aos mistérios, misticismos, miticismo, enigmas,
re-conhecendo seu próprio erro, só empregou as expressões para as próprias
paixões que as produziram. um piti em cena, o medo da grande re-velação, se
juntos, sintetizados, se tingência de "con" seria a ilusão da paixão
que fascina os olhos e a primeira idéia que se a-nuncia é o vento soprando as
neblinas das ondas do mar para trás, o in-verso sendo o ritmo das palavras, o
re-verso sendo a melodia das metáforas, o in-verso sendo o ritmo do não-ser à
busca do nada, na querência de uma travessia, uma travessia que trans-nauseasse
os éritos de outrora, os pretéritos das con-tingências, o diá-logo se silenciou
ali, tingência de "con" servia-se, como "utensílio" mesmo,
ambos olharam para confins diferentes do vazio e da náusea, e no ínterim da
conversa entre eles, lembranças das fantasias e ilusões de um encontro, as
quimeras com as suas seguidoras fiéis e leais, os exageros, paradoxos,
eufemismos e metonímias, nonsenses no recital de como a primeira linguagem teve
de ser figurada, e cendência de trans dizendo a tingência de "con":
"Está vendo, minha amada e amante, como você já está se entregando ao
ad-verso ser a paisagem do In-finito trans-figurado do estar-no-mundo sujeito
às intempéries das lendas da verdade..."
#RIODEJANEIRO#,
22 DE MARÇO DE 2019#
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