BALADA DA CENDÊNCIA DE TRANS E TINGÊNCIAS DE CON# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Cendência de
trans, enamorada de vazios abismos de confins, seduz a ting-ência de con com
parnasianas imagens do campesino e do simples, um dos desejos dela, cendência
de trans, é re-colhê-las e acolhê-las dentro em si, seivar-se, "con",
vice-versa, versa-vice, etéreas linguísticas simbólicas da felicidade e do
prazer, aquela pitadinha de eternas semânticas do verbo e do ser, não sabendo a
cedência de trans que este objeto de sedução das tingências de "con"
será o seu ponto frágil, aproveitando a sexualidade, o seu ponto "G",
lugar onde é só tocar e a mulher vai até as nuvens, revelar os seus sublimes
sentimentos da verdade e do soluto-ab, vis-a-vis, nada, e neste ínterim de
trocas, sedução, as cadentes estrelas deslizavam-se no celeste espaço à mercê
do instante de mergulharem profundo no in-finito, o brilho transversal da lua
iluminando tantas emoções e sentimentos trocados entre Cendência de trans e as
Tingências de "con", se as câmaras fotográficas pudessem filmar este
instante, seria um esplendor assistir ao preâmbulo da entrega e doação,
místico, mítico, qualquer preâmbulo cinematográfico de outrora e futural seria
capaz de imitar, os grandes ídolos do cinema se sentiriam ao léu dentro do
bolso de malandro dos autênticos desde as vestes ao caráter e personalidade,
até existindo uma lenda sobre o encontro da tingência de con e cendência de
trans, ambos se rejeitaram plenamente, no primeiro encontro, se se unissem
seriam ao contrário, cendência passar a ser a tingência, vice-versa, e não mais
se viram, continuam não se vendo, viveriam um amor inesquecível, preferiram não
considerar a sedução, agora seria bem diferente, só a etern-idade revelaria se
aconteceu o contrário, apaixonaram-se, unindo-se, rejeitaram-se e não mais se
veriam, e neste interim da lenda, o nada flanava entre as estrelas - dizendo as
más línguas que ele fora passar a mão no toco de Brejáuba do além, sendo
seguido pelas angústias, tristezas, melancolias, nostalgias, saudades tocando
seus respectivos instrumentos, as angústias tocando violino, as tristezas
tocando flauta, as melancolias tocando cítara, as nostalgias tocando guitarra,
e como não poderia deixar de ser as saudades tocando a harpa, sinfonia do nada,
flanando, flanando entre as estrelas, o seu bailar é que é estranho, parece mais
os bobos da corte na ópera do vazio, performance de malandro de prostíbulo,
talvez satirizando os idílios e sorrelfas das saudades, cedência de trans e
tingências de "con" de mãos entrelaçadas deambulando no uni-verso,
curtindo o encontro, ali nascia o encontro, encontro que continua sendo de
entregas e doações, seivando-se mutuamente, alguns problemas de gênios,
enquanto tingência de "con" é ativo, perspicaz e destro,
independente, cendência de trans é dispersa, preguiçosa, fica só assistindo às
operas e sinfonias do vazio, óperas do nada - isto mesmo!... não me interrompa
-, não se liga com as tingências de "con", acha-as volúveis, parece
às tingências de "con" que esta rejeição, por ser ela dispersa,
parece haver algum medo que re-velar não poderia, este mistério seria eterno
entre os dois, o que gera algumas briguinhas, discussões sem quaisquer
sentidos, insatisfações inúteis, sabendo ambos que o medo do medo é que faz o
medo, o que lhes faz rirem a bel prazer e solstícios, a morte fazer parte da
vida, isto é ridículo, mas o que fazer se é a verdade incólume e insofismável,
mas logo, logo estão de bem, e seguem juntos cendência de "trans" e
tingência de "con" a jornada, o que era apenas sedução tornou-se uma
relação de entrega e doação mútuas, velando-se e des-velando-se, e neste
ínterim de vivências, sentados à beira da Lagoa das Aves Negras, lembrando-se
do encontro, das seduções, procissão longa de pessoas com velas na mão,
debulhando os terços, atrás da imagem de Fermansi, profeta da estética entre os
"circuns" e as "pers", estética que começa no in-verso para
atingir a verdade, para alguns heresia, começar do mal para chegar ao bem, isto
deixa muitas lembranças e re-cordações ad-versas, sendo que se partir do bem
para re-verter-se ou con-verter-se ao mal seria atestado de plena ignorância,
gere muita gargalhada e risos de esguelha, a tristeza que as vozes recitando e
declamando as orações revela é profunda, os artistas do In-finito são
criativos, criam musicais esplendorosos, e perguntando o que seria se trans de
cendência e tingência de "con" se sintetizassem, o que aconteceria, o
nada e a sua sinfonia somem na distância...
#RIODEJANEIRO#,
22 DE MARÇO DE 2019#
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