#POÁCEAS VIVAZES DO VAZIO# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Futuro de
não-ser, completo de hostis reflexos, memórias, anamneses, de em alguma parte
apetites do verso-dom do zunido de ímpetos trespassando o ser do período, o
predicativo das idéias e ideais, sibilo de ex-tases perpassando períodos do
ser, os seus engenhos e ornamentos, de, em outros lugares expectativas da
vers-ificação-sentimento belo, observar o igual flúmen de lágrimas puras,
vítreas sete vezes, de brilho no olhar cristalino de sonhos e fé; de nalgum
recanto de choupana imaginária sabores em todos os níveis da
estrofe-consciência da liberdade e da ousadia da criatividade de
horizontes-in-fin-itudes das dúvidas e incertezas com a fé de os tempos do
verbo auxiliem na engenhosidade e arte, criando outros sentimentos e sons das
esperanças e sonhos, a liberdade-estilística das inspirações em intenções de
ingênua imagin-ação do esplender a neve da madrugada e o canto da coruja
ascender as náuseas ao in-fin-itivo do nada, gerúndio das nonadas, particípio
das travessias...
A
festividade é funesta; forma-se, baila-se. A fisionomia me liquefaz as idéias
que amputam com instrumento de folha metálica amolado meu ido e vindoiro e me
solto cingido, emaranhado no lince de meiguices, sons, neons, des-memoriado no
distanciamento que me inibe. Minh´alma é frouxa, tranquila, lenda alguma
des-velará, re-velará limpida e trans-parente, e se afaz a todos os trejeitos
do físico, mito algum irá des-enovelá-la dos sentimentos e espíritos da vida
eternidade, este sonho que se prolonga e eiva-se em cada estação da alma das coisas
fugazes, etéreas.
A
festividade é funesta. E mais que funesta, divulga-se o tempo, publicitam os
ventos. Mundo desabitado, repleto de gradações do imperecível, luxúrias,
arrebatamentos. Não constituo poemas que cadenciam expectativas e eventualidades
dos sofrimentos da alma lobrigando mais longe das serranias os transitórios do
des-velo, a trans-itoriedade dos devaneios que pró-cedem a escuridão sustada no
pata-mar dos evos, dos prazeres do corpo e dos instintos que performam
retros-pectivas do vivido e experienciado, do sofrido e do
"prazerido", elas se meta formoseiam nas buscas e ansiedades. O
bailado é anedótico; escarnece-se, cascalha-se, pedregulha-se, as antefaces são
Poáceas vivazes, os olhos desmaiem as representações que se declaram escurecidas
de xises do inacreditável, inconcebível, indescritível, in-audível, ípsilon do
invisível no instante inédito da visibilidade, si-mesmo, a mesm-idade é o
si-mesmo da mesmice, e me largo desempenhando o plano de ação de risíveis
signos e símbolos aos olhos da assistência alienada de meias-tintas da
circunstância, inconsciente de meias metáforas, sin-estesias às auscultações
dos sons de neons, refugiados sentimentos exiladas rebeldias e revoltas
Sinto cada
verso
Vagando nas
miríades de luz à soleira
Dos
sentimentos e emoções, preliminares do êxtase,
Chamas
ardentes devorando as lenhas das nostalgias,
Melancolias,
saudades, tristezas, angústias, medos,
Pó-ematizando
o que há-de vir nos raios de sol a nascerem
Na manhã de
outros idílios e sonhos do verbo cristalino
Do amor, da
felicidade, da alegria, da satisfação,
Criando um
templo à mercê do horizonte e infinito,
Templo de
outros encontros, outras flores a serem colhidas,
Re-criando
tabernáculo de vontades do fogo
A acender as
chamas das utopias,
Re-fazendo a
cabana dos prazeres e clímaces
Do bem e do
absurdo...
Da verdade e
do nonsense...
Minh ‘alma é
emotiva, débil. Melindra-se a tragicomédia de fantasias e honras da autoridade.
Declamam, recitam, discursam, fofocam, alcovitam as pretéritas paragens das
misérias e pobreza, comentam por aí nos becos, ruas, alamedas, avenidas, nas
passarelas, nos botequins, ser eu incorrigível romântico, envelo-me nisto e em
aquilo, dou uma escapadela daquilo e daquiloutro, de outro aquilo, um
incorrigível romântico. Determinados gestos, imprescindível, tem de ser feitos,
determinadas palavras, pronunciadas: o peso de minha res-ponsabilidade me
esmaga, arregalo os olhos e nada vejo, debato-me em meio aos ritos, tripúdios,
tramóias, cambalachos, sassaricos, sissiricos e siriricos, os jogos da mente
são supimpas nestes instantes, uma espécie de epopéia das CARIÓQUEAS, POÁCEAS
VIVAZES DO VAZIO, do Nada e do Efêmero.
Fui ao
bosque espairecer de vazios, nadas,
Em mim
volvido.
Na distração
Re-colhi
sentido, acolhi significado,
"O que
é isto - ...?"
No escuro eu
vi
Uma flor
bela, havia des-abrochado
Naquela
instante, resplandecia,
Gotas de
orvalho e maresia,
Como olhos
ternos,
Como uma
estrela.
#RIODEJANEIRO#,
24 DE MARÇO DE 2019#
Comentários
Postar um comentário