#LETRAS QUE ESMIÚÇAM TENTÁCULOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Epígrafe:
"É
preciso exercitar a mente na subjetivação para a própria conscientização de seu
poder."(Graça Fontis)
No fio
oblíquo de fumaças, asas de prata brilhando ao sol à mercê dos raios numinosos
que esbatem nas pedras da montanha, ao derredor flores de orquídeas, murchando
sem abrir.
Apanho da
pena.
O homem,
fora.
O indivíduo,
ausente.
O cidadão,
expurgado.
Fora das
muralhas do exílio.
O homem,
dentro.
Dentro da
caverna da solidão,
Comungado no
tabernáculo do silêncio,
Origem e
eidos no vazio das nonadas do nada-vazio,
Da gruta das
pers e pectivas de conhecimento e sabedoria,
Re-fletindo
e meditando
As sombras
do crepúsculo.
Tumbas a
brasas eriçadas esgalgam ódios últimos, sorrindo fúnebres as derradeiras
lembranças. Covas a chamas esfoladas esganiçam vinganças. A morte é, ao sol
escaldante, esturricada. Goles tirados a tempo curto re-movem pós, sibil-idades
cuja força é ser efêmera.
Sepultura
íngreme cobre de nada as hipocrisias primeiras, farsas primevas e primitivas,
falsidades retrógradas, ironias retiradas a esmo, cinismos re-postulados, a
falsa modéstia é nonada absurda a copos emborcados. Sete palmos, as cinzas
esfalpadas, esfalfadas - que termo o mais aconselhável? Obviamente não existem
aconselhações, ambas faz-se mister apenas - abrem letras que esmiúçam
tentáculos.
#RIODEJANEIRO#,
20 DE MARÇO DE 2019#
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