#QUE HÁ HÁ!# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA
Há lucidez
nas trevas de pretéritas magias
Há vertentes
do nada ampliando luzes efêmeras
Há velas no
castiçal de prata, cujas chamas balançam-se ao sabor dos ventos
Há conceitos
metafísicos desovando o eu livre nas profundezas do abismo
Há Nada
percorrendo o incógnito do bosque nas trilhas ziguezagueantes rumo à praia onde
banhistas assistem ao crepúsculo.
Há estranhas
idéias e ideais copulando fúteis horizontes da verdade
Há tempos
perdidos nas sinuosidades das estradas que levam as utopias além da razão,
próximo à consciência do sentido de sonhar as coisas que elevam a
espiritualidade
Há
"reflexões tormentosas a retalharem-se pelo meu intelecto num sofrimento
penetrante, num repleto suplício"
Há águas
vivas espraiando-se na areia, enquanto gaivotas se alimentam das dádivas do mar
Há verbos
faccionados conjugando e regenciando os ""eidos extasiados, o imago
de uma quimera inflexível"
Há
sentimentos da verdade mergulhados no abismo re-fazendo a intencionalidade das
atitudes e ações
Há revoltas
e rebeldias assolando as mentes
Há línguas
vorazes rasgando os verbos das injustiças, desrespeitos, indiferenças com os
valores inestimáveis da existência
Há vozes
silenciosas atravessando as conjunturas da história dos homens, deixando o
mundo carente de sua identidade
Há solidões
re-constituindo, re-artificiando os interstícios da alma, eivando-lhe de outras
visões do Ser
Há silêncio
na orla marítima, o brilho da lua cheia incide nas águas num espetáculo de
imagem indescritível
Há um
"semblante sem cara e físico sem silhueta"
Há uma luz
nos subterrâneos do espírito, dostoievskiando os âmbitos do abismo da verdade.
#RIODEJANEIRO#,
15 DE MARÇO DE 2019#
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