*TABERNAS NAS ESTRADAS NOCTÍVAGAS** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA
Ficar ao léu
das tempestade, bonanças
Ficar à
mercê da neblina, orvalho,
Ficar à
sombra da montanha, da caverna,
Ficar à luz
das tabernas nas estradas noctívagas,
Entre a
consciência
E a
in-consciência,
Entre o
cognoscível
E o
in-cognoscível.
Reter o
instante,
Colher o
momento,
Re-colher o
agora,
Afagar o
aqui,
Deixar que
os sentimentos per-sigam os desejos,
As emoções,
os volos,
As
sensações, as sorrelfas do tempo e das águas
Livremente...
Livremente...
Livremente...
Abandonar os
grilhões,
Ceifar os
obstáculos, fronteiras,
E ser
O
apaziguado.
Chega-se a
um estágio,
Entre as
estratégias do sublime
E os
trambiques do absoluto,
Em que são
dispensáveis as palavras,
São
recusáveis os sintagmas
São
refutáveis as dialécticas estilísticas
E o menor
gesto, exíguo olhar o tempo,
Pró-move o
entendimento,
Compreensão,
inteligibilidade,
Aí
inter-penetram-se as solidões,
O amor a
outrem,
O
pensamento-sentimento,
Vice-versa,
vis-à-vis,
Nas nuanças,
por
inter-médio das sinuosidades,
Do eterno e
efêmero,
Con-duzindo
a ascensão
Das dúvidas
e mistérios,
Cais
fictício da memória
Liberta da
gaiola, o pretérito.
#RIODEJANEIRO#,
14 DE MARÇO DE 2019#
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