*#NONADA DE ESPECTROS FOSFORESCENTES# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: PROSA SATÍRICA
Aleluia...
Aleluia... Aleluia...
O pentelho,
endiabrado, pirralho nasceu cláudio.
Os primeiros
raios de sol do alvorecer brilham atrás da nonada de espectros fosforescentes,
eidética nonada de ad-jacências, contra-producências, exegética solidão de
aquis-e-agoras verbalmente enunciados e patenteados, nonada de ex-tases do
efêmero e eterno, no horizonte distante a neblina esvaece-se, ponteio o lince
do olhar e vou fundo no abismo do universo - já não disseram "fui fondo,
fui fondo, até que fui indo", então?", vou fundo, vou fundo até que
me afundo no indo ao abismo do universo, não me olvidando que universo é
metafísica, seja ele metafísico, a metafísica é o universo... ou o mais
aconselhável ter-se-ia sido me utilizar de outra linguagem neste âmbito, ou
seja, de tanto cheirar o infinito o infinito acabou cheirando-me,
enchafurdei-me no cheiro do in-finito - buscar o som da cítara que ritma os
acordes de sentimentos e emoções inda pre-nunciados e a-nunciados nos
inters-tícios da alma, enunciados nas pré-fundas da inconsciência, cujo lotação
de moléstias está esgotado, constando-me, em primeira mão fora-me cochichado
que haveria um espectáculo inesquecível de todas representando as suas reais
características, Cena de Sinistras Moléstias Psíquicas, mas fora adiado por
tempo indefinido pelo atentado à identidade dos homens, que, quiça à revelia do
nada, ao léu do finito, às cavalitas da morte, serpenteiam o vazio da
inspiração, serão a luz a bordar de miríades da identidade as notas do volo
desejo do perpétuo, a eternidade além da consumação dos tempos.
A manhã será
outro dia...
Pontear de estrofes
da verdade, no atrás do convexo do espelho, côncavo da imagem do efêmero
sed-uzindo a carência da etern-itude com o veneno paradisíaco da árvore dos
prazeres, a língua da serpente sendo de duas pontas, há um termo específico
para identificá-la, mas o interesse é de o pecado ser o veneno, e não ao
contrário, às avessas, às re-versas, aos in-versos, a serpente apenas doou a
identidade dele, para que id-ent-ificar cientificamente a "língua" de
duas pontas da serpente?, as miríades do tempo de esperanças do volo eidos da
vida plena de éresis da leveza do ser. Por que hei-de ensinar-me a língua de
mim própria? Por só a identidade da língua para e-nunciar e a-nunciar as
trilhas do viajante ou do peregrino. Dissera-me mestre de Línguas: "A
última lácia língua a conceber flores, e para isto tem várias pontas, diversas,
às pencas de trilhões." Ensinar Língua? Habita-lhes a todos, se lhes
aprouver a lição, se não, isto é lá com eles, nem se, aprouvendo-lhes,
despertaram para a identidade de si mesmos ser a língua erudita, nem por isso
podem sair cantando à revelia ensinei-lhes ou tive intençao de ensinar-lhes, o
que lhes insatisfazem, alfim cada macaco no seu galho. Nada disso, esta
intenção não há. Aqui sendo tão simples assim auto-crítica, alfim que lácia flor
não iria satirizar, ironizar, tirar sarro do último?, a laciedade da erudição é
coelho atrás do mato, sim, mas sou quem lhe sacio a sede a fome, cuido e trato
dele com esmero e acuidade. Pontear de versos da contingência de
"sartreanas" náuseas, camuseanas do deserto inaudito, estrangeiro,
gideanas concupiscências do imortal, "Prefiro os corvos do que os
invejosos. Os corvos comem os mortos e os invejosos, os vivos", o belo da
estética do sensível, os sonhos oníricos da vigília, genesis dos três pilares ou
das três estalactites da gruta do verbo que pingam de água cristalina o
inaudito da inspiração, inspiração do aquém re-vestido de futurais éritos do
In-finito, inspiração do além des-vestido de érisis do in-fin-itivo e gerúndio,
in-vestigação dos vestígios dos pretéritos que foram se perdendo ao longo do
tempo, e só por isto justifica-se e explica-se "in-vestigar os
vestígios", um método fenomenológico, caso contrário, pleonasmo vicioso.
Tese,
antítese, síntese...
De ponta
cabeça, o efêmero sacia sua sede paráclita do destino que, de travessias em
travessias, inscreve, nas tábuas de veredas do perene, nos mármores de sendas
do sempre-jamais, as á-gonias da liberdade, sursis da alma-com as sinas
badalando no domus de sinos das igrejas heréticas, proscritas, insurrectas,
depravadas, desvairadas, que, de nonadas em nonadas, do verbo de morrer a vida
da morte, epitafiam os mistérios místicos, míticos, legendários, lendários das
sendas do inolvidável lúdico e sensual sibilo da efemeridade que suprassume a poética
do espaço através e por inter-médio da estesia das brás-cubianas memórias das
páginas fenecidas de linhas e margens, o aquém da trans-cendência nutrindo e
alimentando o além-nada das nadificações do ser, estratificações do não-ser,
substratos dos verbos "ser" e "ter", por estranho e
esquisito isto seja, instratos dos verbos à luz pálida do crepúsculo de ocasos,
o nada é miríade da vida, aparentam ser diversos, menos este, ou seja, menos
este é aparência, a miríade do nada são os espectros-luz que são as palavras à
sensibilidade do não-ser atrás dos ossos que, destrinçados, mostrarão a carne
do tempo, tempo do filet mignon, do salmão que só reconhece-lhes o gosto quem
no paladar sonha sentir o prazer da vida, ócios do ofício...
A manhã será
outro dia...
#RIODEJANEIRO#,
24 DE MARÇO DE 2019#
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