ESCRITORA E POETISA Maria Isabel Cunha COMENTA O AFORISMO 57 /**FLORAÇÃO DA ETERNA LINGUÍSTICA DA PALAVRA**/
Fenomenal
este hino ao Amor! Sem dúvida, apenas o Amor nos preenche os vazios, nos
inteira, é o verbo, a lira da alegria e felicidade do espírito e matéria num só
espaço e tempo, o do infinito. Só o Amor é a alegria na dor de amar. A imagem
que ilustra o texto é sublime, culminando -o em apoteose. Parabéns. Beijinhos
ao casal que estimo e admiro muito.
Maria
Isabel Cunha
#AFORISMO
57/FLORAÇÃO DA ETERNA LINGUÍSTICA DA PALAVRA#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO
"Sem
os espinhos, a rosa não seria, sem a rosa, os espinhos não existiriam..."
(Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"Só...
Só o Amor na sua magistralidade tem o poder condicionador de arraigar no tempo
toda a sublimidade poética dos tempos" (Graça Fontis)
Seren-itude
de papéis... Folhas brancas de palavras, palavras semânticas, eivadas de
in-fin-itivos, palavras linguísticas, alimentadas de buscas e questionamentos
da verdade do ser. Páginas de orvalho... Folhas de outono...
Garatujar
letras para metaforizar o "ser", sin-estesiar os interstícios da
alma, sem sentido, sem significação, melhor o silêncio, con-templar o inaudito,
nada a dizer, nada a expressar, olhar perdido na frincha do horizonte
Amiga
disse: "Quem ama é dono do mundo. Não se sente sozinho." Digo:
"Quem ama, escreve filosofia até nas asas do vento, no etéreo efêmero das
con-ting-ências"
Grito
antigo é altissonar a voz do amor, fluí-la livremente, re-velar a verdade
de
amar o verbo, florá-la na floração da eterna linguística da palavra
"entrega".
Vão
desejo, inútil vontade de entender os tempos infinitivos, indicativos,
subjuntivos,
gerundiais, imperativos da a-nunciação do egrégio genesis do absoluto, da
paisagem campesina da divina esperança da estesia. "Someone told me long
ago...": "Amor não tem razões, amor não tem motivos, amor não tem
explicações - até terminou com pensamento em francês: c´est fini"
Respondi:-lhe
intelectualóide que era: "Amor não tem frinchas, amor não tem frestas,
amor só tem vãos". E solitário - melhor dizendo poeticamente: no terreno
baldio do instante-limite, divagando nas nuvens brancas celestes, do efêmero
efemerizado de nonadas. Diria hoje: "Os espaços vazios do amor
são
as verdades absolutas do espírito que trans-cende, trans-eleva a essência das
dores e sofrimerntos." Camões se esqueceu de dizer que o amor é a alegria
das dores e sofrimentos ad-jacentes aos ad-nominais ad-juntos do pleno,
sublime, perene.
Amiga
outra inda disse: ""Este amor vem de eras e eras...", desejando
ela dizer sou re-presentante de uma história perdida no tempo que renasce sem
idílios e iluminações.
Nada
re-presento, nada a-nuncio. Quando Pessoa, N´A Tabacaria, diz
"Sou
nada...", ele se esqueceu de dizer: ""À parte isso, o nada
plen-ifica o Amor, o sonho do mundo é o amar do verbo ser".
Vou
agora fechar a janela, deitar-me na cama. Se não dormir, ao menos contemplo a
ausência da luz, o breu do nada. Amanhã será outro dia...
Sem
os espinhos, a rosa não seria, sem a rosa, os espinhos não existiriam; sem o
amor, o nada não seria, sem o nada, esquecendo os momentos na voz de uma
mensagem: "Acho que vou devorar os anos..."
(**RIO
DE JANEIRO**, 23 DE JULHO DE 2017)
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