#AFORISMO 47/SER-TAO DOS PISCAS-PISCAS DO VAGA-LUME# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"A origem da alma é o perpétuo de todas as querências do belo
vers-ificado da poiésis do vernáculo neoclássico in-versando a simplicidade da
natureza..."(Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"O pastorear semanticamente as esperanças na sua volutividade é determinante
na eternitude do ser" (Graça Fontis)
Infinitivos infinitos de plen-itudes mais-que-perfeitas do in-transitivo
verbo do amor respingando de orvalho, no alvorecer de a-núncios de outros
tempos, as volúpias eivadas de paráclitas esperanças, cáritas oníricas do
sonho, esplendendo o in-verno aos auspícios da primavera a ser verbo do perfume
das flores silvestres a plen-ificarem, re-verber-sejarem os caminhos, veredas,
sendas, cujas miríades do além são as luzes re-fletidas nas origens da alma e
desejos do perpétuo da felicidade à busca da paz que desde o genesis fora se
perdendo ao longo das dialéticas do vazio e tempo, das contradições do nada e o
efêmero que nadificam o etéreo do eterno, que efemerizam o éter do divino
perene, o absoluto sempre postergado à consumação do caos que re-verteu o
cosmos, in-verteu o pleno, re-versou o divino, inversou o paraíso às
contingências da morte que morre o morrer, o morrer que morre a morte, a vida
se perde nas buscas do passado, presente e futuro. Gerúndios particípios do
infinito.
Se a esperança não vers-ifica e verseja a origem da alma, que são os
versos prosaicos da liberdade de ser a verdade, são as estrofes linguísticas e
semânticas dos volos da volúpia em re-fazerem as iríadas do nada seduzindo, por
inter-médio do ser-tao dos piscas-piscas do vaga-lume, ao longo da jornada do
trem de ferro, os trilhos e dormentes rumo à Estação Liberdade...
A origem da alma é o perpétuo de todas as querências do belo
vers-ificado da poiésis do vernáculo neoclássico in-versando a simplicidade da
natureza, em nossos tempos trans-modernos o oráculo barroco do "feio"
da eternidade na alma das angústias, tristezas e náuseas.
Manhã de novos tempos, tempos em cujas érisis do sublime habita a seiva,
eivada do além-divino, da ópera do espírito. Friozinho gostoso do inverno,
ventinho ameno, fazendo cair as folhas secas das árvores, sol ameno numinando
as bordas, arrebores, fronteiras, confins, arribas do ser-para a liberdade da
origem da alma.
Liberdade re-versa de estrofes ritmadas de belezas neoclássicas do
pastoreio de ovelhas do silêncio in-audito da solidão misteriosa do silvestre
campo de lírios e hortênsias e o íngreme chapadão de solo seco e árvores tortas
mortas.
Liberdade in-versa de metáforas e sin-estesias expressionistas
acordeadas de subjetivos volos da esperança de ser o verbo a imagem
trans-lúdica que se re-velará a luz interstícia do além-divino a perpassar o
tempo de querências da verdade, enovelando o sublime pretérito indicativo das
sombras e a leveza do genesis à luz e mercê do particípio do tempo,
ser-para-o-apocalipse da dialética nonada e travessia, liberdade meta-moderna,
linguística e semântica póstuma do não-ser des-velado dos heideggerianos
caminhos das circunstâncias ec-sistencias, vivenciários ser-no-mundo. Hurray às
glórias e júbilos aos passos a passos preterizados de subjuntivos à revelia de
não-letras prescritas em cartões de época a serem criadas, re-criadas no
alvorecer contínuo de sonhos, de letras trans-literalizadas de outras genesis
do pleno a serem visualizadas na imagem re-fletida ad-versa à luz do
apocalíptico genesis da querência de a nonada ser o espírito da alma, o nada, a
alma do espírito, o vazio, a origem solsticia do ser-para-com os sentimentos e
emoções à espiritualidade...
(**RIO DE JANEIRO**, 19 DE JULHO DE 2017)
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