SONINHA SON Sonia Gonçalves COMENTA O AFORISMO 71 /**NUANÇAS IN-FINITIVAS DA ESTESIA DO ALÉM**/
Espetacular!!! Mais um brilhante texto com sua
marca meu querido. Lógico não pude deixar de me encontrar aqui e acolá, entre
um parágrafo e outro. Pois tal qual você adoro colher as miríades estelares
segurá-las em fogo e brasa entre os dedos deixando fluir o enredo da
composição, texto enobrecido o teu, com pormenores detalhados em sua canções
preliminares, sugestivos aliás no meu poema abstrato em versos ocultos que você
bem sabe captar tão bem. Me disseram há pouco minha linguagem erudita, em
absoluto! Erudita é meu amigo Manoel Ferreira Neto a minha linguagem é apenas
rebuscada de quem admira, ama e respeita a língua portuguesa em seus mais
variados significados.Meu amigo escritor-poeta Manu, esse sim, mantém uma
linguagem tão erudita que chega a ser obscena de tão linda e desnuda! Eu AMOOO
muito!Te aplaudo pelos versos eloquentes e pelo riquíssimo texto sempre!
Aplaudo a nossa Gracinha tão amável e talentosa! Amei a arte também de uma
forma bem especia...Bjos Manu...Grata pela postagem.
Sonia Gonçalves
#AFORISMO 71/NUANÇAS IN-FINITIVAS DA ESTESIA DO
ALÉM#
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"Silêncio do som que esplende a todos os
recantos e sítios da terra volúpias voluptuosas extasiando as vontades do
perfeito" (Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"A alma na sua transitoriedade planteia
angustiada presságios sonoros poematizando ansiosa a sobrevivência num
pragmatismo existencial" (Graça Fontis)
Intransmissível Um-Verso de eloquências, de
devaneios,
Entrançando de imagos, ópticas,
Lobos do "rosto-ser", sensibilidades
sôfregas, pejadas
Ornando de ânsias, imaginações, expectativas
Coligações do "eu"/"tu",
"nós" de pesquisas do outro mundo
A feitiçaria do contacto, blandícia, a
magnificência do enlevo,
A deleitação do tempo nas alas das expugnações,
execuções,
Alvoroços paliando de existência a área de recompondo
De posturas, momices, procedimentos,
Proferindo o espírito na palavra da concupiscência,
Consciências em sinopse experimentada, vivida,
Um-poema de termos que patenteiam
Exactidões do ser-nós,
Verso-uno da criatividade da caridade que reside
A alma de natureza do excelso,
Em noitadas de lua e resplandeceria de astro
O ser-verbo-do- pleno "adorar a querença"
Idolatram-se encanastrados, em sinopse do
irrepreensível
E do inacabado no superior exemplar
Esplendoroso ao futuro do tempo
Que pressagia o alvorejar da insubstancialidade.
Inter-dito de canções preliminares, ritmado de
re-versas líricas do singelo e sublime, melodiado de in-versos sentimentos e
emoções a sensibilizarem a alma, inspirando-a a con-templar nos inauditos
mistérios do eterno as linhas infinitas que tecem de sonhos e esperanças o
silêncio do som que esplende a todos os recantos e sítios da terra volúpias
voluptuosas extasiando as vontades do perfeito, em cujas bordas residem nuanças
in-finitivas da estesia do além, além prefigurado de nonsenses, além performado
de vacuidades, além metafórico de símbolos e signos genéticos, originários da
luz que precede a concepção da vida, venezianas abertas para o templo edênio do
absoluto, por onde as contingências da morte, em rituais míticos e místicos,
bailam a performance da solidão do nada, e nas perspectivas de que
contingências são pedras angulares e de toque para a consciência e sabedoria de
outras dimensões sensíveis para a verdade de os verbos do ser circunvagarem nas
pre-fundidades do pretérito sempre à busca de suas origens, com isto esperando
alçar vôos percucientes ao uni-verso das angústias e prazeres, ao horizonte das
náuseas e medos, assim suprassumindo os folk-lores da morte além da morte,
aquilo de que no mundo as felicidades são efêmeras, quase idílios, mas na morte
além da morte o vazio pleno e imortal das esperanças e sonhos, as dores e
sofrimentos do mundo são alegrias e prazeres inomináveis, indescritíveis.
Ah, creio que a morte não me diz mais quaisquer sentidos,
quaisquer importâncias, o melhor mesmo é seguir ouvindo cada vez mais
nitidamente o inter-dito de canções preliminares, canções que afinam os ouvidos
para sentir o som linguístico e semântico do vir-verbo de ser do tempo de
origens e genesis das primevas a-nunciações do que concebe a vida precedendo o
espírito, antecedendo a alma, postergando e protelando o corpo de carne e
ossos.
Luzes no caminho de trevas. Flores nos silvestres
das baiucas, onde o nada, nonada, efêmero, vazio de cara a cara com o deserto
da vida sem qualquer essência, projetam, lançam o tempo das efemeridades à
vacuidade do não-ser da morte. A vida são os inter-ditos de canções
preliminares, em cujas singulares e peculiares notas o absoluto fenece e o nada
concebe-se nas dialéticas do olho que manda o outro olho catar coquinhos no
terreno baldio das pectivas-inter do sentimento à busca da inspiração do
poema-som da id-ent-idade pre-sent-ificada da verdade.
(**RIO DE JANEIRO**, 30 DE JULHO DE 2017)
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