#AFORISMO 22/RAÍZES DE VERBOS E VERDADES# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Raízes
de fogo, entrelaçadas nas achas da lareira, de cujas chamas advirá o calor a
perpassar-me o corpo, sensibilizar-me a alma para novos sentimentos e emoções,
para quimeras e sorrelfas outras, tocando-me o ser, acariciando-me as dimensões
do espírito, nascendo em mim inspiração para sobrevôos pelas florestas, mares,
abismos.
Raízes
de versos in-versos de re-versas intuições do belo e da beleza, sensações da
beleza do belo, entremeadas de desejos do sublime soneto, cuja chave de ouro
tece as linhas dos horizontes de além, a-nunciam o crepúsculo da tarde eivado
de luzes do vir-a-ser da noite iluminada de estrelas e lua, re-velam o
entardecer prenhe de a-nunciações do alvorecer.
Linhas
do horizonte de além
Entre-cortadas
de contingências de sonhos e verbos do amor
Performam
o prelúdio da ópera do silêncio
Ritmos
e melodias da música do tempo
Cancionando
de etern-itudes da entrega e sedução
O
sublime das esperanças do espírito de amar.
Raízes
de dialéticas do ser e não-ser, entrecortadas de contingências de sonhos e
verbos do amor, projetando em mim luzes do eterno, alvorecido e crepusculado de
re-velações da verdade, trans-elevam-me às antípodas do uni-verso onde
querubins performam a dança da sedução e entrega, trans-cendem-me ao longo do
oceano onde sereias dedilham a harpa do tempo e do ser, cantam a canção de
etern-itudes das esperanças do sublime espírito de amar.
Raízes
de nonadas e travessias, inter-ditas de ideais do perfeito e do divino,
entre-transliteralizadas de fantasias, utopias dos campos versejados e
vers-ificados de flores a exalarem o perfume inebriante do perene, compõem-me
na alma o prelúdio da ópera do silêncio a embriagar-me de êxtase e volúpias,
avant-premier da sinfonia da solidão a preencher-me de ilusões e vontades do
in-fin-itivo.
Línguística
do sono
Seduzindo
o sonho a anunciar
A
memória das genesis da vida,
Verbo
assediando o subjuntivo dos espaços e arribas
Bolinando
o particípio dos sentimentos,
Templo-Verbo-Infinito
Estesia
do Ser
Con-templando
as águas
Do
rio dos sentidos plenos
Raízes
de ritmos e melodias da música do tempo, em sendo-em-sendo de encontros e
des-encontros, amores e des-amores, paixões e contro-versas paixões elevam-me o
espírito, sensibilizado de razão/vida, ao cume dos paraísos celestiais onde
garbosamente deambulo, perambulo, vislumbrando suas belezas e esplendores,
con-templando as águas do rio dos sentidos plenos, cantarolando o
"lá-lá-rá-la" da felicidade e da paz.
Raízes
de palavras, tematizadas da linguística do sono seduzindo o sonho a anunciar a
memória das genesis da vida, da metáfora dos verbos assediando temas e
temáticas a indicarem o presente e o subjuntivo do além de todos os horizontes
e uni-versos, o gerúndio e o particípio de todos os espaços e arribas.
Raízes
do inverno,
Inspirando
a alma a recitar o silêncio do frio
A
contemplar as flores a desabrocharem na primavera,
Exalarem
o perfume do sentimentos da beleza e do belo,
Estesia
do Ser e Templo-Verbo-Infinito.
Raízes
de verdades, des-imaculando as visões de causas e efeitos, pecados e castigos,
atitudes e consequências, tematizados de vontades do Ser nas asas e ventos do
tempo, verbalizando o pensamento consciente do destino a ser criado e
estabelecido, inventado e concretizado, o testemunho das buscas e cor-agens de
ser livre... estar dis-posto a morrer pelos ideais.
(**RIO
DE JANEIRO**, 09 DE JULHO DE 2017)
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