#AFORISMO 50/DA BOÊMIA E SABEDORIA, O VENTO DO SILÊNCIO...# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"Trópicos das gnoses e cáritas, sentimentos e
emoções dos grãos de areia o vento sopra, o esplendor, resplendor das
anunciações de ad-vires do tempo..." (Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"Ímpar é a força motriz e movente na
Engrenagem Universal chamada AMOR" (Graça Fontis)
O amor possibilita, abre os leques, des-abrocha a
imagem nítida e breve da liberdade e da querência da id-ent-idade, do
verso-uno, o que de mais in-audito se revela, o mais elevado sentimento de
potência no homem, das origens do Ser e do Tempo; onde nem mesmo a moral, a
obediência ou qualquer ação produz aquela sensação de potência e liberdade, de
vontades, aspirações, olhar para o in-finito e uni-versal que o amor emana.
Trópicos das gnoses e cáritas, sentimentos e
emoções dos grãos de areia o vento sopra, o esplendor, resplendor das
anunciações de ad-vires do tempo, as dialécticas são inspirações ad-vindas dos
questionamentos e indagações, as contra-dicções, vontades de alçar voos nas
esperanças e utopias do belo e do pleno... Trópicos das pleromas, angústias e
tristezas que precedem as vontades, desde as das entregas da alma e espírito às
das liberdade e do Ser, as contra-dicções são as poeiras por onde movimentamos
os passos às sarapalhas da in-fin-itude.
Entreabre-se
a singularidade
em
- silêncio!
Do clima frio,
às vezes médio,
mostrando a carne do rosto,
lábios, nariz, narinas,
os olhos
circuns-pectos
e/ou
intros-pectivos
a fisionomia
é
algo
de uma ternura
séria
e amor
sincero.
Reivindico
um reduto aconchegante
onde repousar...
Uma palavra a ser dita...
Peregrino
em direção às
ruínas dos templos.
Lá,
encontro a beleza,
o sentido de mim.
Há consolo
no espírito branco
da eternidade.
A dança de uma evidência
a escovar-se todas as manhãs.
Oh, míseros compassos e traços de um instante sem
fim e início, filhos do acaso e da preguiça, da bebedeira e insanidade, da
boêmia e da sabedoria, o vento do silêncio esplendeu-se aos horizontes da
solidão, porque me obrigam a dizer o que não seria nem um pouco conveniente -
se houver conveniência é o aprender a tocar qualquer instrumento, amar
apaixonadamente estes ritmos de qualidade e belo estilo -, dizer o que não
seria, em suma, bom ouvirem?
O melhor para um indivíduo, quem sente o ar calmo e
temperado, brisa suave, sombras frescas, o aroma da relva, brilho suave do céu
sem estrelas e sem lua, patear compassado e o resfolegar dos cavalos, latidos
dos cães no orvalho da madrugada – todos os encantos da estrada, da primavera e
da noite penetra-lhe na alma, - é não ter nascido, não ser, ser nada...
... A ser relido e revisitado...
(**RIO DE JANEIRO**, 20 DE JULHO DE 2017)
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