#AFORISMO 54/PÓS REGENCIAIS DO VAZIO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"O "imperativo da insolência" é
libertar a vida dos dogmas e preceitos, regenciar os caminhos para o
conhecimento e sabedoria do Tempo e do Ser" (Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"Nadificações pretéritas refletem e eliminam
verdadeiros sonhos e dons subsequentes do indivíduo numa plena mutilação
existencial" (Graça Fontis)
Abertura à presença da plen-itude, emoções e
desejos que re-velam travessias dos questionamentos questionando o questionar,
dos pensamentos pensando o pensar ao trans-cendente da sabedoria e conhecimento
transcendendo o espírito do subterrâneo, alcançando a superfície dos caminhos a
serem per-corridos, andados à mercê sempre do há-de-vir, rolando pedras às
profundezas dos abismos.
Imagens. Perspectivas. Ângulos.
Metafísicas. Exegeses. Metáforas.
A vontade de verdade leva à id-ent-ificação com os
"construtores de pontes do futuro", o sensualismo epistêmico é o
"imperativo correto", a farsa e falsidade, a hipocrisia e mentira da
verdade, de que são eivados e seivados os boêmios dos versos e das estrofes,
ritmando e metrificando os sentimentos e emoções do amor que só habita o
imaginário deles, levam às "pontes partidas", mister saltar de uma
margem à outra, e a verdade, síntese da liberdade e con-templação do ser, não
dá saltos, apenas "sensual-itude ilícita".
Pectivas de pers longínquas refletindo nonsenses do
nada obtuso de sentidos efêmeros, de significados voláteis à mercê do pretérito
crepúsculo que projecta indícios de trevas e sombras aos confins do horizonte.
À soleira da consumação das esperanças e sonhos da carne ser o verbo do
incognoscível, os ossos serem o inaudito do incognoscente verbo do nunca, as
cinzas serem os pós regenciais do vazio, que o vento recusa-se levar nos seus
sibilos e silvos.
Amarras do pretérito, alimento de impotências,
incapacidades de seivar o tempo com outros talentos e dons do ser para o outro.
Algemas do passado, o que me fora satisfaz o que intencionei realizar.
Pectivas de pers que se apresentam e id-ent-ificam
concebidas nos inter-stícios do outro, trans-seivam a água que corre nas
fronteiras das peregrinas, sendeiras, solitárias veredas do ser-vero do mar,
sticiando as docas, abrindo o itinerário para descansar as ondas nas areias da
praia, e o verbo dos efêmeros, absolutos, eternos do tempo que se conjuga com
os linces do in-finitivo no olhar, os panoramas do inter-dito da ec-sistência
às re-versas prosas da Filosofia, às in-versas dimensões das Artes, do nada
trans-vestido de idílicas querências, do vazio aforismado de vontades do
pleroma dos sonhos e esperanças.
(**RIO DE JANEIRO**, 22 DE JULHO DE 2017)
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