#AFORISMO 56/ÉLANS DE ÚLTIMA INSPIRAÇÃO# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
"É
preciso cor-agem para a vida da solidão, verbalizar a id-ent-idade do
Ser!" (Manoel Ferreira Neto)
Epígrafe:
"Aquando
inspirações, todas as sensibilidades e capacidades intelectuais, tornam-se
pleno todo o aforismo verbalizado." (Graça Fontis)
Élans
de última inspiração - re-nasce o aforismo, perscrutando as verdades olvidadas
que regem a vida, a sensibilidade e a inteligência da intuição, percepção,
visão-de-mundo, visão-da-terra, visão-da-liberdade, visão-do-ser, aspirando
inda mais a consciência-estética-ética, a luz nos caminhos de trevas, síntese
da Literatura e Filosofia, tecendo a vontade de sabedoria com os fios de lã da
vontade de verdade e as antíteses da beleza do belo.
Élans
de última inspiração - nasce a poiésis, precedendo os verbos, antevendo os
in-fin-itivos das ilusões, gerúndios das esperanças e sonhos, na alma a
pre-sença de medos, temores do in-audito, desconhecido, sentir mergulhando nos
interstícios das ausências.
Élans
de última inspiração - o verbo não é apenas o movimento da coisa ou do sujeito,
mas é o próprio sujeito, à medida em que o nome se re-vele como um verbo
trans-mudado. O verbo pode-se fazer carne. E deve estar atrás de sua
dramaticidade a explicação do sujeito. Tornar-se verbo significa fazer-se movimento e multiplicar-se em vários
planos descritivos da realidade.
Élans
de última inspiração - o que fora de primeira inspiração no novo alvorecer dera
luz às travessias de sentimentos, emoções pervagando o tempo, amor florado na
floração dos raios numinosos do sol, é preciso subjetividade para florescer a
verdade, é preciso espiritualidade para iluminar a paz, é preciso coração para
resplandecer a solidariedade, compaixão, é preciso cor-agem para a vida da
solidão.
Élans
de última inspiração - genesis de re-viver outras poéticas versais das
querências, desejâncias do ser, plen-itudes da esperança mais íntima e
profunda, a fé na cintilância do In-finito que re-vela o nascer do sublime,
re-novando o tempo, in-ovando as fin-itudes, paradisíacas as imagens das flores
des-abrochando nos instantes de con-templação do que há-de ser, paradisíacas as
águas dos rios que seguem os caminhos do tempo em direção ao além, sempre
conjugando o verbo travessia do in-audito ao perfeitamente audível de sons do
eterno, do belo, da beleza, da estesia, extasiando o ouvido para os sons,
ritmos, melodias, acordes do amor-silêncio.
Élans
de última inspiração - além de ser-me, ser em mim, re-vivência do outro,
orvalho do que trans-cende, neblina do que trans-eleva, garoa do que
trans-diviniza, espiritualidade in-fin-itiva da poesia, primevo aforismo de
élans do puro, da pureza, magia plena do sonho uni-versal da perfeição, magias
orvalhadas do pleno, do perpétuo, do perene, magias de sutilezas reincidentes,
coincidentes.
Élans
de última inspiração...
Élans
de última inspiração...
Èlans
de última inspiração...
Élans
de última inspiração - canto de rouxinóis no crepúsculo, concebendo o alvorecer
de pássaros em uníssono saudando o novo tempo, ensaio de confraternização entre
prosas e filosofias de sin-cronias, sintonias, harmonias uni-versais com o que
con-tingencia semânticas e linguísticas do Aforismo Ser.
(**RIO
DE JANEIRO**, 23 DE JULHO DE 2017)
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