#AFORISMO 17/OSSOS ESTÓICOS DAS PEREN-IDADES# - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Sim-bolismo?
Intros-pecção? Circuns-pecção? Retros-pecção da in-vers-idade do re-verso ao
onírico orvalho, do ad-verso ao noctívago sereno do anoitecer, leves e sublimes
partículas químicas do in-verbial in-fin-itivo do semblante trans-pálido do
in-cognoscível rosto do in-sensível. "A thousand oceans I have
flown".
Amanhã
o nada de ontem será o entardecer do perpétuo à luz do vazio. O ontem do vazio
será o alvorecer do crepúsculo do cosmos que precede em linguística, semântica,
metáfora e até an-estesia, sin-crônico, ana-crônico, a-crônico, a estesia do
nada con-cebendo o epitáfio do divino, a non-estesia do tudo ger-ando a
epígrafe do fausto.
Trans-lúdico.
Trans-parente.
Trans-lúcido.
Re-versos
inversos.
Trans-versos.
Inversos
re-versos.
Horizontes
longínquos, o etéreo risca de dimensões efêmeras os vazios do tempo, náuseas do
estar-sendo, imagens distantes re-fletindo no espelho celeste pers-pectivas
numinosas do além-apocalíptico re-vestido de orvalhos, concepção do ad-vir -
ah, verso ou prosa não expressam a alma habitada de in-verdades versáteis,
susceptíveis à palidez dos ad-versos sentimentos que se entre-laçam,
[*acon*]-chegam-se à luz de desejos do por-vir alv-orecendo no brilho e
cintilância vertical de pret-éritos que pres-["ent"]-ificam a
id-{*ent*}-idade clarivid-}ent}-es de nonadas ad-jac-[ent}-es aos ad-nominais
acessórios do que trans-cende o in-audito, do que trans-eleva as ipseidades do
des-perpétuo iludido com o uni-versal do espírito leve que sobre-voa na
floresta dos mist-érios a neblina que cobre o silvestre da natureza, o cosmos
do vazio ofusca a visão do lince sin-estésico das sorrelfas com o ab-soluto na
carne im-perfeita que cobre de calor e caliências os ossos estóicos das
perenidades, cinzas platônicas das imortalidades. Metáforas do caos per-jacente
ao "ads" do sub-juntivo sim-bólico que desde o alvorecer até à Hora
do Angelus res-plandece na cripta do universo e in-finito, do horizonte e
sempre-perpétuo à mercê de sombras e cintilâncias que ferem os linces dos desejos
oníricos a pupila do in-audito do nada divino, os deuses do Olimpo
refestelam-se na varanda do perene às cavalitas do cócito impermeável, absoluto
de nonsenses, ipseidades da alegria breve perpassando o brilho da estrela polar
nos nítidos nulos do efêmero, absoluto, estrela polar da facticidade.
Preter-itudes
ad-jacentes - perspicácia de so-letrar, de-clamando letras, re-citando sons,
citando res melódicos e rítmicos musicais, que trans-cendem os desejos de
expressão do que habita na alma vazia, sentimentos e emoções aquém das
metáforas do sublime.
Angústia,
tristeza, medo, solidão, desespero, inspiração e sensibilidade precedendo
abismos do mistério e enigma de tempos entre-laçados no vento concebido em
confins, passando em arribas, travessias de nonadas, levando as meta-físicas
das poeiras para o in-finito in-audito. Assim falavam os orvalhos do inverno e
primavera, gerados no quotidiano das volúpias do fim eterno do efêmero, dos
ex-tases do término efêmero do eterno, metamorfose do pleno em vácuo do Nada.
Inner,
nous, theos do passageiro - pétalas de rosas que se abrem no alvorecer, exalam
o perfume in-ebriante do perfeito, no entardecer secas, caindo no solo do
canteiro, húmus para outras pétalas. No distante e longínquo gerúndio do
uni-verso rilha de cintilâncias a lua do perpétuo.
O
verbo se torna carne na continuidade do tempo que vai se perdendo ao longo dos
existeres ideológicos e quiméricos da razão e intelecto, a ética da beleza do
espírito engolfada nas docas oceânicas, marítimas das morais retró-gradas do
divino que con-templa sob as cores do arco-íris a belle époque da
in-trans-itiva con-jugação do particípio que estende a mão ao in-fin-itivo para
atravessar o abismo sito à margem do rio de águas trans-lúcidas e à soleira do
deserto de areias frígidas, pers-crutando no imaginário do movimento do espaço
que roda sem pressa o nada-vazio-efêmero , e que nas linhas do inter-dito, aos
raios numinosos de sols das esperanças - sols-[tícios] das quimeras da
felicidade - o nada-vazio, vazio-nada são as miríades do efêmero nada em nome
do espírito de viver, conviver com o sonho do nada, concebendo nos interstícios
do sempre-jamais, nunca-eterno as condições simples e ingênuas de ser Vida na
presença do sempre-nada, do sempre-sublime, do sempre-eterno, jamais de vazios
que ultra-passam os limites do sem-metáfora, a-nunciação da vida à Luz da
morte, revelação da morte aquém da vida.
(**RIO
DE JANEIRO**, 07 DE JULHO DE 2017)
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