ANA JÚLIA MACHADO CRÍTICA LITERÁRIA ESCRITORA E POETISA ENSAIA O AFORISMO 819 /**BARÍTONO DO TEMPO E DOS VENTOS**/ - PROJECTO /**INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL**/ (Data de Publicação: 05 de junho de 2018) ***
No
aforismo de Manoel Ferreira neto, BARÍTONO DO TEMPO E DOS VENTOS, cujo
instrumento de sopro cujos sons são um pouco graves da idade e dos vendavais,
apraz-me verbalizar que a nossa literatura de hoje, é tão-somente intermediária
à sisudez das agitações que conduzem os valores e ética da sagacidade da
erudição que labuta isolada óbice às eras pela sofreguidão de existir, que
incute pelo vaticínio das beatitudes. O Escritor desfecha os retenhas da
imensidão que o transborda e expurga-o de lágrimas, e coloca o seu intelecto
aos entendimentos que o arremessam para longe e que representam a agitação das
atividades da existência à investigação da realidade que de suas profundidades
ausentam-se os deleites para onde dimanam os lances do jogo do solo da harmonia
essencial do pleno, desfecha o coração à sensação das comoções e sensibilidades
que são guias para calcar os eternos do deleite e auge, são extensões para a
quimera interdependente e condoída da eloquência querer de quimeras e ilusões.
***
Começo a
cogitar em tudo que li e início a peregrinar por entre quimeras e suposições
bombásticas e extraordinárias, dei por mim a chalacear-me de mim inerente, a
galhofar comigo e de mim. Assim se identifica a camelice humana, o auto -riso;
assim se assevera o intelecto humano, o auto- riso.
***
A agonia
constante por aquilo que é recente e hodierno somente patenteia a circunstância
de inanidade que o consumismo veloz do dia-a-dia reproduz nas nossas
existências. É um oco que se transfigura numa pobreza por executar, numa
agonia, numas voracidades de qualquer facto sem a qual a incompletude é um
julgamento ininterrupto. E para abalar de tamanha punição capital, ao paladar
de entoos de sirena com juras tão infrutíferas quão falsas e ingénuas,
perfilham os humanos hodiernos e novos essas resoluções repentinas que de tão
repentinas se convertem efémeras e obscuras. E de aquisição em aquisição, de
dispêndio em dispêndio se súplica na religião da modernidade resgatadora,
aquela que encontrando-se incessantemente ao volver do ângulo quando se
encontra se compreende que finalmente é incessantemente no ângulo imediato. São
raízes, bronco. São raízes. É assim a literatura e cultura de hoje, o fútil e o
sensacional são que interessam, o importante e de valor ficam num canto à poeira
até que venha um erudito e diga que aquilo é que é bom...mas sentem-se tão sós
e desolados que por vezes apetece-lhes desistir de observar tanta ignorância…É
como se, o cantor cujo timbre está entre o baixo e o tenor com alma do infinito
verbo de poesias repercute-se no revérbero da idade e dos tufões, do ser e da
era o fanático da Querença.
***
Sinceramente,
o texto do escritor é tão bom e complexo que nem mais que dizer…talvez esteja
igualmente com minhas ideias ocas…Mas, uma coisa tenho a certeza, como diz o
autor que quem possui a sabedoria é perene, nem o tempo é competente de
aniquilá-la.
Ana Júlia
Machado
(10 DE
JUNHO DE 2018)
***
Só há uma
coisa a ser dita, inestimável crítica literária e Amiga: #IMPRESSIONANTES"
a sua análise e interpretação.
Beijos
nossos!
***
#AFORISMO
819/
BARÍTONO
DO TEMPO E DOS VENTOS**
Graça
Fontis: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO
***
Sons,
silêncios, solidão. Ritmos, melodias, plen-itudes.
***
Retalhos
de ex-tases no tempo
De
in-finitas sublim-itudes,
In-audita
verve de infin-itivos e unos-versos,
Sentindo
todo equilíbrio e toda leveza,
Voando
como pássaro
Alongado
com linhas infindáveis.
***
Liberto
as palavras e a voz suave como violino, sensualidade de expressão, concisão
surpreendente, força e variação rítmica, riqueza notável de palavras vigorosas
e expressivas, simplificação da estrutura da frase, inventividade quase única
na linguagem das emoções flutuantes e do pressentimento...
***
Abro as
comportas do rio que me inunda e banha-me de águas, abro a mente aos
pensamentos que me projetam além e performam a dança dos movimentos da vida à
busca da verdade que de minhas entranhas partem as delícias para onde nascem os
volos da sinfonia vital do absoluto, abro o coração à sensibilidade das emoções
e sentimentos que são bússolas para trilhar os infinitos do prazer e clímax,
são dimensões para a visão solidária e compassiva do verbo amar de sonhos e
utopias.
***
Com
versos ad-jacentes às lumin-itudes do eterno, re-fletidos na imagem
paisagística que re-vela a face trans-lúdica do tempo, ritma-se a verdade em
conúbio de êxtases e prazeres os mais gloriosos com as utopias do absoluto,
melodia-se o uni-versal das erudições em instantes de glória e celebridade os
mais divinos e plenos,
acordam-se
as iríasis do vento que sopra de leste
a neblina
que cobre o horizonte e os picos longínquos, musicaliza-se o silêncio da lírica
que epigrafa as dimensões da alma com a linguística e semântica dos volos da
esperança, mas se con-vexa a travessia do verbo ao ser,
pois o
som estrídulo do in-finito não verbaliza
a
plen-itude do espírito,
são
versos de sons e não de luzes,
antes dos
sons as luzes se plen-ificaram
no
barítono do tempo,
sons dos
versos plen-ificam-se no inter-dito
das luzes
do ser a incidirem no in-fin-itivo
dos
caminhos do campo e cócitos
da
terceira margem do rio de águas
sem
destino, sem sagas,
do lado
das montanhas, nuvens maciças avolumam-se,
ínfimos
pontos brancos movem-se no mar,
nova
ilusão nasceu,
nova
utopia foi concebida,
tudo
desnudo na areia, no vento...
***
Con-templar
o mar ondulante, re-fletindo raios de sol, resplandecendo cintilâncias das
estrelas, brilhos da lua.
Ouvir os
pintassilgos em voos apaixonados inspirar o perfume da orquídea branca
despetalando-se no alvorecer . Ouvir música serena, suave, bailar no in-finito
de paisagens oníricas...
***
Vai-e-vem
de estrela cadente ora cintila como diamante, ora esvaece no enigma do
in-audito. Música e melodia bem cadenciados enchem minh´alma de ex-tases
calando-se no junco brandas flautas de outono. No morro finda o vento do fim do
dia.
***
Na
floresta, há caminhos que, cerrados de vegetação, quase sempre se perdem de
chofre no in-trans-itado, lenhadores e guardas da floresta conhecem os
caminhos. A floresta é a fluência do verdor, estendendo-se de verde até
não-verde através de articulações inesperadas de sempre mais e sempre novas
cores. Na gênese, o verde se abisma em si mesmo e neste abismar-se gera um
coração que, desaparecendo no mistério do verdor, deixa aparecer todas as cores
da realidade.
***
Com
versos re-fletidos na superfície lisa do espelho do sublime, metrificados de
ex-tases das ilusões e fantasias do verbo do perpétuo edenizado de alegrias e
felicidade in-auditas, metaforiza-se a alma sedenta de clímax e gozo,
sin-estesia-se a memória ansiosa por trans-literalizar os éritos e éresis do
tempo em sêmens da beleza do belo, em sementes da erudição do uni-versal, em
húmus da espiritualidade do ser e dos ventos, semantiza-se os ipsis poiéticos
da liberdade de criar, artificiar, os litteris poéticos do talento de inspirar
a trans-cendência eivada e seivada de raios diáfanos do absoluto, literaliza-se
a vida na continuidade dos sonhos e esperanças que se faz continuamente de
desejos e vontades, mas se con-cava as entre-linhas e inter-ditos no silêncio
da imagem que não re-flete suas pers-pectivas, que não in-cide as pers das
pectivas no orvalho do uni-verso.
***
Com
espírito do in-fin-itivo verbo de versos re-flete-se no espelho do tempo e dos
ventos, do ser e do tempo a mística do Amor.
(05 DE
JUNHO DE 2018)
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 10 DE JUNHO DE 2020, 07:01 a.m.#
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