Sonia Gonçalves CRÍTICA LITERÁRIA ESCRITORA E POETISA COMENTA E INTERPRETA O AFORISMO 382 /**CARTA AO VULGO: PONTEIO DA PARTIDA# - PROJECTO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL# Data de Publicação: 15 de novembro de 2017)
Bem, Manu
dizer o que? Parece que a bruxa anda solta rsrsr Publiquei algo semelhante no
pensamento é claro, justamente dizendo isso, a literatura é aberta e grátis,
leia quem o quiser e dê a interpretação que quiser também... Mas não pense que
críticas sejam capaz de podar a literatura, demover alguém do seu estilo
pessoal e jeito de postar suas inspirações, porque não é! Quem assim o pensa
está desperdiçando seu latim e saliva porque não é.porque uma pessoa expressa
opinião desfavorável que vai conseguir fazer a gente mudar toda uma estrutura,
uma tendência literal. Ora veja se meus textos que nem são eruditos quais os
teus causam tais "achismos" imagine os teus, que são providos de um
vocabulário riquíssimo e diferente. Está no sangue enraizado. Não adianta lutar
contra Manu, não sabia era por isso estava afastado, contudo todo poeta,
médico, escritor ou pintor etc...têm certa dúvida em determinado momento. Eu
concordo contigo quase no total... Acho que sua literatura é difícil sim, mas
não impossível traduzir. Acho que depende muito da vontade, mas também da
disponibilidade de tempo para ler, pois é preciso concentração, seus textos são
os chamados textão e o valor do palavreado que faz uso é de infinda
inspiração.. Não devemos usar palavras apenas corriqueiras por ser popular e de
auto entendimento... Quem quer vender um poema? Um poema não se vende, se tece
com fios de seda e depois de rendado fica lá no varal balançando ás lufadas,
até que alguma boa fada lance a magia e espalhe esta poesia pelo mundo... Não
se prenda a isso. A Música clássica nem todos apreciam e ela é de fácil
entendimento, e valorizada justamente por ser para poucos...o problema é que
têm coisas que não é para todo mundo mesmo, e pronto... Cada um gosta porque
gosta, ouve ou lê porque quer, e pronto.Quanto aos comentários idem, não me
prendo também a isso, mesmo porque alguns nem escrevem nada, você sabe, mas são
carismáticos amigos e tal... Vamos deixar isso no passado e seguir adiante, que
atrás vem gente, comemoração do blog, natal, ano novo e por aí vai... Bjos pra
você, pra Graça, e para Ana Julia que meu face não quer marcar o nome, ele está
de birra comigo , parabéns pra Julinha que escreveu a linda crítica...Até
Manu...
Sonia
Gonçalves
***
#AFORISMO
382/
****
A morte
vence a vida, Soninha Son, Sonia Gonçalves, mas não vence a Arte. Não espero
nada do mundo hodierno quanto à minha obra. Hoje não tem qualquer sentido,
amanhã será mais que reconhecida. Se o escritor for dar atenção para o seu
tempo, ele não escreve única letra, para quê? O escritor tem de ir além de seu
tempo. Disso tenho consciência, a obra vai muito além de nosso tempo. O
não-reconhecimento hoje não vai me fazer declinar a pena, ao contrário, leva-me
a escrever muito mais. Há leitores que apreciam, estão sempre presentes nas
publicações, curtindo, e realmente leem, a eles a gratidão merecida,
incentivam-me a continuar a jornada crepúsculo a fora.
Beijos
nossos, querida!
CARTA AO
VULGO: PONTEIO DA PARTIDA#
GRAÇA
FONTIS: PINTURA
Manoel
Ferreira Neto: AFORISMO
***
Epígrafe:
"Vem,
vamos embora
Que
esperar não é saber
Quem sabe
faz a hora
Não
espera acontecer" (Geraldo Vandré)
***
Quem me
dera agora houvesse já partido para as terras do bem-virá e não compondo a nota
derradeira desta carta ao vulgo!!!
***
Amanhã
será outro dia...
Pontear
derradeiras letras inter-virtuais no ápode deste instante-limite, no calor do
ato criativo que perscruta noutras ad-jacências da con-tingência outros sons
que possam compor a lírica do que me fez cantador. Ponteei de vernáculos as
letras de sentimentos do sublime, por vezes sublimes e puros, por vezes obtusos
e ambíguos, esgotei-lhes a fonte, na tentativa agonizante de os meus
"ii" serem pingados de excelência, longe dos "ii", sem
mesmo a imaginação dos pingos, que são características deste vulgo presente, é
preciso partir para atingir, alcançar outras orlas do mar de aspirações, outras
sendas do vale, não planto em tempo que é de queimada, não semeio sementes em
lotes vagos, terrenos baldios, não componho sons no vácuo... Pontear ainda algumas
letras com os seus devidos acentos ortográficos, para serem bem pronunciadas,
emitindo-lhes a música do inter-dito, enquanto reúno as que foram ponteadas,
colocando-as na mala, noutras ad-jacências virão outros vernáculos, outros
sons, outras letras.
Amanhã
será outro dia...
Pontear
de baldios do absoluto, no frontispício da página de dimensões do vir-a-ser,
outras pers, retros de pectivas do silêncio que concebe o som místico do
in-audito que pre-nuncia, a-nuncia constelações que a-lumiam as soleiras de cavernas
e grutas, inspirando a sentir o que lhes habita o interior.
***
Amanhã
será outro dia...
De ponta
cabeça o efêmero sacia sua sede paráclita do destino que, de travessias em
travessias, inscreve nas tábuas de veredas do perene as á-gonias da liberdade,
sursis da alma-com as sinas badalando no domus de sinos das igrejas heréticas,
proscritas, templos demoníacos, marginais, que, de nonadas em nonadas, do verbo
de morrer a vida da morte, epitafia os mistérios místicos, míticos,
legendários, lendários das sendas do inolvidável lúdico e sensual sibilo da
efemeridade que suprassume a poética do espaço através e por inter-médio da
estesia das brás-cubianas memórias das páginas fenecidas de linhas e margens, o
aquém da trans-cendência nutrindo e alimentando o além-nada das nadificações do
ser, estratificações do não-ser, sub-stratos do verbo, in-stratos dos verbos à
luz pálida do crepúsculo de ocasos, o nada é miríade da vida, a miríade do nada
são os espectros-luz que são as palavras à sensibilidade do não-ser atrás dos
ossos que, destrinçados, mostrarão a carne do tempo, tempo do filet mignon que
só reconhece o gosto quem no paladar sonha sentir o prazer da vida.
***
Aleluia...
Tese...
Pontear
de estrofes da verdade, no atrás do convexo do espelho, a imagem do efêmero
sed-uzindo a carência da etern-itude com o veneno paradisíaco da árvore dos
prazeres as miríades do tempo de esperanças do volo eidos da vida plena de
éresis da leveza do ser.
Pontear
de versos da contingência de sartreanas náuseas, camuseanas do deserto
inaudito, gideanas concupiscências do imortal, belo da estética do sensível, os
sonhos oníricos da vigília, genesis dos três pilares ou das três estalactites
da gruta do verbo que pingam de água cristalina o inaudito da inspiração.
É preciso
partir para con-templar outras passagens do vento, outras paragens da caravana
para o porto solitário, outras paisagens com a presença do arco-íris, outros
panoramas do caminho que é também do caminhar, estar sempre à altura do poder
de transcender o vulgo, ir além do tempo sem chuva, sem vento, sem neblina, sem
neve, sem orvalho, tempo seco de tudo, de nada, sentar na praia do grande mar e
visualizar ao longe a gaivota sobrevoando as águas.
***
Aleluia...
Antítese...
Sons de
raízes dedilhados nas cordas frágeis dos sentimentos manifestos e latentes,
raízes de árvores frondosas, folhas tocadas de brilhos numinosos, no peito
sensações de leveza nos sonhos de amanhã, nas esperanças futurais, e vou
tocando as ovelhas de palavras, ovelhas-palavras, de letras, ovelhas-letras,
com o cajado das utopias de ritmos e melodias, linguísticas e semânticas, das
dialécticas de in-auditos e silêncios, coisas que não faço cá, coisas que não
componho cá, canto a vida porque sou forte e tenho razão, boêmio de volta ao
lar, cabisbaixo, trilhando os caminhos com passos comedidos, lentos, na
vagareza do tempo, pensamentos ao longe, sentindo na intimidade do íntimo os
recônditos das andanças de sonhos dentro de outros sonhos, dentro de outros
sonhos. sabendo nada saber de sabedorias, sempre o sentimento do longínquo
criar-se, conceber-se a presença da verdade do ec-sistir à luz de compor a
história, cítara e harpa em uníssono de notas e ressonâncias de ritmos re-compondo
de fantasias e ilusões a cor-agem e ousadia de pro-jectar a liberdade para
pulsar desejos e vontades do Verbo, nonadências de sensações e inspirações,
pontes partidas de intuições, mister a leveza do olhar os horizontes e
universos, íris e linces em con-sonância com o re-velar-se, en-velar-se,
des-velar-se da natureza, da perfecção da chuva, do vento, da maresia do mar,
em cujos interstícios do Ser e do Tempo residem os orvalhos e neblinas do
pleno.
***
Aleluia...
Síntese...
Os
primeiros raios de sol do alvorecer brilham atrás da nonada de espectros
fosforescentes, no horizonte distante a neblina esvaece-se, ponteio o lince do
olhar e vou fundo no abismo do universo buscar o som da cítara que ritma os
acordes de sentimentos inda a-nunciados nos interstícios da alma que, quiça à
revelia do nada, serpenteiam o vazio da inspiração, tomam a vida no cálice de
vinho da morte, serão a luz a bordar de miríades do sublime as notas do volo
desejo do perpétuo, a eternidade além da consumação dos tempos.
***
Amanhã
será outro dia...
É preciso
partir...
É preciso
o adeus acenar...
Amanhã
será outro dia...
É preciso
partir...
É preciso
cortar caminho...
***
Amanhã
será outro dia...
Esta
carta o vento saberá entregar aos destinatários...
(15 DE
NOVEMBRO DE 2017)
***
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 11 DE JUNHO DE 2020, 11:00 a.m.#
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