#AZ-VIANDO" CAMINHOS - IV PARTE# GRAÇA FONTIS: POEMA CRÍTICO
***
X
Xistos
laminados, vertiginosos e incertos
Projetam
pálido foco, demarcam
Subjacenteiam
a aridez desta superfície
E a
lógica insubmissa na sombra das perquirições
A quantas
reminiscências, criatividades às concepções
Porfiam
os ecos na solidão
Com ares
de imediata remissão
Sem
constrição, do espesso às sutilezas
Cresce-se,
cria e o irrevelável se revela
N'uma
canção silenciosa
Certificadora
da luz-da-vida
A uns/outros
escondidos no próprio labirinto
...
ouçam!
Assim,
aquando abstraciono-me
De acesse
à "Alegria bethoviana"
E esta
imaginação não se detém
Rompe as
limitações da descrença
Unifica-se
em concílio as ações
Espontâneas
e normatizantes
Dos meus
êxtases ilimitados
Motivadores
desta singularidade em florescimento
Como
tonificantes ao incomum, nada banal
Nessa
escalada de íngreme caminho
Cujo
pisar fundo de brio
Com certo
brilho no olhar
O
vencedor!
Chegando
ao largo patamar
De ampla
visão do castelo sorridente a me esperar.
Descer...
pior que subir!
Falseio
nas questões intrínsecas, subjetivadas
Escorrego
e agarro-me ao próprio susto
Mas... a
morte só ocorre
A quem
está vivo!
E a
"Águia", essa, nunca despenca do abismo!
***
Y
Yang's...
habitat mais provável de meus devaneios
Por onde
meu coração pulsa, cursa
Alongam
meus sentimentos
Irrestritos
aquém e além
Das
presentes curvas sinuosas
Que somem
na noite
Enquanto
cabeceio o sono
E
afugento lembranças além da muralha, fictícia?
Por onde
visiono o vale
O outro
que lá existiu!
Pois que
não se pode viajar
A outros
por-vires de outras primaveras
Sem que
sentado na grande muralha do tempo
Ao longe
os olhos se ergam.
Para só
então, oxalá possa conhecer
Outro
mundo na frequência do meio-dia
E muitas
outras ideias aplaude
Às
vésperas de tão poucas ideias
Enquanto
minh'alma cura no varal da existência
E a arte
me balbucie seus segredos!
***
Z
Zéfiros
sibilantes revestem,
debruçam
Sobre a
instantaneidade das nuvens ameaçantes,
Por cima
do sertão,
Do mar às
coxilhas desérticas.
Vindos da
graçalidade etérea
Para que
esta visão não sofra de embaçamentos
A hora de
interpretar as flores, que florescidas
Na mesma
gravidade simples desse mundo
Sorriem
Ante o vagar
deste olhar
Como se
de tudo, nada visse
Atrás dos
homens porquanto mordo os lábios
Sofrido,
mas, mais decisivo em meus fortes gestos
Perceptíveis
a primeira estrela da manhã
Pulverizadora
de dúvidas, arrependimentos
E as
lembranças d'um futuro inda pequeno e o silêncio de engasgar
As
palavras esmagadoras da minha grande solidão.
Instante
do ontem, foi!
Com seu
beijo tácito de muitas bocas
Imperativo
a pungir o medo de ser
Que o
tempo de vazios abonou.
Distanciei-me
desse algoz
E do
algoz de mim mesmo
Estou
distante
Pelo que
mais pesa em mim
Que minha
linguagem incompreendida
Aquando
lavro meu papelar nas orlas
Por onde
anônimos passam, passam
Voltam e
as palavras não vêem.
Tão pouco
meu recomeço
Emerger-se
Do
subterrâneo às alegrias
Sinalizado
pela tarde de azul crepuscular
Distintas
de tudo por onde caminha o silêncio
Encontro
o caminho aberto
Às falas
para esse neblinado horizonte
Alinhadas
as árvores e aos homens
De
enigmas e sentimentos.
Como um
extrativista deste ilhéu de anonimato
E meus
passos inalterados
Vagam
pelas areias com meu distinto sorriso...
Palavras...
assim extraio-as!
Graça
Fontis
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 06 DE JUNHO DE 2020, 04:49 a.m.#
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