#CÉU POVOADO DE CAULES E TALOS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: PROSA ***
À mercê
das dúvidas ou, talvez, das quimeras da verdade cujas características
primordiais, se vistas por intermédio das lentes de pincenez, seriam
diametralmente adversas aos princípios da investigação e avaliação do ser,
não-ser, aparência, o que re-velaria hipocrisias de naipes os mais escusos, o
precipício por onde dirigia os passos, o resultado insofismável sendo queda,
quiçá para sempre caindo, se é mesmo real não haver fim, fundo no abismo...
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Refaço os
prismas de pensar o pensamento que pensa o porvir, intenciono ou almejo, não
sabendo ora distinguir o que melhor define e conceitua os desejos e utopias dos
sons da eternidade que se apresentam nas regências do vivido, do tempo, o que
distinguir como bússola, intencionando o auto-retrato da busca e do que
patentear o sentimento de haver posto a liberdade em questão, o nada e o vazio
arrancando das contingências da vida e do existir, a partir da criação e
criatividade do próprio destino, se a continuidade da observação da verdade dos
sentimentos que se fazem ao longo do quotidiano...
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Sendo do
lado de cá ou lado de lá, haja o descortinar da ignorância para que
visualizemos novos horizontes sob as lentes da sensibilidade na descoberta de
outras belezas inda que pudicas e ocultas na desesperança residente no futuro e
nas subjetividades a imperarem as esperanças solenes e discretas acomodadas em
desuso num canto qualquer do cérebro povoado de caules e talos umedecidos pelo
beijo do pólen genealógico na árvore patenteada pelas perdizes à hora de
recriarem-se na casa da interalidade cujo exílio torna-se céu esferoidizado
expondo o álbum e suas velhas fotografias estampadas nas margens excursionistas
da existência como testificação ou... simplesmente sugerir o inexplicável e sem
sentido, apenas, tamborins quadrangulares nas dançantes diferentes de raças e
ideologias na foliação dissociativa das dúvidas e incompreensões a
perdurarem-se nas constâncias dos paradoxos humanos ao caírem na realidade
abstrata que movimenta o mundo presentificando uma clarividência por vezes
intolerável a aceitação ou não, segundo o grau inteligível de cada um dentre os
fundamentos, temores e enigmas.
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 09 DE JUNHO DE 2020, 09:57 a.m.#
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