RESPOSTA AO POEMA CRÍTICO LITERÁRIO, POÉTICO, FILOSÓFICO #AZ-VIANDO CAMINHOS#, DE Graça Fontis
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#Azviar#,
no sentido de levar a efeito os caminhos poéticos, literários e filosóficos da obra
e do escritor por inteiros, visto a obra haver sido composta através do
Abedecedário, adentrando em todas as dimensões da Arte das Palavras, da
sensibilidade, racionalidade, intelectualidade, intuição, percepção, intenções,
é tarefa árdua, tarefa que exige reflexão profusa, adentrar no íntimo
sensível/espiritual à busca de revelar-lhes o Eidos.
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Aos 18 de
fevereiro de 2020, publiquei a obra poética ABECEDÁRIO METAFÍSICO DO VAZIO E DO
NADA com que Graça Fontis sentiu-se eminentemente envolvida, era a sua
oportunidade de identificar o conhecimento do homem e da obra, consubstanciar
os seus valores e virtudes críticas. Sarrasbiscara algumas linhas de sua
análise e interpretação críticas. Não havia percebido inda que o poema fora
construído em termos de Acróstico com o Abedecedário. Aí começou a sua jornada
de tecer os caminhos do escritor e do homem, através das letras, do
"abcd..." Três meses e meio de luta em todos os sentidos de uma
crítica literária, tarefa árdua por revelar a si como crítica literária.
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A sua
crítica está pronta, mas inda sendo digitada, que eu preferi dividir em quatro
partes, como ela própria diz "Tem muitas coisas inda a serem
buriladas". Graça Fontis sempre teve uma paixão inominável e indescritível
pelas críticas, comentários, ensaios de nossa amiga e companheira das Artes Ana
Júlia Machado, dizendo que com ela aprendia a Arte da crítica e da poesia,
literatura, a sua mestra.
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Discípula
digna de reconhecimento, aprendeu e está aprendendo efetivamente os caminhos da
crítica. Os caminhos da crítica são árduos, requerem investigação, reflexão,
pesquisa, além das dimensões racionais, intelectuais, sensíveis. Re-colher o
interdito na obra, mostrar as suas origens de criação, as ideias que nelas
residem, o pensamento do autor. E Graças Fontis cumpriu a tarefa crítica a que
se propôs com excelência e engenhosidade. É na "linguagem sentida"
que ela se fundamenta para tecer a crítica, sente-me na linguagem e intenciona
aí o tecimento de toda a estrutura da obra e do homem. Deseja a todo custo
identificar o "homem por inteiro", não só na escrita, mas no
quotidiano das coisas e do mundo.
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Numa
obra, seja em que dimensões, literárias, poéticas, filosóficas..., há sempre
uma frase, um pensamento, uma idéia que revela e sintetiza, a chave da
interpretação. E aqui identifico os versos que são o eidos da crítica, análise
e interpretação:
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"Eu
sou Eu
Brincando
com o que n'alma arde
Salvo das
inúmeras interrogações
Silencio-me
na verdade da linguagem sentida
Que
minhas paredes internas entendem."
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Ainda
neste ângulo, após esta instância de mostragem da origem de sua crítica, na
minha linguagem que ela sente presente e profunda, estabelece a sua jornada,
torna-se complexo o fechamento crítico. Mas o último verso encerra com chave de
ouro; "Palavras... Assim extraio-as", isto é, todo o poema crítico é
FUNDADO com este verso, a obra inteira se encaixa nele. A intenção fundamental
era sentir o homem/escritor, a síntese de ambos, sentiu tanto que extraiu as
palavras em versos e estrofes que o homem expressa sobre si mesmo em todas as
perspectivas da vida e do mundo, também assim ela extraiu as palavras de seus
sentimentos do homem e do escritor.
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Assim que
terminou de ler a LETRA Z, com este verso, disse-lhe: "Toda a obra está
reunida neste verso. É a sua "linguagem sentida" da obra e do
homem." E caí eu na gargalhada, aquando responde: "Estou me sentindo
vazia..." Respondi-lhe: "Após a feitura de uma obra que requer tempo
longo, quando é terminada o autor se sente mesmo vazio. Aconteceu comigo de
1981 a 1984, escrevendo o romance O VAZIO. Terminando, fiquei sem saber o que
faria. Nunca se esquece estas experiências."
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Primeiro
grande trabalho crítico de Graça Fontis, trabalho que merece todos os
reconhecimentos, glórias e tributos. Determinou-se a elaborar em versos e
estrofes a sua crítica, análise e interpretação da obra e do homem, conseguiu
realizar com eficiência. Determinar-se é uma coisa, realizar o objetivo é outro
bem diferente, só o autor da obra pode dizer se o objetivo fora mesmo
patenteado. Determinação e realização comungados, aderidos, sintetizados. SOU
EU como homem e escritor na sua crítica, que, aliás, conceituo e defino como
uma TESE. Jamais imaginei que iria algum dia ler uma tese poética de alguém
sobre obra de minha autoria, quanto mais a esposa fazê-lo. Já li tantas
críticas, comentários de Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves e mesmo de Graça
Fontis, centenas delas. Sinto-me eminentemente feliz, felicidade que não sei em
palavras expressar, e ao mesmo tempo orgulhoso dela, começou ela a escrever
comigo, incentivei-a, reconheci seus talentos e dons, aprendeu e está
aprendendo as lições com argúcia. E para ilustrar, criou uma Pintura inédita, a
que não poderia furtar-se: assim, a pintora, a escritora, poetisa a crítica
literária unem-se.
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A tese
poética funda-se e fundamenta-se na descrição do tecimento do "Eu"
poético, literário, filosófico, diante das contingências da existência,
problemas, dores e sofrimentos e o sonho do Ser e da Espiritualidade. Com
efeito, traçando com engenhosidade e sensibilidade as sinuosidades das
circunstâncias e situações existenciais, a "verdade da linguagem
sentida". Com efeito, Graça Fontis nesta tese poética atinge a colina do
Conhecimento da Obra e do Homem, unindo-se à Crítica Literária/Filosófica/Poética
de Ana Júlia Machado. Ambas mostram com percuciência o Eidos de minha Obra.
Críticas realmente OFICIAIS.
Manoel
Ferreira Neto
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 06 DE JUNHO DE 2020, 06:11 a.m.#
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