#PUXANDO AS FARINHAS DOS SARCASMOS PARA O SACO DA FILOSOFIA# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto/GRAÇA FONTIS: SÁTIRA METAFÍSICA ***
Epígrafe:
"Puxar
as farinhas para o próprio saco"
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Sentimentos
de silêncio e solidão em erupção, chamas fervorosas sinto e o fogo que crepita
as linhas na fogueira dos sonhos e utopias são em mim extasiantes...mitolofania
de verbos do sonho puxando as farinhas dos sarcasmos para o saco das
filosofias.
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Houvesse
íntima possibilidade alçaria vôos, rasantes ou profundos o que isto importa, e
nada que seja engenhoso, perspicaz para amenizá-los, talvez fosse simples não
houvesse in-versado a razão... cri piamente no verso verdadeiro de desejos
íntimos, aqueles mergulhados nas profundezas almáticas, havia de começar no
in-verso, colocaria a razão no seu merecido lugar, para escanteio e às revezes,
se disser me não é sabido com que propósito fi-lo, seria despautério,
exaustei-me das estradas sem curvas, sinuosas de valores não diziam quaisquer
respeitos, a razão é a loucura e desvario da sensibilidade, dos instintos
sensíveis, haveria de criar possibilidade de sentir nos recônditos da alma os
sentimentos de silêncio e solidão, ouvi-los em mim por inteiro, qualquer preço
é tiquinho, merreca para a liberdade do nada e vazio, aventura das mais
perspicazes, o que haveria de ser, estaria consciente as labutas seriam
inestimáveis...
***
E agora
outras são as coisas, reconheço e endosso as alamedas de pedras em que pisei, e
nalgumas circunstâncias trilhei becos de poeira, no Vila de Lourdes, asfalto da
Paulista, da Rio Branco, amaria de paixão fosse-me dada condição de expressar
os sentimentos de silêncio, não me refiro fazê-lo em nível de palavras, há
mistérios e enigmas que são manifestados noutras dimensões, por vez de uma
realidade poética sem dimensões postergadas de pretéritos e presenças...
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E, neste
instante bem instalado na poltrona do escritório, pés sobre a mesa, degustando
o trago da fumaça do cigarro, quero esta expressão, confesso estar com aquele
sorriso de deboche e sarcástico sentido por mim no rosto de palhaço de circo,
com que me senti além de todos os êxtases encantado e envenenado para outros
momentos da existência, pois é ingenuidade, inocência querer a pureza destes
sentimentos, a pureza é fantasia, existe sim no imaginário unicamente...
***
Creio,
contudo, a erupção se me re-vela deles ser por haver perpassado em mim modo de
isto realizar, são aquelas chamas que crepitam as lenhas das vontades inauditas
e levam aos auspícios, são a-nunciações, mister deixá-las livres, o tempo
mostrará estilos e linguagens sensíveis desta expressão...
***
Careço de
longos anos de existência para isto patentear, os que sinto existirei neste
mundo são mui poucos, mas de antemão às revezes o espírito da vida na alma dos
instintos sabia qualquer obra acaba por ficar sem terminar...
***
Isolamento,
desolação, libertação...
***
As
algemas e correntes foram largadas à revelia, se inda estão presentes é questão
delas, de como elas veem a prisão das mãos vazias, aliás não foram
discriminadas, há de serem perspectivas de visão de calmaria das águas
oceânicas à distância, longe a neblina cobrindo as montanhas, sensações
indescritíveis...
***&
Indago-me
após estes minutos em que me escrachei na poltrona e senti chamas de fogos
incendiando-me as entranhas, depois duas mil faiscas vem duas mil e uma, pus-me
a pensar nos sentimentos de solidão e silêncio, desejava imenso senti-los nos
interstícios, pensá-los unicamente estilo de passatempo, deixar-lhes
deslizarem-se livremente, com o coração saber os êxtases e utopias
perpassam-lhe, pulsando-lhe a outridade das ilusões e esperanças do lúdico
sentir em suas bordas, se me fora concedido e consentido haver nos tempos
subjuntivos da psique à-toa conduzindo a memória das circunstâncias e situações
a esmo das dores e sofrimentos, encantando os imperativos das ilusões e utopias
da consciência em que deposito confiança inestimável, a que fundamenta os
ideais estéticos e éticos de existir a liberdade do nada e vazio...
***
Milagre
da magia de re-verberar as raízes, prefixos, sufixos, temas, reticências que
de-monstram, não poderia afirmar com categoria se revelam, manifestam a
suspensão das carências residem-me na inconsciência, verbo “Haver” a deslizar
nas marolas do tempo e das exegéticas aspirações do sublime, efêmeras sensações
feitas gotículas a saciarem as sedes das vertentes do póstero e póstumo das
dimensões contingenciais, há sentimentos de silêncio e solidão mais abismáticos
que o de uma imagem que reflete a solidão e silêncio das águas vivas que
deslizam no mar dos desejos e mitolofania, mitofania de verbos do sonho.
***
Mas,
quanto inda haverá deste conteúdo dinâmico ocultador dos ousados juízos
intuitivos nestas veias levianas dicotomicamente vindos à tona fora da hora
marcada determinante no estancamento da vida como tributos imputadores ao meu
supra pessoal lado escuro ao espalharem-se ao acaso, rupturas no meu
livre-arbítrio colhedor de meus íntimos mais salutares plantados na soberba
inteligível de dias para dias plenos de reconhecimentos, contudo
irreconhecíveis aos rastejantes manipuladores zumbilóides adentrados na selva
petrificada das intencionalidades vistados como as coisas maléficas do lado
mitológico mais negro, apáticos às impressões reais dos vestígios das
exigências extremadas deste veemente espectador exigente quanto suas
elucubrações fundamentais às veracidades aparentes que de por trás das cortinas
a hipocrisia atua?
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 23 DE JUNHO DE 2020, 09:44 a.m.#
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