#GAUCHE NO TEMPO - IDÉIA METAFÍSICA DO SER** GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA ***
Cinzas do
tempo eterno sarapalhadas no solo, nas pre-fundezas do inconsciente, nos
abismos gauches da terra, nas droites cavernas do mundo. Tu e vós quem dera vos
fostes oferecida e doada aquela tirada de inteligência de saber sarapalhar as
vossas cinzas no solo íngreme, seco! Vós sabeis o que estas cinzas em verdade
exalam e borrifam na face da existência e do mundo? Quem vos dera
com-preenderdes com argúcia e susceptibilidade o que significam as cinzas
sarapalhadas, quem vos tornais acaso isto vos fostes possível de patentear...
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Re-nascimento.
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Pós do
Ser espalhados no espaço, nos re-cônditos do subconsciente do mundo, mundo-cão,
mundo-serpente, mundo-lobo. Outrora de pretéritos perenes, con-solidando de
semântica dos ideais de perfeição, utopia da sabedoria universal, essência da
plen-itude, circunscrevendo de utopias idéias e pensamentos, prescrevendo de
imaginações férteis amores e paixões, ódios e deslumbramentos, cujas
linguísticas con-ting-entes eram do silêncio a indiferença com as náuseas, os
vômitos, as bílis, a negligência com as ipseidades, facticidades, a solidão do
solipsismo, silêncio das prospecções, endossando de significantes apocalípticos
dos sonhos de imortalidade, ideais do esquecimento, eidética da sublim-itude,
pers-crevendo de epígrafes versáteis e versejantes, epístolas e epítáfios
verdejantes, a grama viçosa que lhes nasce ao redor, deuterônimos e epitetos
flamejantes, cujas metáforas do além e cafuas eram da solidão a katharsis do
efêmero em cujo berço das volúpias voláteis dormia o sono da inconsciência
desejando o manifesto dos mistérios nos cofres dos séculos guardados, ode aos
enigmas nas albardas das décadas vangloriadas de farsas e trafulhas, dos
in-auditos nas gavetas das criptas acumulados de manque-d´êtres e preguiças,
nas pandoras do desconhecido, nas cavernas das serpentes alucinadas e
psicodélicas, aguardando o instante de libertação.
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A
sabedoria não é acúmulo de conhecimentos. Dizer não ao prisioneiro de si, às
insuficiências, à fragilidade limitadora e aos múltiplos perfis exteriores
circulantes ilimitados da desfaçatez nebulosa...", eis o preâmbulo da
práxis do saber patenteando o existir. A vida circunvagando, pervagando no
tempo, nas trevas e crepúsculo do nada que renunciava, rejeitava prepotente e
orgulhoso ser o mov-ente para a jornada ilimitada à busca da verdade do verbo
"ec-sistir", sistere do vazio no ínterim do amor e ódio, ingenuidade
e contradição, dialécticas e contravenções, ao verbo e carne do substantivo e
ossos, das figuras de linguagem e estilo e o pó remanescente da matéria
corpórea do estar-no-mundo, equilibrando-se no trapézio das glórias e
fracassos, da plena saúde corpórea e a doença da alma culpada de seus pecados
fundamentais e capitais, das moléstias da razão e bom senso, arrependida e ressentida
com os mefistofélicos absurdos.
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Elemento
tempo cancelado, deixando um sentido hegeliano da realidade. E não é que o
espírito exala a idéia do perpétuo!...
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 07 DE JUNHO DE 2020, 18:10 A.M.#
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