Ana Júlia Machado ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O TEXTO /*PERCALÇOS*/ (Data de Publicação: 15 de abril de 2015) ***
Tédios na
vida quem não os tem? Mas para um enorme escritor esses são uma
angústia…..Sempre em indagação do motivo das nonadas da vida…o valor da
eloquência no ser e nas palavras
Mas é com
vocábulos, que eternamente induzirá metamorfosear a interpretação de Universo,
e instalará a todos a autêntica significação de querença, não obstante, sim
bem-querer seres, e mais seres para poder findar com essa erradamente questão
que ainda subsiste
***
Simplicidade,
a energia da ilustre preclaridade
Alguns
não afiança nela mas ela
É o
mistério de você triunfar na existência
Ela não
logra ser superada por qualquer outra mesmice, pois
Ela é o
maior espólio de todos.
Não goze
temor,
Crê que é
um vencedor,
Adentro
do seu coração tem algo,
Que nem
mesmo você sabe, nele
Você possui
crença e conseguirá tudo, ou quase tudo,
Porque o
tudo é impossível
O temor,
que subsiste no Universo extrínseco não o consegue
Afetar,
pois o desígnio de todos
Está
delineado nem que não desejem anuir
Mas o uno
que o alcança cambiar é você
***
Um dia a
gente instruí que habitar
Não é
continuamente permanecer de mãos facultadas com a felícia.
Possuir
continuamente um rir no semblante,
Não é ser
o ser mais alegre do Universo, mas sim o mais vigoroso.
Altercar
com o tempo porque não interrompe de pluviosar é insciência,
Porque a
pluviosidade é uma dádiva da natureza
Logo como
os dias com sol.
O
arrefecido transpõe, o fervor surge.
O mundo é
irrepreensível,
Só é
defeituoso para aqueles que credenciam no domínio.
Possuir o
realeza não é objeto de ser dominador, mas sim poltrão,
Por só
poder ser escutado e não compreendido.
Usufruir
autoridade para ter a primeira e a derradeira sentença
Sem
previamente escutar julgamentos e enaltecimentos é uma complementa insciência.
Um dia,
Após
muitos anos,
Você acha
a razão,
E entende
que instantes de alegria foram gastos,
Por um
intelecto que afiançava uma incerta justeza.
Um dia
você descobre que a inteligência
Cotovelou
seus pressentimentos e extraiu sua causa,
Submergiu
suas emoções num imensidão designada quimera.
Um dia a
tormenta transpõe,
E você
capacita que tudo na existência tem sua importância.
Mesmo
todos os percalços que se cruzam connosco,
Mesmo que
aparentem ser nonadas
Mas que
possuem um fundamento
E melhor
do que ninguém descobre que o apreço da felícia é erudição do que é viver,
Quimeras
e anseios de um ser...
Quando
malogrados são rosas dilaceradas, corações desagregados, sensibilidades
ignotas...
Quando
bem-sucedidos são corações encarcerados pelo amor, são rebentos de rosas
oriundos do resplendor, são emoções bem admitidas...
E por
mais que não alcance uma favorável novidade diariamente, há razões de excedente
para existir rindo.
Enormes
instantes estão em localizações incomuns em locais inabituais e instantes
incompreensíveis.
Os
percalços existem…quando fragilizados temos dificuldade em os encarar, quando
fortes superamos…É a vida…por vezes rosas outras espinhos…..
Ana Júlia
Machado
***
Nada, no mundo
terreno, é a Verdade que não a transcendência do Ser.
Não há
tempo cronológico... Somente o Tempo, senhor que rege o Ser, no Tudo e no Nada;
no Etéreo, na plenitude da solidão... no vazio das idéias e utopias.
***
Excelentíssima
escritora e amiga, Ana Júlia Machado, “realidade” do homem-escritor que sou no
agora está nessa transição catártica ao Infinito. O Tudo está no Nada do vazio
transcendental.
***
E, desse
voo, resulta o autoconhecimento: retorno ao mundo, agora, despido das falsas
verdades , falsos valores morais, éticos, religiosos, etc, elaborados à
escravização do homem pelo homem...
***
Enfim, o
texto poético revela uma perspectiva do fluir inexorável do tempo e do Eu,
desencantado e recolhido em si mesmo: o sujeito decadente e em crise diante do
Tempo.
Elabora o
tecer poético, valendo-se de elementos simbolistas, fragmentando-o, o imagismo
e o interseccionismo, beirando ao surrealismo de Paul Verlaine e Camilo
Pessanha.
***
O excerto
re-colhido e a-colhido para re-presentar é de sua obra INCULTURA:
"Necessitamos exibir a nós próprios que nós queremos em primeiro lugar,
que a existência nos instruiu deveras, inclusivamente que não se disserta a
incultura, que somente podemos ser e legar o que deveras possuímos no nosso
interior...", fundamenta com excelência os "Percalços", "O
sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da
trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a
angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições, os percalços aí residem
e habitam. A partir do sibilo do tempo, o embrenhar-me numa viagem metafísica,
buscar e transpor o uni-verso do infinito.
***
Eis hoje,
após três anos de escritura desta crítica, a res-posta que fui adquirindo ao
longo da jornada, as experiências e vivências.
Manoel
Ferreira Neto
(06 de
junho de 2018)
***
**PERCALÇOS**
Percalços...
Nonadas. Travessias. Vazio. Nada. Horizonte. Uni-verso. Abismos de pretéritos.
Montanhas de vir-a-ser. Subjuntivas pontes partidas.
***
Sinto-me
hoje cansado como se houvesse andado léguas e léguas. Tive de parar algumas
vezes na rua para o devido descanso, poder seguir o itinerário até o meu
destino. Isto sem dizer que o suor escorria no rosto. Quando a cabeça não
pensa, o corpo padece.
***
Percalços...
Infinito. Além. Aquém. Confins, arribas. Distância. Gerúndio de floresta
silvestre. Flores que exalam perfume. Letras apagadas, ciências ocultas.
Palavras omissas, esperanças olvidadas. Interdita serpente do sentido, veneno
morrisca a alma dos sonhos re-vestidos pensâncias, versemorre a essência da
vida, então o paradisíaco do vernáculo erudito dos desejos efemerizados flanam
no éter dissolvido na liberdade do tempo, o celestial da perfeição clássica
garatuja sonos linguísticos antes de quaisquer notas musicais, só imaginando a
vida viva antes da vida que é continuidade no tempo, que é sublimidade a
preceder a origem da esperança do ser, origem que nasce na liturgia do nada
seduzindo o efêmero, ludi-versejando o imperativo do absoluto com as re-versas
luzes fosforescentes do des-vazio sudarizado de nadas-etéreos, mas a verdade do
amor pleni-versifica a luz do verbo que se encarna eidos da poesia do
além-espírito, águia que abre as asas frente ao inolvidável das fantasias da
perfeição e voa o voado dos instantes nas linhas inscriptas de horizontes de
outras nuanças e perspectivas do inaudito.
***
Aforismo
as idéias conciliadas às éresis da esperança do estilo e esplendorosas idéias.
O sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da
trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a
angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições.
Manoel
Ferreira.
(15 DE
ABRIL DE 2015)
***
#RIO DE
JANEIRO(RJ), 08 DE JUNHO DE 2020, 10:25 a.m.#
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