TÊNUE SENSIBILIDADE GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ****



Desde contrárias línguas de visão
Reversas às amplitudes do saber
Inversas às melodias da sabedoria
Adversas aos conhecimentos
Tragicomedio sumas instâncias
De perjúrios consumando lágrimas
A priori de perquirições tristes
Ao invés de mediar, deveria dizer
Meço o meio das tragédias
De disciplina, educação, postura,
Incluindo as condutas intermediárias,
Em que, de graça,
De gaiato, melhor esclarecendo,
Envolvi-me, vi-me com as mãos enfiadas
Na cumbuca
Trar-me-ia agruras sempiternas
Coscuvilhando sombras refletidas
No tempo,
Profusas introspecções do
Destino artificiado,
Desde os pavios aos fios presentes
Nas cositas quotidianas,
Sem véu nem léu,
Afundando na lama de
Todas as coisas perdidas...
Tempo de assinar papiros manuscritos
Com tênue sensibilidade,
Páginas sarrabiscadas às penas
De quimeras, idílios
A abrirem venezianas.
Se penso em não investigar
O que as falácias tagarelam e algazarram,
Alfim, assinar é endossar sob
Quaisquer preâmbulos e ângulos de visão,
O vazio, num átimo de segundo,
Come a si, degusta, desperta
O sabor de que quaisquer outra visão
O futuro mostrará,
Mas nada mais há a acolher do múltiplo,
Hiatos de linguagem, estilo,
Sem quaisquer noções de sentidos,
Se nada compreendo, entendo,
Pensamentos, idéias
De início, semente a ser semeada,
Regada com esmero...
Rio de Janeiro(RJ), 09 de maio de 2021, 09:03 a.m.

 

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