#STF SONORAS TRAVESSIAS FACULTATIVAS# GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: POEMA ***


#STF SONORAS TRAVESSIAS FACULTATIVAS#

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: POEMA

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Filósofo não pode escutar, ouvir sem risos,

Sem aquele olhar cínico de esguelha,

Comunicando a panda palhaçada das leis,

Sem viva alegria, sem interiores aprovações

A história de homens insolentes, destemidos, valentes,

Toda espécie de servidão, capachismos

E rumaram para o deserto, lugares desérticos,

Mesmo que aceitem ser eles "asnos", "burros" fortes

Justamente o oposto de almas resistentes,

O filósofo sorri a este optimum das condições

Às espiritualidades mais elevadas,

Sublimes, audazes...

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Sonoras as querenças a facultarem utopias

Que tracem vias de acesso aos princípios

De outras realidades contingenciais da veras,

A continuidade do tempo ornamenta visões interditas,

Nelas sêmens de preâmbulos, indícios,

Recolhê-las, acolhê-las, investigá-las, refleti-las

Sob prismas de volos, desejos

De arrabiscar do ser as futuras luzes

Que alumiem e libertem as algemas,

Cânones, dogmas, preceitos desleais,

Pontuados e virgulados de falsas promessas,

Cretinas verbiagens

A inscreverem nas tábuas e pergaminhos

Cláusulas e leis que obscurecem os recônditos

Da alma, cegando-a,

Do acaso cego, os ludíbrios,

Do ocaso sem visão, as trafulhas políticas,

A nenhuma vontade a vontade do nada antes...

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Quase divinos sarcasmos, ironias, cinismos

A forma com que pensam conservadores, políticos,

Eruditos identificam os efeitos

De seus pensamentos, idéias do mundo e dos ecos,

Sentem-se com razões delineadas, artificiadas

Orgulhosos, senhores probos dos princípios

Com todo tipo de amenidades embrulhadas em provérbios,

Os qüiproquós vem selados nas máximas do poder,

Tesouro do que há de nobre, facécias, falácias

De toda índole, estirpe, os deuses súperos,

Pronunciam o sopro das lendas,

Incorporado à alma dos mitos e mentiras,

Tal como as coisas que no erro quedam em velhos

Odores nos porões de sociedades fétidas...

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Sinistros precipícios

Artifícios de pensares, sentires obscuros, sombrios

Nada há que desperte almas emsimesmadas

De medos, carências, dúvidas, inseguranças

Ausência de esperanças, sonhos;

Sentidos viçosos das utopias perenes

Floram nas labaredas faiscantes

De consciências livres, impertinentes,

Sonoras as querenças livres de correntes...

Rio de Janeiro(RJ), 20 de maio de 2021, 01:53 a.m.

 

 

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