Sonia Gonçalves ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA RESPONDE À HOMENAGEM PELO DIA DAS MÃES Colhido nas Vias Sinuosas do Tempo ****



Manú, realmente LINDOOO! Fico embevecida com o teu poetizar, você faz isso fabulosamente, fabulosa-mente... tua mente é um espanto, adorei demais essa homenagem matriarca, complementando suas Regências pátrias do eu eterizadas. Completamente mães são imortais, mas me refiro às mães com "M" maiúsculo, aquelas que sentem e sabem por pura intuição o significado de colocar um ser a mais nesse mundo torto. Me repito aqui, e replico seus versos em liberdade total por ter consciência e saber do valor que temos, nós mães, sejam estas de sangue puro, puramente por afeição, por convicção, doação ou simplesmente pelo que define todas nós AMOR MATERNO. Seu texto está lindo do começo ao fim, pacifico cá nosso histórico terrestre, nós as mães que recebemos a dádiva do celestial. Vos parabenizamos pela linda homenagem, agradecidas querido Manú.Felicitações
à Graça Fontis pela linda e expressiva arte, Parabéns pelo dia do Artista Plástico querida e parabéns
pelo dia das mães (amanhã) Boas comemorações pra vocês, Manu com muita moderações nas bebidas e comidas.Bjos!
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COLHIDO NAS VIAS SINUOSAS DO TEMPO
GRAÇA FONTIS: PINTURA
Manoel Ferreira Neto: POEMA
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Post-Scriptum:
À minha amada, querida Esposa e Companheira das Letras, Graça Fontis, às minhas queridas e inestimáveis Amigas e Críticas, Ana Júlia Machado, Sonia Gonçalves com muito amor, carinho e gratidão, o meu presentinho pelo Dia das Mães. Parabéns
e muitas felicidades
para vocês. Sejam sempre felizes.
Manoel Ferreira Neto
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Nada sido, nada sabido do não-ser às nonadas
Vazio colhido nas vias sinuosas do tempo,
Recolhido nas trilhas de vivências,
Efemeridade das coisas,
Acolhido nos desejos pujantes do múltiplo,
Parece que esquecidas estão a intuição, percepção, inspiração,
Sem coração, sem alma, piratas do nada,
Perfeitamente vazio o presente de ideais, projectos,
Vazio de esperanças,
Demorou para sentir este instante-limite,
Esperanças estiveram presentes engastanhadas
Às agonias, angústias de preencher lacunas
De ausências, lapsos de sentimentos,
Agora as águas querem levar-me tão longe,
Onde nem sei estarei, o que pensarei acerca
À mercê dos côncavos orvalhos a imagem do sinistro,
Mistério da alma, os olhos veem com nitidez,
A língua nada diz, pronuncia de seus verbos e ventos,
Larga-se livremente nos linces da visão ampla,
E no silêncio mostra-se, sensíveis as notas de sua presença,
Jogo os silêncios nos recantos em que a alma repousa
Tristezas e melancolias, escrevendo para não esquecer
As convicções são piores que as mentiras,
Se não dão chances à verdade tão altas e cintilantes
Quanto as estrelas à sombra das asas da esperança
Quem num átimo vem à tona sorridentes aos tolos,
E eu perscruto as ondas siderais e seus boreais profetizadores
Coloridos, enigmáticos,
Viajantes do tempo,
Anunciadores das palavras que pesam nas vias contraditórias
Do consenso às adversidades a serem conjugadas
Sistemática e qualitativamente quanto às medidas,
Pesos e valoridades nas contingências
Que rasgam a regência pátria do próprio "eu",
Inda subjugado ao passado testamentado e amarelecido,
Mas disposto à rendição e reedição no futuro
Pacificado e uniforme dos pensares,
Sentires, pensares-sentires do Ser-Espírito
Da liberdade, do amor, da consciência,
Aquando se despreendem
Os aguilhoamentos cavernosos do medo.
Regências pátrias do eu eterizadas no imperfeito pretérito do subjuntivo, tempo desembocado no silêncio a ascender as chamas calientes da verdade no particípio do espírito, sagas originárias das intemperanças e inquietudes das marcas e passos nas orlas das coisas, ondas pretéritas e imemoriais, quando o coração ouve todos os cânticos e lamentos evidenciados nas manchas a turvarem os olhos da desilução.
Recíprocas falácias de in-versos e re-versos
Grunhem de artifícios vazios incongruentes,
Formas inexpressíveis de uma existência voltada
À imensidão das incoerências, farsas, hipocrisias...
Admito silêncios de expressão e fala, solícito não, coragem de ficar na marola do vento, nas ondas do mar, sentindo a presença de outra existência, de outras utopias e liberdade...
Rio de Janeiro(RJ), 08 de maio de 2021, 10:18 a.m.

 

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