#SILÊNCIOS SUSSURRADOS DE SUSSURROS BEMÓIS# GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/ARTE ILUSTRATIVA Manoel Ferreira Neto: AFORISMO ****


#SILÊNCIOS SUSSURRADOS DE SUSSURROS BEMÓIS#

GRAÇA FONTIS: ESCULTURA/ARTE ILUSTRATIVA

Manoel Ferreira Neto: AFORISMO

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Pers de liberdade...

Enroscadas, as experiências se multiplicaram, trazendo novo sentimento de memórias, outros moventes e trans-literalizações, outras línguas e visões além de quaisquer aléns, aquém de quaisquer aquéns. Toda essa pena para registar um gesto que de tão sensível e frágil jamais se modela, performa-se, zona de desejo selada por olhares circunspectos, um homem se con-templa sem sonhos, insone despe-se sem qualquer curiosidade. Ótimo seria captá-las e compô-las num todo sábio, in totum sapiente, posto que sensíveis: uma luz, uma alegria baixando sobre o peito saqueado, prazer aliciando os instintos excluídos, bloqueados. Não é dado saber se a vida é ou foi - o que me é havido: curva de um jardim, pupilas que refletem renúncia às coisas eleitas, uma inteligência do uni-verso. Myriads de signos sobre a página de um testemunho deixado para a posteridade sob a forma de uma partitura crescem cada vez mais no sentido de uma esperança imediata, no estilo de uma re-presentação o mais intolerável e o mais ab-surdo destino, julgando cada vez mais lúcido as enérgicas tentativas de trazer à luz o futuro distante. Por que o mais próximo está sempre adiante?

Pers de liberdade...

 

Engastanhados os princípios eruditos do riso/gargalhada às epígrafes das virtudes de ouro nas ruminâncias indecorosas e símbolos de grande profundidade no tangente aos sarcasmos abrilhantarem com primor a nova visão da língua que amplia as regências dos ideais  às constelações da consciência a sarapalhar pretéritos subjuntivos pelas alamedas do “se”, a resposta sendo o “se” não existe, é apenas elucubração sem senso, contra-senso dos mais indecentes, e mesmo assim imprescindível investigar e averiguar com acuidade as choramelas inconseqüentes dos valores de práxis e metáforas solenes de inéditas concepções do risível no concernente às fantasias das algazarras que anunciam a salvação, tristes trópicos vistos à distância do mar, afora as ondas duplas, a fora o encontro das águas com a nuvens acinzentadas, o “se” torna-se irrefragável para as intenções.

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Pers de liberdade...

Solsticiadas de neblina, lembranças, re-cordações nubladas de sentimentos e emoções esplendidos ao tempo a fora querências trans-elevadas ao ser das travessias, desejâncias trans-projetadas ao verbo in-finitivo das passagens da sombra do sol posto ao silêncio dormindo a sono solto, à música da vida orquestrando de ritmos suaves e divinos, ao céu cristalino alevantando onde em lágrimas vivem eternamente os olhos piedosos, se neles des-cobrir posso a piedade que entre peitos humanos não des-cobri, melodia serena sentimentos que brotam em reboada, a estrela tem luz própria, a estrada tem trilhas peculiares, singulares, a vida é só um instante, é só um momento, voar ouvindo a melodia do vento, esvoaçar auscultando os acordes do tempo, esvoejar escutando os repiques de sinos... a melodia do violino fala a minha linguagem de volúpias e ex-tases des-afinados, contrariando todas as semânticas e linguísticas, trans-mitindo palavras, sentires além desejos sensoriais do espiritual, além clímax sensacional dos sonhos do amor, além elo do ser perfeito.

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Pers de liberdade...

Pectivadas de inverno embevecido de estrelas dançantes onde o In-finito entrelaça sentido ardente à liberdade do presente que ficou volátil, à solta, às águas claras onde a lua nada deliciada na essência do ser, elas são infinitas, no trans-curso do tempo, são o oceano cultivando as delicias de serem ondas em direção à praia, movimentos cadenciados da parassíntese em profusão e deleite, a atmosfera oceânica convida ao sonho, ao recolhimento, à introspecção, ao meditar, o luar maravilha com cores de sonho o in-finitivo do além, a maresia inspira o odor a borrifar-se por toda a ilha, por todo o bosque, no outro lado do oceano as flores são mais exuberantes, perfumes extasiantes, coração e inspiração entram em ascese rumo ao cerne do Verbo nos interstícios entre as vozes silenciosas silenciadas de silêncios e os silêncios sussurrados de sussurros bemóis.

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Pers de liberdade...

Pectivadas de primaveras subconscientes amando o frescor do silvestre da Verdade, aquele que só à felicidade conduz, sinestesia, monotonia, poesia que versejam a imagem em palavras que despetalam as rimas do amor, estrofes orvalhadas de signos e miragens da alma em incógnita prece de perscrutar o horizonte sublimado, perpetuado à prosa estética in-versa à fantasia que vitaliza o olhar e dá alegria à serenidade melódica do amor eterno.

Rio de Janeiro(RJ), 16 de maio de 2021, 10:06 a.m.

 

 

 

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