PILHÉRIAS A SAL E ALHO BEM TEMPERADAS GRAÇA FONTIS: PINTURA Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA ****


PILHÉRIAS A SAL E ALHO BEM TEMPERADAS

GRAÇA FONTIS: PINTURA

Manoel Ferreira Neto: SÁTIRA

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As bestialidades das besteiras bestialóides, sem sacanear com as tolices esquizóides, bestializam as bestas do apocalipse de crinas e caudas bem aparadas, em fase de transição entre as moléstias psíquicas e os medos delirantes dos instantes que procuram alívio no roçagar os pecados da ausência de fé e esperança no cavaco que não foge longe do pau, de senso que os contra-sensos do câmbio mais que institucionalizados dos a favor e os em cima do muro da pilhéria deslavada que indigna os brios e calafrios por suas características nulas que começam de devorar com apetite desenfreado as condutas probas e exímias e terminam por espezinhar as vaidades da estirpe por demais desenxabida, orgulhos da raça de laias escusas com que as grandes forças viçosas e vigorosas da moral inalienável delineiam com esmero de pescador tecendo a rede com que pescar os peixes solitários que nadam à margem do rio, e assim não sobra ínfima nesga de retornar aos outroras do sorriso de orelha a orelha, pois que as pilhérias a sal e alho bem temperadas servem aos deuses da decadência e às sereias dos prazeres em seduzir os marinheiros que mareiam a solidão e o silêncio das ondas calmas e revoltas que desbaratam as distâncias longínquas com a sede da areia da praia onde se sarapalham à beça alimentando os pássaros e aves que ali aportam por momentos antes da longa jornada espaço a fora, não restam alternativas senão espreguiçar-se no delíquio das razões por solidificar os ilogicismos com que vivem e sobrevivem da pureza tosca e fosca da vida isenta de livre arbítrio, heresias, profanações, tendo até o direito de fazer horas extras com o tempo das dialécticas e contradições à cata dos delírios subjacentes aos pormenores das virtudes descabidas nos espaços em que as caóticas quimeras tocam anu para Cantagalo e sonham serem gentis com quem as usa como princípio de menor esforço com as tragédias e comédias dos preceitos preliminares da língua de trapo que vocifera todas as qualidades de verbiagem com as falas de imensa profusão no concernente a atingir o miolo da linguagem de comportamentos os mais obtusos e oblíquos, e o estilo satírico dos olhos secos de lágrimas fáceis e pujantes no decorrer da imperfeição que se torna inimiga congênita do Bem, só mesmo enfiando a cara inteira no buraco de tatu e jamais dando-se a ser observada e contemplada no mundo, a vergonha de tão solene alicia-se na tentativa descomunal de reverter o processo e retornar ao que antes de quaisquer antes imaginável ou inimaginável eram só alegrias e prazeres por andar na linha, pé num dormente, pé noutro dormente, ao ritmo dos deveres consumados e dos direitos inda por serem escalonados nas constituições e leis preestabelecidas nos cachimbos da paz e da solidariedade entre as culturas, entre os homens, entre as nações que reverberam a liberdade mancomunada com a servidão nua e crua , que corroboram os 171 das libertinagens por todos os prismas e ângulos aceites e divulgados como único estilo de superar e suprassumir a fragilidade, inocência, ingenuidade da vida só felicidade, só prazer, só saltitância, e no frigir dos ovos o saber, a sabedoria não amenizam nem um pouco as angústias e as náuseas por haver deixado as futilidades imperarem e serem preâmbulos e epígrafes de mofas e mangofas ao léu dos cães que latem e a caravana passando toda engrenada no itinerário que segue para o nunca de uma vida sem jaça alguma.

Rio de Janeiro(RJ), 16 de maio de 2021, 16:51 p.m.    

 

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