#AFORISMO 801/ APOCALIPSE DO VERBO DEFECTIVO** - GRAÇA FONTIS: PINTURA/Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Pers do sublime, retros de pretéritos do eterno postergando de luzes as
diáfanas nuvens que transpassam o azul celeste - pectivas do absoluto. Cáritas
de subjuntivos do verbo conjugam o ad-vir com os temas da esperança de o
uni-verso ser o efêmero das estéticas do belo, da estesia de plen-itudes,
sublim-itudes, além arribas os sols dos sonhos, esperanças alumiam o taos das
veredas que perpassam o tempo tecendo de travessias os movimentos da
peren-itude, o amor da verdade resplandece ao aquém de confins salpicado de
angústias, tristezas, melancolias e nostalgias, o perene das in-verdades
esplende na cintilância das estrelas o intransitivo do verbo "ser", e
a vida pulsa de sorrelfas que se tornarão a incólume felicidade do silvestre do
silêncio nas sedas da solidão.
Verbos no imperfeito do indicativo, no imperfeito do subjuntivo, modo
verbal para o hipotético e imponderável se ajunta à indeterminação da presença
e da ausência. Noite lá fora, luz no quarto.
Amor pleno de miríades do numinoso espectro do nada que pro-jeta a alma
no espelho das contingências de buscas e encontros... Nas estradas de pós,
eiras e beiras das in-vest-igações do ser que é ser, vers-ifiquei e vers-ejei
crepúsculos ad-vindos de alvoreceres de brotos de rosas que des-abrocham
perfumando a poética do espaço, alvoreceres ad-vindos da madrugada plena de
silêncios à luz da solidão carente de raios de alegria... Na orla marítima, por
vezes pescando, por vezes con-templando gaivotas sobrevoando, compus pensamentos
e idéias em parágrafos do há-de-vir e há-de-ser, em última instância, numa mesa
de barzinho, tomando uma cerveja, observando o mar longínquo.
Sem tempo de figurar imagens a perspectivarem de cores as ilusões da
estesia, do belo a conceber de miríades a Vida, do eterno a gerar de
cintilâncias o versejar de esperanças...
Sem tempo de elaborar aquarelas que ornanamentem as bordas de palavras,
nas sílabas separadas hifen-izar os sentimentos, emoções do íntimo plen-ificado
de glórias, conquistas, do deserto na solidão de re-fletir nos raios de sol a
areia que metaf-oriza o ser do silêncio, do abismo na percuciente profundidade
que supere e suprime as longitudes do fim, eterna neblina a cobrir o sudário
limítrofe do além ao inaudito de todas as virtuais distâncias...
O homem traz consigo mais da existência sentida e pensada de quem está
na aparência para depois, aparecendo, declinar. Riqueza sobrante a toda pérola.
Ciência sublime e formidável, mas hermética. A existência como chave e caminho,
como um cofre que se abre quando se lhe justapõe a imagem de seu segredo.
Sem tempo de burilar de utopias e sorrelfas do APOCALIPSE DO VERBO
DEFECTIVO temas e temáticas do passado, da libertação de algemas e correntes do
"pecado da escravidão, no ritmo e melodia de violões as nostalgias,
melancolias do desejo Libertas Quae Sera Tamem do Amor mistificado de virtuais
sensações ao vôo absoluto-eterno da realidade literalizada, superfície lisa de
espelho em cuja imagem verdadeira esplende o rosto do tempo, ipsis-cerzido de
aléns-em-aquéns, de con-tingências-em-trans-cendências, de solidões-silêncios,
em interação de vozes que re-velam as palavras da etern-itude divina do toque
da nostalgia do tempo moderno, cujas luzes são de trevas e escuridões...
Sem tempo... Sem tempo de degustar o sabor delicioso dos cânticos
sublimes das raízes, interpretados por liras, harpas e violinos, violões,
guitarras, ópera da divin-idade às percuciências da alma, olimpo do espírito,
mas dedilho nas cordas dos instrumentos a poesia da luz no íntimo
trans-cendente de letras e páginas, em entrelaçamento de mãos com os amigos, em
sentimentos que suprassumem do amor-amizade, concebem, criam, geram dão a luz
ao Verbo do Apocalipse do Paraíso Eterno da Vida.
Y, x, z... Letras do tempo, palavras poucas, sou elas no re-nascimento,
re-fazenda de tantos desejos, projetos, ilusões do tempo na etern-itude da
carne, querendo o verbo, na fin-itude dos ossos, querendo o além-divino,
recriando de palavras do Lácio as montanh-ites dos chapadões, pampas...
(#RIO DE JANEIRO#, 31 DE MAIO DE 2018)
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