ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA COMENTA O TEXTO /*PERCALÇOS*/ - PROJETO #INTERCÂMBIO CULTURAL E INTELECTUAL
Tédios
na vida quem não os tem? Mas para um enorme escritor esses são uma
angústia…..Sempre em indagação do motivo das nonadas da vida…o valor da
eloquência no ser e nas palavras
Mas
é com vocábulos, que eternamente induzirá metamorfosear a interpretação de
Universo, e instalará a todos a autêntica significação de querença, não
obstante, sim bem-querer seres, e mais seres para poder findar com essa
erradamente questão que ainda subsiste
Simplicidade,
a energia da ilustre preclaridade
Alguns
não afiança nela mas ela
É
o mistério de você triunfar na existência
Ela
não logra ser superada por qualquer outra mesmice, pois
Ela
é o maior espólio de todos.
Não
goze temor,
Crê
que é um vencedor,
Adentro
do seu coração tem algo,
Que
nem mesmo você sabe, nele
Você
possui crença e conseguirá tudo, ou quase tudo,
Porque
o tudo é impossível
O
temor, que subsiste no Universo extrínseco não o consegue
Afetar,
pois o desígnio de todos
Está
delineado nem que não desejem anuir
Mas
o uno que o alcança cambiar é você
Um
dia a gente instruí que habitar
Não
é continuamente permanecer de mãos facultadas com a felícia.
Possuir
continuamente um rir no semblante,
Não
é ser o ser mais alegre do Universo, mas sim o mais vigoroso.
Altercar
com o tempo porque não interrompe de pluviosar é insciência,
Porque
a pluviosidade é uma dádiva da natureza
Logo
como os dias com sol.
O
arrefecido transpõe, o fervor surge.
O
mundo é irrepreensível,
Só
é defeituoso para aqueles que credenciam no domínio.
Possuir
o realeza não é objeto de ser dominador, mas sim poltrão,
Por
só poder ser escutado e não compreendido.
Usufruir
autoridade para ter a primeira e a derradeira sentença
Sem
previamente escutar julgamentos e enaltecimentos é uma complementa insciência.
Um
dia,
Após
muitos anos,
Você
acha a razão,
E
entende que instantes de alegria foram gastos,
Por
um intelecto que afiançava uma incerta justeza.
Um
dia você descobre que a inteligência
Cotovelou
seus pressentimentos e extraiu sua causa,
Submergiu
suas emoções num imensidão designada quimera.
Um
dia a tormenta transpõe,
E
você capacita que tudo na existência tem sua importância.
Mesmo
todos os percalços que se cruzam connosco,
Mesmo
que aparentem ser nonadas
Mas
que possuem um fundamento
E
melhor do que ninguém descobre que o apreço da felícia é erudição do que é
viver,
Quimeras
e anseios de um ser...
Quando
malogrados são rosas dilaceradas, corações desagregados, sensibilidades
ignotas...
Quando
bem-sucedidos são corações encarcerados pelo amor, são rebentos de rosas
oriundos do resplendor, são emoções bem admitidas...
E
por mais que não alcance uma favorável novidade diariamente, há razões de
excedente para existir rindo.
Enormes
instantes estão em localizações incomuns em locais inabituais e instantes incompreensíveis.
Os
percalços existem…quando fragilizados temos dificuldade em os encarar, quando
fortes superamos…É a vida…por vezes rosas outras espinhos…..
Ana
Júlia Machado
(15
DE ABRIL DE 2015)
**PERCALÇOS**
Percalços...
Nonadas. Travessias. Vazio. Nada. Horizonte. Uni-verso. Abismos de pretéritos.
Montanhas de vir-a-ser. Subjuntivas pontes partidas.
Sinto-me
hoje cansado como se houvesse andado léguas e léguas. Tive de parar algumas
vezes na rua para o devido descanso, poder seguir o itinerário até o meu
destino. Isto sem dizer que o suor escorria no rosto. Quando a cabeça não
pensa, o corpo padece.
Percalços...
Infinito. Além. Aquém. Confins, arribas. Distância. Gerúndio de floresta
silvestre. Flores que exalam perfume. Letras apagadas, ciências ocultas.
Palavras omissas, esperanças olvidadas. Interdita serpente do sentido, veneno
morrisca a alma dos sonhos re-vestidos pensâncias, versemorre a essência da
vida, então o paradisíaco do vernáculo erudito dos desejos efemerizados flanam
no éter dissolvido na liberdade do tempo, o celestial da perfeição clássica
garatuja sonos linguísticos antes de quaisquer notas musicais, só imaginando a
vida viva antes da vida que é continuidade no tempo, que é sublimidade a preceder
a origem da esperança do ser, origem que nasce na liturgia do nada seduzindo o
efêmero, ludi-versejando o imperativo do absoluto com as re-versas luzes
fosforescentes do des-vazio sudarizado de nadas-etéreos, mas a verdade do amor
pleni-versifica a luz do verbo que se encarna eidos da poesia do além-espírito,
águia que abre as asas frente ao inolvidável das fantasias da perfeição e voa o
voado dos instantes nas linhas inscriptas de horizontes de outras nuanças e
perspectivas do inaudito.
Aforismo
as idéias conciliadas às éresis da esperança do estilo e esplendorosas idéias.
O sonho do verbo é a sensibilidade da linguagem, prescripta erudição da
trans-cendência, contingência inquieta com o efêmero dos êxtases. Inquietante a
angústia com a imperfeição, ziguezague de contradições.
Manoel
Ferreira Neto
(**RIO
DE JANEIRO**, 25 DE MAIO DE 2018)
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