ANA JÚLIA MACHADO ESCRITORA POETISA E CRÍTICA LITERÁRIA POETIZA O AFORISMO 762 /**PRELÚDIOS DA LUZ DO SOL**/
**PRELÚDIOS DA LUZ DO SOL**
Manoel Ferreira Neto.
Frialdades lusco-fuscos de fantasias amorosas
Onde há muito carpido na vida,
Sofrimentos que açoitam almas de rebo,
E onde a existência bolha e a seiva progride,
Vive a ferida em seu âmago.
No desvario, contudo, da exaltação incandescente
Da dita veloz e efémera
A alma rasga a aparência tormentas
Para alegrando-se latejar alegre.
Assim a multidão involuntária vai-se,
Muitos que consomem do deleite o troféu
Experimentam na alma a mágoa incerta.
E entre a contusão que disfarça perpétua restringe
A humanidade ri-se e ri-se arrebatada
No folguedo inacabável da existência.
Onde Frialdades ocasos de devaneios amorosos...
Ânsia da independência
Paisagens de frialdades no rudimentar da claridade
Ana Júlia Machado
#AFORISMO 762/
PRELÚDIOS DA LUZ DO SOL#
GRAÇA FONTIS: PINTURA/ARTE ILUSTRATIVA
Manoel Ferreira Neto: AFORISMO
Neves crepusculares de sonhos idílicos, trans-bordando de invisíveis
verbos in-auditos águas laminadas de voluptuosos volos voláteis além dos
horizontes cristalizados de serenas e suaves manhãs... além dos tempos
diamantizados de delíquios e delírios, aquém do agudo olfato, agudo olhar, a
mão, livre de encantos no sonho da ec-sistência... A palavra no mundo é suave.
O que é suave não existe na verdade em razão do que é íngreme, o maior dom em
razão do menor, a maior virtude e santidade em razão da mais débil? Tudo
contribui para a salvação e proveito da natureza e do talento predestinado.
Quiçá o "fogging" sofra na intimidade de seus flocos. Não se
compadece, contudo, nem de si nem daqueles que reduz ao congelamento. Que
desejam as nuvens? Delirem memórias de vida. Que deseja o arco-íris? Reinar
solene de cores vivas sob as serras, as montanhas, os vales, sob a lagoa de
cisnes brancos.
Manhãs oníricas res-plendendo miríades do espírito eivado de
linguísticas e semânticas do vir-a-ser luzes de silêncios, de semiologias e
filologia dos livres sonhos de sabedorias a bailarem cintilâncias celestiais
nos versos-unos do tempo, a dançarem brilhos de sol nas sinuosidades dos
caminhos das pracinhas públicas, no matutino instante de regar os canteiros,
que perpetualizam a poiésis poiética do poema universal sonetizando a
metafísica do simbólico, a exegese do expressionismo, lá onde as almas se
espelhem na mesma frigidez de seu retrato, plenas, e na procura de um eu
imaginário e que, sendo outro, aplaque todo este ser em-ser, adorar tudo aquilo
que é perda, vers-ificando a estética dos ex-tases do ser, o que ressona no
limiar da elegia vai correndo e secando pelos ares, o círculo vazio onde se
estende, o mundo con-verte numa cela, forçando ao exílio das palavras, vers-ejando
a estilística das paixões in-olvidáveis da alma sob o calor das chamas de achas
na lareira à soleira do in-finito In-fin-itivado de gerúndios e particípios do
subconsciente das melancolias e nostalgias cosmológicas das saudades das
genesis universais do eterno a cada instante eivado de novas
"categorias" - o eterno reside na futilidade dos versos, o eterno
vive na mediocridade da poesia - sarapalhado de luzes do espírito que alumiam o
espaço sob o sibilo de ventos in-vernais espalhando gotículas de neve ao longo
dos horizontes "fogging" nos prelúdios da luz do sol...
Alvorece, não me seduz tatear sequer único raio luzidio. Aceito a manhã.
Neves crepusculares de sonhos idílicos... Avidez da liberdade.
Panoramas de neves no primitivo da luminosidade.
(**RIO DE JANEIRO**, 17 DE MAIO DE 2018)
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